PLACEBO QUE SARA.

PLACEBO QUE SARA.

Tem gosto amargo e travoso

Como raiz em pinga de infusão

Desce rasgando tudo, raivoso.

A deixar planos e sonhos pelo chão.

Sem tomar partido purga os fatos

Evoca atitudes e mata os defeitos

Remédio da alma tirado nos matos

Placebo que sara, mas arde no peito.

Diante de si, nas margens do tempo,

Revendo no espelho as marcas na estrada

Registros concreto do que construiu.

Os feitos se foram levados com o vento.

Na frente o caminho de sina marcada

Carrega consigo no peito aquilo pariu.

Arthur Ghuma
Enviado por Arthur Ghuma em 07/01/2015
Código do texto: T5093868
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