Nota de Abertura...
Quando se diz “as pedras do caminho” geralmente se faz referência a algum tipo de problema ou dificuldades e obstáculos – alguns intransponíveis - que todo o ser humano encontra pela frente ao longo do seu caminhar terreno.
Todavia,  sabemos que a natureza é pródiga em equilibrar as coisas naturais e por isso eu decidi reunir neste Album várias fotos (na maioria são da minha própria autoria ) às quais eu junto um pequeno texto explicativo daquilo que cada uma representa e me sugeriu quando as encontrei pessoalmente.
Numa das minhas viagens de recreio (eu digo recreio em vez de “férias”  pois considero que,  “férias” são dadas a quem trabalha por conta de outrem, o que não é o meu caso porque, depois que eu me casei, sempre tenho sobrevivido em busca do meu próprio emprego e, talvez por isso também!...  eu tenha encontrado todas estas pedras boas e nem tanto neste meu caminho que já vai com mais de 67 anos de vida);
São pedras de todas as cores, formas  e feitios.
Todas com as suas características próprias, elas servem como imagens silenciosas a todos  aqueles  que as contemplam sob os mais diversos pontos de vista.
Muitas são rústicas e jamais foram  mexidas pela mão do homem que passa por elas como a água!... E quando não as podemos mover ou manusear simplesmente as contemplamos e as rodeamos para seguir o caminho das nossas vidas.  
Sou oriundo da Região de Trás Os Montes e,  como o próprio nome indica, esta parte do nosso Portugal tem montes de pedras que vemos no horizonte a perder de vista.
O meu Avô Materno, a quem chamavam de “Ti Manel Cordeiro”, nascido na Aldeia dos Colmeais situada na encosta da Serra de Bornes, é cercada de Pedras por todos os lados e – talvez por isso – diziam que ele conseguia até plantar alfaces em cima duma pedra!...
Falecido quando eu era ainda apenas uma criança, já pouco me lembro dele porém, sei de memória que ele aos 99 anos de idade caiu do cavalo, que se assustou no caminho de volta da horta e o meu Saudoso Avô dos Colmeais,  morreu ao bater com a cabeça na pedra do caminho. 
Por incongruências do destino (dele) o lugar desse caminho se chamava de “brincadouro”... acho que ainda se chama.
Talvez por isso também eu escolhi para “nota de abertura” da apresentação deste meu Album,  uma foto da casa feita de Pedra aonde a minha Mãe me deu a Luz e, lógicamente,  ali começou todo o meu caminhar na Aldeia de Caravelas de Mirandela, de onde eu parti aos treze anos de idade... 
 


 
Silvino Potêncio
Enviado por Silvino Potêncio em 07/05/2017
Reeditado em 27/05/2017
Código do texto: T5992514
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