BELA, Estupidamente Bela
BELA
Bela, estupidamente bela.
Aninhou-se no sofá com toda sua plenitude
E desprendia encantos como a se desnudar
Emanações do seu corpo em sensual atitude
Sedução e desejo imersos no jeitinho de olhar.
Cumplices que somos em momentos tais
Onde a razão nos sacode a carne ante o não poder
Impondo à alma o cárcere de silenciosos ais
Engessando a vontade de este amor viver.
Bela, timidez encantadoramente contida
Transparente na ebulição do corpo em chama
Registro visível de excitação voraz e eminente
Recolhe terno o cálice que ao transbordar incita
Umedece a voz nos lábios que ao desejo clama
Deixa no ar o perfume do amor que sente.