ConversaR

1

Nem respondo, cor_respondo...

Também eu leio o FC e numa perspectiva única, a de quem não acredita em nada do que ele diz. Cada palavra que escreve tento copiar à mão para folhas de papel e desejaria passar assim os dias até me cair a pele dos dedos, saltarem os olhos das órbitas e jogar futebol com esses berlindes cegos depois de caírem no chão.

Será bom que explique porque não acredito no que ele escreve, acreditar não é dar crédito, não é querer, é crer. Essa experiência extrema não caio no erro da praticar, copio as suas palavras para as sentir vivas e elas vêm e transformam-se em silogismos duma Lógica que transcende a razão, impossível acreditar naquilo que não percebo: é-me impossível ser crente e, acreditar num ateu seria viajar até um eu absurdo, imenso, incrível. Creio pois que lhe faço a vontade, não acredito em nada do que ele diz porque prefiro acreditar em tudo que escreve.

Dalgum modo criei uma religião, de mero personagem das palavras que eu próprio copio, de mero copista, passei a escrever os discursos do próprio Faraó! Sou eu que comando as águas do Nilo, encarno divindades antigas: sou Ísis e Ósiris!!

Decidi também juntar-me á tua efeméride, o meu coração hoje bate no teu, num único compasso binário de sístole e diástole onde a repetição nos une dividindo o tempo entre os dois: à tua saúde, à saúde dos dois, à Vida do Cosmos como ser vivo que nasceu, cresce, reproduz-se e morRe agora neste instante, em cada texto, por instinto. Assim seja, Mim a que se deseja, tu mesmo Mesmo sejas e eu o Raio que me parta! :)

R

2

Genoveva,

Precisamos de humor, essa prova de amor para com a vida na sua faceta mais elevada: a felicidade! Nada há de mais espiritual, estar feliz! Por isso o sorriso beatifico, quase poderíamos apelidar de estúpido, sem pensamento, ideia, razão, motivo, a paz consigo mesmo: a paz na paz, a felicidade no esgar dum riso parado entre o antes e a ausência dum depois! Também eu queria parar aqui, ficar assim... com um sorriso lerdo lendo infinitamente o teu comentário!! Feliz.

«Escrevo no momento em que apresentas 100121 leituras, e, repetindo parte do comentário de Rúbia Bourguignon, quero dizer-te que este número é uma migalha, diante das leituras que terás. Não, porque são os meus votos, mas porque é a consequência natural da tua escrita. Escrita que é única, e que nos dá leituras únicas em viagens completamente excepcionais. Claro que cria habituação, mas olha... já me resignei... eh eh eh. Um abraço bem grande e bem hajas. Mesmo.»

Enviado por Genoveva em 11/10/2006 17:12

para o texto "nem antes nem depois"

3

isis,

O personagem R é um esdrúxulo a crer dar em chulo da tua presença amiga e inspiradora, vamos lá nós saber? Ele que copie esta dúvida e a use como isco para pescar juízo, algo que não lhe deve faltar. Isto porque acho que é um pescador de águas profundas, deveria gostar de pescar políticos? Se me percebes, o gozo é o único remédio para o facto de termos nascido, nesse aspecto: sou tão personagem de estar vivo como ele. O que dizer de ti, isso não sei. Mas, calculo saibas: fico Feliz!

BGM,

F

«

Nem antes nem depois…| 11/10/2006 - 11:10h | saber que poderia acontecer em qualquer altura | terminar nas tuas palavras | e “me” tornar dependente do desejo da escrita | as palavras tinham movimento | finalmente senti que ia enlouquecer | tu mantiveste os teu versos vivos | e, na mesma ocasião, nem antes nem depois | simultâneo orgasmo! Acorda a sombra… e deixa-te SONHAR… na e pela escrita! na pele da escrita! que te beija tão docemente! isis

»

Enviado por isis (não autenticado* | IP: 193.136.242.250) em 11/10/2006 16:04

para o texto "nem antes nem depois"

«

Assim, nos números cheguei: 100069!!! Numa promessa de continuação quando escrever é estar presente como uma prenda que se abre com a satisfação da surpresa, a cada texto, a cada fase, vivida neste sentimento comum de ser…l_ ido! BGM

