O lamento de um pássaro

Sou um pássaro que um dia teve a liberdade de voar pela imensidão do céu. Visitei várias flores de todas as cores e cheiro árvores gigantescas algumas frutíferas outras não.

Sou um pássaro que apesar da minha frágil aparência consigo sobreviver sem ajuda do homem, eu procuro meu próprio alimento, água fresca e uma boa e aconchegante sombra para descansar. Até que um dia em um de meus diversos passeios com meus irmãos pássaros cair na armadilha do terrível homem, sim digo terrível porque depois daquele encontro perdi o que de mais precioso tinha a minha liberdade. Hoje me encontro confinado triste e abatido num espaço estranho cheio de grades no qual não consigo sair limitando a minha liberdade, o homem coloca água e comida na ilusão de que está me dando o melhor.

O melhor era quando eu voava mata adentro bebia água das nascentes perdidas na mata me alimentava às vezes de frutas e outras vezes de sementes. Não sentia frio, pois a minha roupa natural me protegia das inter-Peres do tempo.

Hoje meu canto é de melancolia já o homem que me confinou nessa prisão acha que canto porque estou feliz.

Pois bem vou lhe dizer o que eu sinto no peito, eu sinto uma tamanha tristeza quando canto desesperadamente isso é o choro de um pássaro que um dia foi livre é um pedido de socorro para poder viver e sentir novamente o gosto da liberdade.

Viveiros, gaiolas não me fazem feliz a felicidade está na minha liberdade na imensidão do céu batendo minhas asas, espero que o homem veja que estou morrendo aos poucos a cada dia, pois desse jeito eu não vivo apenas aguardo confinado nesse espaço repugnante o dia da minha partida.

Se você mantém um pássaro em cativeiro coloque-se no lugar desse pequeno indefeso por poucas horas e veja o quanto é cruel e desumano tirar a liberdade o suspiro e o canto de um pássaro.

O pássaro deve ser livre assim como você, confinado em gaiolas torna-se um troféu de um dono só ouvindo o seu lamento dia a dia. Então quebre suas gaiolas, e deixe o pássaro seguir o seu verdadeiro instinto de liberdade e de vida.

Elisete Soares Moreira
Enviado por Elisete Soares Moreira em 16/03/2015
Reeditado em 16/07/2022
Código do texto: T5171862
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