Carta 20 - O seu retrato falado.
A primeira impressão não tem como mudar, uma vez que é a primeira. Sem segunda chance tudo é mais difícil.
Andam perguntando de você, e achei que se aprofundassem chegaria até eu e você. Causaram-me arrepios o só pensar a repercussão de todo nosso envolvimento em detalhes. Apagaria luzes de muitos e eu não sei ser cúmplice de algo tão desastroso como nosso relacionamento.
Fingi desinteresse pelo assunto e até usei a meu favor o direito de permanecer calada.
Mas quando começaram a exibir retratos que supostamente eram seus, não contiver a curiosidade de olhar mais de perto. Então eram assim que te viam?
Aquele olhar calmo e sem maldade do primeiro retrato era perfeito para a primeira impressão.Sabe que foi este meu primeiro engano quando te chamei?
Agora no segundo retrato falado e faladíssimo devo dizer, causou certo desconforto entre os presentes, inquietação súbita em todos. Sorri ao pensar que aquela máscara de superioridade e beleza já havia maculado meus sonhos. Quem ainda acreditaria ser você?
Por um tempo achei que eu estava surtando ou que todos ali eram de outro mundo, menos eu. Seria crueldade demais a deles, me torturarem por nada. Eu já me sentia mal e não achava lugar para meus pensamentos interrogativos, temia perder o juízo e te denunciar por assedio de mentes.
Procurei acalmar-me e ser lógica para não atrapalhar a investigação e nem te perder de vez, ainda quero te encontrar e eu mesma decidir que futuro te dar.
Num determinado momento pensou que poderia sair de fininho da cena do crime e esquecer que um dia te desejei a ponto de poetizar para você. Questão de gosto e alucinação coletiva, aqui no recanto todos acreditam em você. Parece ter escolhido sua melhor mascara para ser aplaudido de pé por homens e mulher. E os jovens? Pobres jovens iniciantes na vida, já dependentes de você.
Não! Gritei assustada quando me mostraram mais um retrado seu, exibia olhar firme e um brilho magnético parecia convencer que tens posses e poder. Jamais passará por mim como tal. Não é! Afirmei temendo não convencer. Mas descartaram o retrato com zelo que temi ter passado informação errada a seu respeito.
Estavam sem muitas opções em mãos e deixaram cair sem expectativa, uma foto em que o olhar de muitos deixaria passar despercebida aquela imagem tosca e pobre. Nem que fosse você, ninguém teria o prazer de andar de braços dados com aquilo. Nem eu, me envergonho de dizer, mas confesso, não é o que eu queria. Graças a Deus no olhar está todo mistério e é o que os retratos mais evidenciam, apesar da aparência simples por demais, os olhos eram mal, de uma cobiça além do normal.
Levantei-me, desalentos me perseguem, não acharam você. Não ajudei em nada, eles acreditam que alguém ainda poderá te reconhecer entre aqueles retratos, e muitos serão torturados a dizer que entre eles a felicidade está.
Fica combinado que ainda nos reencontraremos. Um dia te hospedei no peito e não vou morrer sem te abraçar novamente. Até qualquer dia felicidade. Para você ainda darei uma segunda chance.
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A primeira impressão não tem como mudar, uma vez que é a primeira. Sem segunda chance tudo é mais difícil.
Andam perguntando de você, e achei que se aprofundassem chegaria até eu e você. Causaram-me arrepios o só pensar a repercussão de todo nosso envolvimento em detalhes. Apagaria luzes de muitos e eu não sei ser cúmplice de algo tão desastroso como nosso relacionamento.
Fingi desinteresse pelo assunto e até usei a meu favor o direito de permanecer calada.
Mas quando começaram a exibir retratos que supostamente eram seus, não contiver a curiosidade de olhar mais de perto. Então eram assim que te viam?
Aquele olhar calmo e sem maldade do primeiro retrato era perfeito para a primeira impressão.Sabe que foi este meu primeiro engano quando te chamei?
Agora no segundo retrato falado e faladíssimo devo dizer, causou certo desconforto entre os presentes, inquietação súbita em todos. Sorri ao pensar que aquela máscara de superioridade e beleza já havia maculado meus sonhos. Quem ainda acreditaria ser você?
Por um tempo achei que eu estava surtando ou que todos ali eram de outro mundo, menos eu. Seria crueldade demais a deles, me torturarem por nada. Eu já me sentia mal e não achava lugar para meus pensamentos interrogativos, temia perder o juízo e te denunciar por assedio de mentes.
Procurei acalmar-me e ser lógica para não atrapalhar a investigação e nem te perder de vez, ainda quero te encontrar e eu mesma decidir que futuro te dar.
Num determinado momento pensou que poderia sair de fininho da cena do crime e esquecer que um dia te desejei a ponto de poetizar para você. Questão de gosto e alucinação coletiva, aqui no recanto todos acreditam em você. Parece ter escolhido sua melhor mascara para ser aplaudido de pé por homens e mulher. E os jovens? Pobres jovens iniciantes na vida, já dependentes de você.
Não! Gritei assustada quando me mostraram mais um retrado seu, exibia olhar firme e um brilho magnético parecia convencer que tens posses e poder. Jamais passará por mim como tal. Não é! Afirmei temendo não convencer. Mas descartaram o retrato com zelo que temi ter passado informação errada a seu respeito.
Estavam sem muitas opções em mãos e deixaram cair sem expectativa, uma foto em que o olhar de muitos deixaria passar despercebida aquela imagem tosca e pobre. Nem que fosse você, ninguém teria o prazer de andar de braços dados com aquilo. Nem eu, me envergonho de dizer, mas confesso, não é o que eu queria. Graças a Deus no olhar está todo mistério e é o que os retratos mais evidenciam, apesar da aparência simples por demais, os olhos eram mal, de uma cobiça além do normal.
Levantei-me, desalentos me perseguem, não acharam você. Não ajudei em nada, eles acreditam que alguém ainda poderá te reconhecer entre aqueles retratos, e muitos serão torturados a dizer que entre eles a felicidade está.
Fica combinado que ainda nos reencontraremos. Um dia te hospedei no peito e não vou morrer sem te abraçar novamente. Até qualquer dia felicidade. Para você ainda darei uma segunda chance.
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