»

Enviado por isis (não autenticado* | IP: 193.136.242.250) em 11/10/2006 12:28

para o texto "Assim ataca de novo"

4

Dama,

Hoje entrei pelo Mural, procurando ver os anúncios do dia. Dia em que só agora à noite aqui cheguei e ainda nem vi os emails, depois duma breve passagem de manhã. Tive Plenário Sindical, informativo e preparatório de dois dias de greve agendados para a próxima semana. Quanto à medula óssea, já tirei e vou-te contar, só movidos por muito altruísmo e amor ao próximo. Assim seja, que o problema que deste a conhecer venha a ter solução na solidariedade humana.

És sempre solidária, te adoro!

F

«

Meu amigo vc como sempre perfeito, meus parabéns, acabei de publicar um dueto vai lá ver e peço para ler o texto SOS PORTUGAL e se pudar ajudar eu ficaria muito grata...Beijos ÐäMå Ðë ÑëG®ö

»

Enviado por Dama De Negro em 11/10/2006 10:56

para o texto "nem antes nem depois"

5

Sut,

Fazes-me sofrer sem culpa nenhuma, amo-te! Esta é uma daquelas declarações, exclamações, que até arrancam escamas! Tu mereces!... Seria bom se também sofresses um bocadinho, a culpa pertence ás palavras, pertence a tu [é: a(c)to], vamos conhecendo tudo um do outro: quando te leio possuo-te até ao êxtase. Eu sei, azar o meu!?

Beijos,

F

PS: Já viste como seria perigoso um encontro mas, como o perigo é a nossa profissão :)

«

quando as vestes mundanas caem, só resta a nudez sagrada da palavra. Adorei!!! Irei a Portugal no início de Novembro, seria muito bom encontrá-lo para um café poético.

»

Enviado por Helena Sut em 11/10/2006 09:36

para o texto "nu silêncio da escrita"

6

Minha querida gata,

Vou chapar aqui o email que te escrevi:

Querida Kat,

Magnifico texto, magno! Fico rendido pelo trabalho que dás, atenção e minúcia, um rendilhado, um verdadeiro croché duma escritora olhando como leitora e vendo o que só consegue quem persegue aquilo que apelidei as minúcias, os muitos aspectos presentes num texto: a prosódia, a paródia, a palavra em todas as suas vertentes, corpo da Língua, memória da voz, sonoridade em nós.

Geralmente escrevo sempre antes de ler, para não estar conta_minado… pela leitura, hoje comecei assim:

11-10-2006 10:26:51

Hoje, agora, aqui! Fazer uma crónica do que me passa por Cronos, esse deus do tempo que teve o seu tempo e terá o nosso enquanto houver cronómetros e a curiosidade onomástica se alimentar com os nomes das palavras que usamos.

Hoje “cronico” crónico deste gozo de dizer o que me passa pelos cornos, salvo seja. O tempo feminino e sensual, latente e quente, acamando as ideias e atraindo o corpo para este desporto que não é amor mas nos dá torpor: pensar na morte da bezerra, no zero, na imensa diáspora das ideias que ganham o mundo procurando fazer pela sua vida.

Hoje é o dia seguinte duma efeméride e siga a dança, mas tento guardar a música que ficou na memória. Os acordes onde acordamos melodia, uma harmonia própria do dar acordo duma particular idade, uma mão cheia de zeros depois do 1: 100.000.

A sinalética funciona como uma escala: 1 está para 100.000 e o significado fica entregue às extrapolações todas e mais algumas que imaginar se possa. Entro na análise estatística e a realidade transformar-se-ia numa teia de relações, categorizando, relacionando, inferindo e, concluindo, daria pano para mangas.

De forma simples ocorre-me, corre e paro na ideia de pensar o que pensei e já não sei que palavras foram essas, pelo que as hei-de ir procurar e fico com o antes e o depois do texto de ontem “nem antes nem depois”: a crónica d’ «o dia depois».

Agora vou interromper, logo voltarei às leituras & escrita. Fica desde já dito como fiquei rendido ao teu texto, pelo agrado mais variado que se pode imaginar: a amizade, o amor e é tudo… s(up)onho!...

