O Oportunista - Parte II.

Imediatamente, liguei para Vanessa e marquei um almoço para agradecer pelo o que ela havia feito por mim, ela aceitou. Quando ela chegou para irmos juntos, disse um oi para Beatriz e saímos. Vanessa perguntou se Beatriz não ficaria enciumada e eu disse que depois resolveria e que não era para ela se preocupar com aquilo. Ao voltarmos, ela me convidou para uma baladinha naquela noite já que era sexta-feira, iria ela e uns amigos e era para eu levar Beatriz. Marcamos para as dez da noite. Após o expediente, levei Beatriz para tomar um café no shopping e expliquei que não havia a convidado para o almoço porque nossos horários eram diferentes e ela não fez mais perguntas, mas eu percebi a tristeza em seu olhar. Ao falar sobre o convite de Vanessa, ela respondeu que eu sabia que ela não gostava de balada, não entendia o porquê de eu ainda ter perguntado. Ela pediu para eu não ir, que era melhor eu ir à casa dela e assistirmos um filme juntos, mas eu disse que já havia marcado com Vanessa e que não poderia demarcar já que ela havia falado tão bem de mim para o pai dela. Brava, ela saiu, pegou o primeiro ônibus que apareceu e foi embora. Talvez fosse a hora de eu reavaliar nosso relacionamento.

As dez da noite, eu já estava em frente à casa noturna mais top da cidade, quinze minutos depois Vanessa chegou sozinha, perguntei sobre os seus amigos e ela disse que eles já deveriam estar lá dentro. Fui apresentado aos seus amigos da alta sociedade, para variar Lucas estava lá e não gostou nem um pouco de me ver com a irmãzinha dele, ela deu um chega pra lá nele e ele foi para a outra parte da pista. Dançamos, bebemos e acabamos nos beijando e foi aí que ela me convidou para irmos para um lugar mais calmo. Ao sentarmos na área vip, ela me confessou que sempre me amou e que não iria aceitar me perder para qualquer outra pessoa que fosse, ainda mais uma funcionariazinha, ela disse ainda que Beatriz era muito pouco para mim e que não se encaixava na minha vida e que se eu quisesse, ela poderia me tornar grande, era só eu dizer sim. Nunca tinha visto a Vanessa falar daquele jeito antes, talvez os anos que ela ficou no exterior tenham a mudado um pouco, amadurecido. Embora tenha ficado tentado em dizer sim naquela hora, decidi ir para casa. Ao sairmos, nos despedimos, ela me beijou novamente e eu confesso que gostei, seu perfume me embriagava.

Ao deitar na cama, não parava de pensar em Beatriz, por mais que eu gostasse e sentisse pena dela, eu não conseguia ver nada além de um futuro incerto e cheio de privações. Já com Vanessa, era o contrário, se tinha uma coisa que eu não precisaria jamais me preocupar era com dinheiro, além do mais seus beijos eram tão deliciosos. Depois de um tempo consegui chegar a uma decisão.

Na manhã seguinte, liguei para beatriz e disse para nos encontrarmos a tarde porque precisávamos conversar, ela hesitou um pouco, mas aceitou. Durante a conversa terminei tudo com ela e ela não aceitou muito bem, me xingou de tudo quanto é palavrão que ela conhecia, deu um tapa na minha cara e foi embora jogando o anel contra o meu peito. Era a decisão certa a tomar.

Na mesma noite, recebi uma ligação de Vanessa e contei que havia terminado o meu relacionamento e ela pediu para que nos encontrássemos. Fomos até um barzinho e ela me disse que faria de tudo para me fazer feliz. Eu sabia que ela poderia me proporcionar a felicidade não apenas sentimental, como principalmente a material que tanto havia me castigado.

Gabi Alves
Enviado por Gabi Alves em 25/05/2016
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