KARL JASPERS (1883-1969)
 
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Karl Theodor Jaspers nasceu em 23 de fevereiro de 1883, em Oldenburg, Alemanha, filho de família abastada, e de pai jurista, e foi um filósofo e psiquiatra, que teve forte influência na teologia, psiquiatria e filosofia moderna. Seus primeiros estudos foram em Oldenburg. De início pensou em seguir a carreira jurídica do pai, e de tal modo matriculou-se na Faculdade de Direito (Faculdade de Jurisprudência), em 1901. Mas depois mudou de ideia, e, para tanto, em 1902 estudou Medicina e depois trabalhou no hospital psiquiátrico na Universidade de Heidelberg, e ainda se tornou professor de psicologia na mesma, tendo seu doutorado com trabalho intitulado “Nostalgia e crime”. Na época dos estudos teria lido Spinoza. Em 1913 publicou Psicologia geral, que com influência de Husserl coloca a psicopatologia como uma parte da psicologia. Também ocupou a cátedra de Filosofia na Universidade de Heidelberg. Desligado do cargo por cauda do regime nazista em 1937, seria readmitido em 1945, passando a lecionar na Universidade de Basel. Era casado com uma judia, Gertrud Mayer, e por causa dela sofria perseguições, a escondendo dos nazistas. Em 1947 recebeu o prêmio Goethe. Já em 1948 se mudou a Universidade da Basileia para ocupar a cátedra de Paul Häberlin. Seu pensamento foi influenciado além da psicologia, pelos pensadores Kierkegaard, Nietzsche e Max Weber. Foi ainda doutor Honoris Causa pela Universidades de Lausana, Paris, Genebra, Basileia e Heidelberg. Também membro de várias sociedades científicas e acadêmicas, como American Academy of Arts and Sciences e a Sociedade de Medicina Forense de Madrid. Buscou tirar o pensamento nazista das universidades alemãs. Também escreveu uma obra chamada “A questão da culpa alemã”. No campo da psiquiatria ele mostrou a insatisfação em relação ao entendimento popular sobre as enfermidades mentais, questionando o diagnóstico e métodos clínicos. Publicou um tratado sobre paranoia. Usou de espécie de método biográfico com seus pacientes. A sua obra Psicopatologia Geral influiria até aos modernos. Estudou o tema dos delírios e alucinações. Classificou entre delírios primários e delírios secundários. Já na filosofia é associado com a corrente existencialista, uma vez que falava amplamente em Kierkegaard e Nietzsche. Obra importante sua nesse sentido é “Filosofia da existência”. Fala sobre o tema da transcendência, por outro lado. No campo da teologia foi influenciado pela mística cristã, por Mestre Eckhart e Nocolau de Cusa. Em 1959 recebeu o prêmio Erasmo. Interessou-se também por budismo. Teve debates com Bultmann. Escreveu ainda “Revelação e fé na filosofia” e “Os grandes filósofos”, em 1962. Decepcionado com a trajetória política de seu país, em 1967 renuncia a nacionalidade germânica e se converte em cidadão da Confederação Helvética (Suíço). Escreveu ainda “Aonde vai a Alemanha?”. Ainda obra importante sua é “Da verdade”. Sua filosofia é em muito comparada a de Heidegger. Foi ainda professor da filósofa Hannah Arendt, com quem trocou correspondência até fim da vida. Uma crítica fica onde ele disse: “Recorrer a processos mágicos é não só desarrazoado na prática, mas falta de lealdade: o homem trai a própria razão”. Para a qual disse Pizzinga1: “Aqui é necessário estabelecer uma diferença entre magia marca roscofe e Magia Místico-Iniciática: magia é crendice, superstição – crença ou noção sem base científica ou Iniciática; Magia é Ciência, ShOPhIa, Libertação. Haverá Magia mais poderosa do que vocalizar, com uma finalidade, o Mantra OM? Haverá Magia mais poderosa do que ser um instrumento desapaixonado, imparcial e categórico do Summum Bonum (o Bem Maior)?”. Em verdade, os processos mágicos estão nas próprias religiões e mesmo muito da ciência se baseia no que antes era visto como magia. Mas Karl Jaspers faleceu na Basileia, em 26 de Fevereiro de 1969.

 
1PIZZINGA, Rodolfo Domenico. Karl Jaspers – pensamentos. In www.paxprofundis.org