Carta para o meu destinatário favorito

Rio de Janeiro,

15:41h.

Num dia nublado qualquer e ventania bruta; o clima perfeito, só falta a chuva.

Gostaria de te ler, página por página, desamassar as "orelhas" que foram feitas por pseudo-leitores e desconhecedores da literatura do amor.

Estou aqui, só, focada em aprender o porquê de as pessoas estarem a metros de distância do tamanho do nosso abraço. Nada é justo, só há o cansaço.

Eu te leio e te visto de poesia sem você saber. Quando adormece no sofá, te cubro com um lençól para que não sinta mais frio que o frio que carrega no coração.

Eu sei que te julgaram, eu sei. Eu sei que a tua morte vem e vem e nunca vai. Eu sei que o teu zelo acabou, e eu sei que a vida te matou e te jogou barro na cara.

Eu sei, está sendo difícil pra você. Mas vem cá, deixa eu te afogar no mar que é o meu abraço.

Não vou prometer nada, promessas são laços, e laços são desfeitos ou cortados. Eu só quero te ajudar. Me ajude também.

Estamos longe um do outro, mas eu estou te abraçando agora.

Sentiu o cafuné?

Começou o sereno, tire a roupa do varal e já pra dentro, estou fazendo um chocolate quente pensando em você.

Thina Freitas
Enviado por Thina Freitas em 28/09/2017
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