Medo Do Amor

Eu acho que no fundo, eu tenho medo do amor. Sim, medo do amor. Isso soa estranho, né? Mas calma, já vou lhe explicar. Não vou dizer que sou azarada e que nunca encontrei o amor, pelo contrário, eu o encontrei diversas vezes na vida e em pessoas diferentes. Ele parou, se apresentou, me fez bem e o que eu fiz? Eu me despedi! Por que? Medo. Mas por que ter medo dele? Logo um sentimento tão bom e verdadeiro… Vou lhe explicar com uma metáfora. Supomos que o amor é chuva, e gostamos de um banho de chuva, porém sabemos que ficaremos resfriados se ficarmos por muito tempo nela. Logo, quando chove, nos molhamos, mas voltamos rápido pra casa, pois sabemos que estaremos seguros e não haverá perigo. Porém, há os corajosos que se arriscam a ficar na chuva. O amor é assim; nos entregamos, mas sabemos que podemos nos machucar, então às vezes fugimos dele antes de nos ferirmos, talvez por precaução, talvez por medo. No entanto, há os valentes, que permanecem mesmo com o alerta de perigo, os que se arriscam e se aventuram sem pensar nas consequências; os que aproveitam o amor. Entre essas pessoas, eu sou a precavida, a que foge assim que pode. No primeiro de sinal de perigo, eu já sumi. Não, eu não me orgulho disso. Eu queria ser corajosa e ficar até o final, mas nunca consegui. Sempre preferi navegar sobre os mares calmos, contudo, me esqueci que mares calmos não formam bons marinheiros. Eu queria ser o cais de alguem, mas sou sempre o caos: chego, faço uma bagunça na vida da pessoa e depois vou embora de fininho, dando uma desculpa que na verdade, é medo. Queria ser garoa, mas vim ao mundo como tempestade, e agora ? Você quer se molhar ou vai fugir para casa ?

Texto De :Lázaro Rethielly

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