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Perfil

José Haroldo Evaristo Cavalcante
“Ao levantar-me pela aurora da manhã
Embelezo-me por teus encantos...”
 
Quem é o poeta José Haroldo Evaristo Cavalcante?

    Uma pessoa que encontra nas letras asas para a imaginação e uma ferramenta para concretizá-las em palavras. Um poeta da vida que orgulha-se em ter nascido em Lago da Pedra em 4 de janeiro de 1972.Meu pai foi Guarani Evaristo de Paiva um remanescente do Ceará e minha mãe é Valfrida Leite Cavalcante, uma mulher forte, valente.
 
    O meu pai era filho de tropeiro e minha mãe calejou as mãos trabalhando na roça. Morávamos na Rua Coronel Pedro Bogea, 287.
 
    Eu estudei o curso primário e fiz o ginasial no Colégio São Francisco. Aos 16, em 1988, eu fui morar em São Luís para estudar, cursei metalurgia pela Escola Técnica Estadual do Maranhão.
 
    Em 1992, precisamente, no dia 02 de setembro, o meu pai se separa da família por morte e eu retorno cidade pra fazer companhia a minha mãe. Ano seguinte decidir cursar o magistério.
 
    Sou uma pessoa vitoriosa e uma das motivações pra alcançar o sucesso foi  ter aprendido a ler fora da época. Aprendi a ler aos 9. Fui alvo de zombaria por muitos colegas da escola. E venci.
 
    Diante dessa realidade estabeleci propósito em me dedicar à educação e sempre incentivar alunos a buscarem a aprendizagem.
 
     E para visualizar melhor, cito aqui uma cena que eu jamais esqueço. Marcante! No filme Sociedade dos Poetas Mortos, o professor John keating convida os seus alunos a irem a uma sala repleta de troféus e de fotos de alunos.  O professor pede aos alunos que voltem o seu olhar para os rostos de todos aqueles garotos e façam questionamentos em silencio: O que aconteceu e para onde foram? O que fizeram de suas vidas? E se valeu a pena o que fizeram com ela?
 
 ­­     - Eu José Haroldo Evaristo Cavalcante fiz da minha vida uma regra de ouro:  Estudar mais e buscar fazer uma educação com destaque. Portanto, fiz letras e pós-graduei em língua portuguesa pela UEMA na seqüência 2000 a 2005.
 
    Digo aos meus alunos que não permitam serem “retratados em fotografias esmaecidas, amareladas”. Cuido da educação com zelo, conduzo os meus alunos a pensarem, jamais serem passivos diante da realidade.
 
       Desde 1994, leciono as disciplinas de Ciências e História no Centro de Ensino Cristovão Colombo. Perpassando também com ensinamentos  no Colégio São José. Fui o primeiro diretor da Unidade de Ensino Maria de Nazareth Pereira Barbosa.

     As letras e a arte elas se encontram, andam de mãos dadas, se misturam, se completam. Na administração de Raimunda Alves de Melo estive secretário de Cultura. Nesse momento, deixei a minha marca ao ser um dos autores do projeto Fest Art NE um realizador do Cultura Show.

“Quantas vezes o nosso eu poético chorou por não aceitar acusações do mundo. Fomos engendrados e lançados ao chão, feridos humilhados, machucados...”.
                                                                             (Cavalcante, José Haroldo Evaristo)
 
    Cheguei a morar no Estado do Pará - passei em dois concursos e por lá não finquei as raízes, pois a minha vida, a minha mãe estava aqui e voltei.

 

Fale um pouco mais sobre sua família e a infância em Lago da Pedra.

      Tenho seis irmãos. Fomos criados juntos e na lida pesada do campo. Entre meus familiares próximos não temos nenhum com essa veia poética. Mas se formos olhar a nossa história, achamos na moldura dos olhos um homem tropeiro, me refiro ao meu pai, que teve uma vida voltada a terra, as plantas, a água, o cheiro, o sol, o canto dos pássaros, o vento. Eu fiz parte dessa orquestra e essa beleza contemplativa ressoou em mim através das letras.
 Sou filho de quem trabalhou no campo de sol a inverno, de quem calejou as mãos na labuta. Minha mãe estudou apenas a 1ª série, aprendeu a ler e escrever. Embora apenas eu seja o irmão que tenha estudado um pouco mais, digo que a vontade de vencer nos faz quebrar paradigmas, filho de pobre pode estudar e isso não deixará esquecer suas origens.
Até hoje quando nós,  irmãos nos encontramos e falamos desse momento sentimos só alegrias e graças a Deus podemos dar risadas da vida.

      O vinculo familiar entre eu e meus irmãos são arraigados. Tenho como confidente Marilene Evaristo Cavalcante. O Carlos Evaristo Cavalcante meu companheiro fiel de trabalho e de luta no campo. E para representar a alegria e a força de pensar e fazer o diferente temos José Evaristo e Marlene Evaristo Cavalcante.

         E por falar nos Cavalcante. Uma curiosidade, você sabia que a família Cavalcante é a maior família mundial, e de origem italiana.

           Poesia representa uma grande parte da minha vida.  Brinco com as palavras!