DANIEL DEFOE

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Grandes Prosadores

  

Escritor e Jornalista inglês, Daniel Defoe (1660-1731) formou-se numa escola eclesiástica, mas abandonou a vocação religiosa para dedicar-se ao comércio, para o qual não tinha a menor vocação. Como jornalista participou ativamente da política inglesa. Escreveu panfletos famosos; um dos quais motivou seu encarceramento e a condenação ao pelourinho. Enquanto aguardava o cumprimento da pena, Defoe redigiu o célebre Hymn to the Pillory (Hino ao Pelourinho, 1703), que transformou a sentença num retumbante triunfo para ele. Contudo, ficou quase um ano preso em Newgate.

Uma vez livre, Defoe, cujos negócios estavam falidos, fundou e incrementou em 1704, o jornal periódico The Review quase sozinho. De tendência conservadora, tratava de uma grande variedade de temas, e, por isso, foi considerado um precursor do jornalismo moderno.

Somente em 1719, quase no fim de sua vida, é que publica a sua primeira e mais famosa obra: As Aventuras de Robinson Crusoé. Considerada por muitos críticos como a obra que deu origem ao romance moderno. Foi composta a partir das memórias de alguns viajantes, nomeadamente do marinheiro escocês Alexander Selkirk (1676-1721).

Em setembro de 1704, o marinheiro escocês Alexander reclamou das condições do navio Cinque Ports em que viajava e pediu que o deixassem numa ilhota chamada Más-a-Tierra, no Pacífico Sul, a 670 quilômetros da costa do Chile. Ele desceu da embarcação apenas com uma espingarda, um facão e uma Bíblia. Durante quatro anos e quatro meses, Alexander viveu ali sozinho até ser resgatado pelo galeão inglês St. George, em 1º de fevereiro de 1709. Essa foi a fonte de inspiração para Daniel Defoe escrever Robinson Crusoe.

No romance, Daniel relata a história do único sobrevivente de um naufrágio, isolado em uma ilha aparentemente deserta, lutando contra uma natureza hostil e freqüentemente incompreensível. O romance teve tanto êxito que o levou a escrever duas continuações, a última em 1720.

Em 1722 publica Moll Flanders, no qual continuou a problematizar, narrativamente, os percursos de personagens solitárias e em crise. Outra obra significativa é A Journal of the Plague Year (Diário do Ano da Peste, 1722), na qual constrói um relato - com admirável e original realismo - dos horrores provocados em 1665 pela peste em Londres.

Daniel Defoe morreu em Londres em 24 de abril de 1731. ®Sérgio.

Veja Também: (clique no link)

Júlio Verne – Grandes Prosadores.

Herman Melville: Moby Dick - Grandes Prosadores

Alexandre Dumas (Pai) – Grandes Prosadores.

Marie Henri: O Vermelho e O Negro - Grandes Prosadores.

Robert Louis: O Médico E O Monstro - Grandes Prosadores.

Mary Shelley: Frankenstein - Grandes Prosadores.

Victor Hugo: Os Miseráveis - Grandes Prosadores.

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