Hitler E sua Amada Capítulo 14

Angela deu um sorriso amargo.

- Você não sabia que isso iria acontecer mais cedo ou mais tarde? - perguntou com azedume.

Geli baixou os olhos, envergonhada.

- Tomamos cuidado... mas nem sempre. - acercou-se de Angela, aflita. - Mamãe, eu sei que a senhora está triste comigo, mas a senhora ainda é minha mãe! A senhora precisa me ajudar!

- Ele já sabe?

- Eu não quero que ele saiba. - ela respondeu com a voz sumida.- Ele tem medo que nossos filhos nasçam com problemas por causa do nosso parentesco.

Angela lançou-lhe um olhar frio.

- Mas na hora de abrir as pernas não se lembrou disso, não é? - esbravejou afinal, pondo para fora toda a sua indignação. - Geli, como você pôde fazer uma coisa dessas, se entregar ao seu próprio tio?

- Eu me apaixonei por ele, mamãe!

- Então que se casasssem! Eu não me oporia, Geli... mas isso! Ele é homem, não tem o que perder, mas você jogou no lixo sua honra e sua virgindade! - os olhos de Angela encheram-se de lágrimas e ela começou a soluçar. - Geli, eu nunca esperei isso de você, minha filha... Eu sonhei tantas coisas para você...

Geli também soluçava, sentindo remorsos por ver sua mãe naquele estado.

- Eu o amo, mamãe... - murmurou... - Nós nos amamos, e vamos sim nos casar no futuro... mas por enquanto me ajude... eu sei que a senhora conhece uma receita forte, então por Deus me ajude, me ajude...se eu estou nesse estado, mamãe, é por amor!

Angela recuperou-se um pouco e enxugou os olhos.

- Onde ele está? - perguntou.

- Foi a uma convenção do partido em Nuremberg, volta daqui a dois dias... - Geli parecia totalmente arrasada. - Ele não precisa saber... por favor, me ajude...

Angela assentiu e dirigiu-se com passos lentos até a cozinha. Geli ficou sentada na sala, sentindo as pulsações daquela vida que crescia dentro dela, e daí a pouco não existiria mais. Então reconheceu que o amor também podia ter seu lado doloroso, que a vida não era um sonho, que o prazer podia cobrar um alto preço. Sentiu cheiro de vinho e especiarias. Angela voltou com uma caneca cheia de um líquido fumegante.

- Beba tudo e se deite. - ordenou com secura.

Geli bebeu... estava muito quente, quase fervendo, era meio doce mas ardia, era forte...as lágrimas escorriam pelo rosto de Angela. Depois ela foi para o seu antigo quarto e se deitou. Não demorou muito e as cólicas começaram... cada vez mais fortes, cada vez mais horríveis... Angela entrou e colocou uma toalha debaixo de Geli. As dores aumentavam cada vez mais... Geli se contorcia e gritava, olhando para o teto... lembrou do pesadelo que tivera... mas era sua mãe que estava ali, não Elfriede. Não era serpente que nascia, mas sangue que escorria pelas suas pernas... até que Angela puxou algo de dentro dela e acabou aquele suplício...

- Agora descanse. vou lhe trazer um caldo. - disse a mãe com o que seria seu neto embrulhado na toalha ensanguentada.

Geli perdeu os sentidos.

Maryrosetudor
Enviado por Maryrosetudor em 27/10/2014
Reeditado em 08/11/2014
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