Correspondências ao Amor...

Não preciso da correspondência tua, não do jeito que queres ceder-te a mim. Só deixe os silêncios ingratos falarem por meu grande amor, só deixe minhas lágrimas descerem livremente sob teu rosto vistoso, deixe meus olhos brilharem como uma estrela solitária no céu escuro da madrugada. Deixe eu te amar do meu jeito.

Sei dos caminhos tortuosos que teria que percorrer até que pudesse encontrá-lo, sei das lágrimas que derramaria a cada NÃO que levasse do destino, a cada esquina que cruzasse, sei de tudo, sei de nada, sei do que talvez pudéssemos viver.

As noites caminhadas em claro, iluminadas pela escuridão desse mistério, os dias disparados passam, como meu coração passa e fica quando te vê. As palavras de carinho sublinhadas dentro dos meus olhos, as intenções de ternura dos seus pensamentos. Suas confissões se fazem alento para esse coração apaixonado!

Todas as manhãs em que abro os olhos, vejo o despertar de um novo amor, da chama que acende e reacende a cada dia aqui dentro, do brilho do olhar de ternura, do sorriso de menino, da esperteza inocente, das lágrimas doloridas, dos amores esquecidos. De você eu lembro.

E todas as vezes que você queima aqui dentro desse peito apaixonado, e todas as vezes que os olhos fecho, você vem me olhar, e todas as repetidas vezes em que me fecho no mundo, você vem me despertar, e todas as vezes que abro de novo meus olhos, é porque sei que eu vou te amar...

Sempre soube que isso ia acontecer. Não sabia com quem, quando, onde, de que forma, com que intensidade, mas já sabia te amar. E que os anos passem, que eu fique velho, que nada mais faça, mas eu sei que o meu olhar, mesmo não correspondido... Eu sei que vou te amar!

Paulo Ricardo Pacheco
Enviado por Paulo Ricardo Pacheco em 12/02/2012
Código do texto: T3495493
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