Monótono e mirabolante calabouço
És o que Sou!
Oh pobre Alma presa em Mim
Voaste somente em ilusões
Poderias estás livre novamente?
As ilusões sempre se desfazem
Em cinzas que Me reveste
Quando abres os olhos
Todas as portas se fecham
Procuras ainda esperançosa por portas abertas?
Estais presa em Mim
Presa a algo impuro e covarde
Augúrio em vida
Que vida?
Espero a sábia resposta...
Então sigo sozinho pelos caminhos
Sem destino certo para os passos vagos
Em busca de nada
Oh pobre Alma Definharas em Mim...
Ou Eu em Ti...
A Morte não Me avista
Para poderes Ti salvar
Não há lugar para ir no mundo
Me restas só vagar em trilhos escuros para sempre...
Somente em Mim estais presa!!!
Lamento por os longos séculos de angústias
E desprezo que sentes por Mim
Oh pobre Alma não Sou perfeito!!!
Como Tu desejarias
E assim segues presa em Mim...
Todos Me repudiam
Até tu Minh'Alma com Me desprezas
Eu Mereço?
Sim...
Só Sou um sobrevivente em direção
Ao vazio...
Lembranças
São só estátuas mudas em ruínas
Que o caminho colher as cinzas restantes...
E o silêncio Me acompanha na infinita jornada...
E a Pobre Alma caregas somente um cadáver em Si...
