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Costumes

Eu pensei que pudesse esquecer certos velhos costumes
Eu pensei que já não me lembrasse de coisas passadas
Eu pensei que pudesse enganar a mim mesmo dizendo
Que essas coisas da vida em comum não ficavam marcadas.

Não pensei que me fizessem falta umas poucas palavras
Dessas coisas simples que dizemos antes de dormir
De manhã o bom-dia na cama, a conversa informal
O beijo depois o café, o cigarro e o jornal
Os costumes me falam de coisas, de fatos antigos
Não me esqueço das tardes alegres com nosso amigos.

Um final de programa, fim de madrugada
O aconchego da cama, a luz apagada
Essas coisas só mesmo com o tempo
Se pode esquecer.

Então eu me vejo sozinho como estou agora
E respiro toda a liberdade que alguém pode ter
De repente ser livre até me assusta
Me aceitar sem você certas vezes me custa
Como posso esquecer dos costumes
Se nem mesmo esqueci de você.

Roberto Carlos / Eramos Carlos


Errante

Erradio busca-se à acepção
Tentando se desarraigar
O desejo de viver a vaguear
E em seus braços adormecer

E embalado pelo amor
O vento deixará de encantar-me
E não permitirei que este me arremesse
Para onde nem eu mesmo sei

Livre serei
No seu ser
E nunca hei de afastar
A minha bussola entregarei, e os seus olhos seguirei

Pelo mundo vaguei
Em busca
E agora que estas aqui
Para que partir

As aventuras que vivi,
Nas noites frias hei de contar
Para apenas enfatizar
Que o seu abraço é o melhor lugar

Mas, fico a pensar
Por que tanto vaguei
Em busca da flor
Que desejei

Bastaria o Rio observar
E as margens deste atravessar
Aventurar para quê
Meus olhos anuviaram e o simples compliquei

Mas a ventania que me levou
Desta vez fora gentil
Ao lançar-me
Na outra margem do Rio


Poeta Errante