Felicidade dele

No Natal passado escrevi para ele.

Foi um cartão nada mais, nada menos que votos de sucesso, felicidade, bonança, saúde e desejos bons, onde devotamos a qualquer pessoa.

Ali eu não queria escrever só aquilo. Queria falar do quanto ele me fazia bem. Do quanto me fez bem conhecê-lo. E dos dias que passei a trocar mensagens diárias. Era como uma carta não finalizada que ainda guardo comigo.

Ele preencheu um espaço que faltava em mim. Simplesmente me acolheu e me acarinhou de todos os modos possíveis e pensáveis.

Discutimos por tantas bobagens que desconfio se venho fazendo a coisa certa; e o que é certo?

“Um dia me disseram que as nuvens não eram de algodão. Um dia me disseram. Que os ventos às vezes erram a direção....” Não é assim que a canção diz..?

Não sei qual direção o vento soprou quando o conheci. Só sei que o conheci em um dia só, e ele, a mim. Contei minha vida, meus medos, meus desejos e sonhos... Contei de minhas paixões e de tudo que eu passava naqueles dias. E foi aí que tudo começou.

Não desejei me envolver com ele. Não desejei magoá-lo ou sentir algo mais forte que uma amizade pode suportar.

Tentei me afastar ou afastar pensamentos que levassem ao extremo de um “Oi”.

Talvez tivéssemos nós previsto isso; não sei. Eu não previ. Não teria deixado isso acontecer... Não da forma como aconteceu.

Só sei que conheci uma pessoa de tão bom coração e doçura que nunca vi antes. É inexplicável dizer o quanto prezo pelo bem estar dele, pelo sucesso dele, pela felicidade dele.

Deixo-o livre, porque livre sempre será. Não como meus pensamentos, que oscilam numa rapidez e loucura, mas como alguém que sabe o que escolher e o que fazer.

Perdi as contas, dos “adeus” que demos um ao outro. Do “foi bom ter lhe conhecido” ou “desejo sua felicidade”...

[...]

E eu desejo a ele, felicidade.