Beijos querida amiga,

F

Só logo hei-de ir ao Recanto…

«

São Paulo, 11 de outubro de 2006, 4ª feira, às 7:15 /

Querido Fran,

Os vates só escreviam poesia. Mas quero chamar-te vate da prosa. Escuto os sons de harpa e alaúde por debaixo de tua escrita. Tua prosa é lírica, com retórica, rima e métrica , ainda que invisíveis.

Quero chamar-te calandra, cotovia-dos-campos, posto que teu canto declamativo alcança trinados de aconchego, uma pluma roçando em nossos ouvidos, despertando sensações gostosas.

Quero chamar-te poeta prosador, tal a miscigenação harmônica que fazes com a imaginação inspirada, a narração e a poética.

Quero, enfim, chamar-te ESCRITOR na acepção mais pura do latim "scriptore".

Completas 100.000 leituras. Um marco. Cumprimento-te. Imagino-te a alegria. Abraço-te apertado. Mas marco maior, creio, são as amizades que fizeste por e em torno da tua arte! Esta rompeu limites, fronteiras, ganhou o mundo. Daqui, deste Brasil também luso, beijo-te nesta manhã de sol de outubro. Continua a empunhar tua pena, poeta. __Kathleen ML__ (enviado tb para teu e-mail)

»

Enviado por Kathleen ML em 11/10/2006 07:53

para o texto "nem antes nem depois"

7

Querida Juli,

É a minha vez de agradecer a tua presença e o facto de nos revesarmos neste agradecimento mútuo que mutuamente renovamos quando calha e como calha, beirado de telhado onde correm as águas das letras caindo do céu..., sempre que nos visitamos!

Muita e Boa Inspiração! Beijos,

F

«

Bom dia! Parabéns pela ultrapassagem das 100000 leituras. Obrigada por sua presença Bj poesia

»

Enviado por Juli em 11/10/2006 06:48

para o texto "nem antes nem depois"

8

Alê,

Minha querida, o R que abriu esta minha ronda por comentário deve ter a sua química nessa física que diz praticar, vou copiar :)

«é puro gosto/gozo tua escrita, aliás eu gosto muitíssimo dos teus contos, eu venho desembestada... beijos!»

Gostaria de fazer de teus - beijos beijos - meus, de os dizer, declamar, até deixar tua boca calar-me: beijados beijos.

«

é puro gosto/gozo tua escrita, aliás eu gosto muitíssimo dos teus contos, eu venho desembestada... beijos!

»

Enviado por Alessandra Espínola em 11/10/2006 00:50

para o texto"nem antes nem depois"

9

Caro Maurélio,

Prazer enorme poder agradecer-te, aqui deixando meu grande abraço para quem aprecio de mais... pela capacidade de entrega e partilha que pratica.

Meu abraço amigo,

F

«

Olá Francisco, fico feliz em ler seus textos e além do mais contribuir para a honrosa meta de 100.000 leituras. Antecipando meus parabéns remeto-lhe meus abraços

Enviado por Maurélio Machado em 11/10/2006 00:20

para o texto"Alê"

10

Grande Peixão, bom amigo!

Belo acompanhar tuas navegações, sempre bom quando recebo teus comentário!

Abraços,

F

«

que belo baile... garagem hermética pulsando o bom amigo tocando o rápida fragata no vasto mar... um grande abraço, Peixão89

»

Enviado por Peixão em 10/10/2006 22:42

para o texto "nem antes nem depois"

Agora vou cometer a injustiça que tantas vezes cometo, olho para as horas e não dá mais! Isto de tentar visitar pelo menos uma página dos comentadores que me deixaram comentários, tantas vezes faço num exercício de sofreguidão e quase um lúdico devaneio de ler em intensidade e rapidez de responder em expontânea combustão!

Espero não ter dito muito disparate, seja tudo em prol de: Amor e Arte!!

As minhas desculpas de não prosseguir hoje este exercício que tanto caracteriza o Recanto e tanta vida lhe dá, esta interacção amiga entre os que se vão lendo e conhecendo. A todos o meu abraço: Saudações Recantuais!!

Francisco Coimbra
Enviado por Francisco Coimbra em 11/10/2006
Código do texto: T262144