Musa de Mármore

Musa de Mármore

Num longínquo local, esquecido pela historia, apagado pelas areias do tempo e jogado sob o véu do misticismo, encontra-se uma estátua, a mais bela e de uma historia fantástica, inacreditável.

Tal estátua de mármore, alva, sem vida, olhos mortos de esmeralda, cabelos louros de outro, semblante mórbido, mas sem dúvida, uma beleza funesta.

Ao se olhar, há tantas perguntas que se formam, mas a principal é “Por que exala tamanha tristeza?”.

Pela historia já houve relatos de lágrimas de diamante a rolar pela face gélida desse anjo de mármore, todavia para que não perca o fio da historia, lhes contarei o mito envolto nesta estátua...

Diz a lenda que esta estátua um dia foi a mulher mais formosa do mundo, que amara o seu bem amado com toda a força de sua vida.

Ouvia seu sorriso alegre e descontraído, seu olhar era pura luz e seu coração ainda pulsava vida.

A quem lhe perguntara, sua resposta era simples... “Eu o amo...”

Sempre cortejada, mas fiel ao seu amor que por sua vez, se tornara cada vez mais distante, mas para nossa triste estátua era apenas uma crise, anseios do dia, trabalho campal exauria demais seu amado.

E ela continuara a sorrir, amando, vivendo por este amor..

Porém com o tempo, seu olhar vívido foi começando a ficar turvo, seus medos floresciam monstruosamente, seu sorriso deixava de ter aquele brilho tão puro.

Algo acontecia naquele pequeno coração. Dúvidas surgiam, choros incessantes, lágrimas brutais maculavam sua face.

Vestiu o manto de coragem e tentou encarar seus medos, foi atrás de descobrir o que estava de errado em sua mente e o que dizia seu instinto..

Fora então em busca do seu amado e para sua tristeza, o encontrara nos braços de outra. Seu mundo desabou, todas as suas certezas se foram, todo o seu amor se tornou ódio, sua face se tornou amarga e seu coração parou.

Sua alma deixou seu corpo e como por mágica, aos poucos foi se tornando mármore, seus cabelos tão vivos outrora, transformou-se em outro, seu olhar transformara-se em apáticas esmeraldas. Ela morrera para o mundo.

Até que certo dia, um caminhante, um nômade que vivera de cidade em cidade a poetizar a vida chega neste pequeno vilarejo. De súbito, ao olhar tal estátua, seu coração que estivera morto há anos novamente deu sinal de que a vida renascera.

Amou a musa lapidada divinamente por Deus. Todos os dias ele ia ao encontro de sua amada, levava flores, lhe fazia poemas, juras de amor, cantava trovas épicas de amores impossíveis, chorava copiosamente a inanição de seu amor.

Por anos ele viveu a enaltecer seu anjo de mármore, por anos padeceu num suplício eterno. Suas tentativas de trazê-la a vida lhe tiraram sua sanidade, já então era conhecido pelo seu amor insano, mas nada lhe importava mais... Apenas amava...

Até que um dia Deus requisitou seu retorno ao céu, suas forças o deixaram, seu sofrimento fora tão grande quanto seu amor e seu fracasso ainda maior...Chegara seu derradeiro fim..

Porém antes de dar seu último suspiro ele deixara gravado aos pés de seu amor gélido.

“ Só Deus e tu minha amada sabem da pureza de meu amor... Só tu amada pode ouvir meus pedidos e hoje desfaleço por ti, pelo meu amor, mas se há um fio de esperança, nossos destinos se cruzarão pela eternidade..”

Assim, viera a espirar seu último sopro de vida...

As tramas divinas são misteriosas...

Amou a musa lapidada divinamente por Deus. Todos os dias ele ia ao encontro de sua amada, levava flores, lhe fazia poemas, juras de amor, cantava trovas épicas de amores impossíveis, chorava copiosamente a inanição de seu amor.

Por anos ele viveu a enaltecer seu anjo de mármore, por anos padeceu num suplício eterno. Suas tentativas de trazê-la a vida lhe tiraram sua sanidade, já então era conhecido pelo seu amor insano, mas nada lhe importava mais... Apenas amava...

Até que um dia Deus requisitou seu retorno ao céu, suas forças o deixaram, seu sofrimento fora tão grande quanto seu amor e seu fracasso ainda maior...Chegara seu derradeiro fim..

Porém antes de dar seu último suspiro ele deixara gravado aos pés de seu amor gélido.

“ Só Deus e você minha amada sabem da pureza de meu amor... Só você minha amada pode ouvir meus pedidos e hoje desfaleço por ti, pelo meu amor, mas se há um fio de esperança, nossos destinos se cruzarão pela eternidade..”

Assim, viera a espirar seu último sopro de vida...

As tramas divinas são misteriosas, por que algo tão belo não pode sublimar? Por que não puderam unir-se num só corpo e alma?

Eduardo Benetti
Enviado por Eduardo Benetti em 28/07/2016
Código do texto: T5711490
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