O CORAÇÃO DE MÃE!

O CORAÇÃO DE MÃE!

Um jovem nada fazia na vida para subir na vida. Não trabalhava, não estudava, era preguiçoso. Ele nada fazia mesmo, ou melhor: só fazia coisas ruins. Era mais um jovem perdido em nossa sociedade, como tantos. Seus amigos eram da ¨pesada¨. Eram malandros, viciados e ex-presidiários. Ele cometia ¨barbaridades¨. Não acreditava em Deus e não frequentava igreja. E, para ele, cometer um crime pouco faltava em sua má vida de endiabrado.

Um de seus amigos falou e disse:

- Por que você não se junta a nós. Vem para a ¨turma¨.

Ele pensou e pensou. Resolveu juntar-se à ¨turma¨.

Aí... Aí... O ¨chefão¨ da turma falou e disse:

- Você tem que provar que é ¨bom mesmo¨. Só tem que assaltar um banco; matar um desafeto, vender ¨drogas¨ para mim e então será admitido na ¨turma¨.

O jovem, desorientado, desdentado, sedento e precisando de dinheiro para suas necessidades pensou pequeno e grande ao mesmo tempo. Então ele aceitou as condições do ¨chefão¨. Seu primeiro crime foi ¨estourar um caixa eletrônico de banco¨. O ¨chefão aprovou:

- Você começou ¨bem¨... E acrescentou: agora você precisa fazer uma coisa: Matar a sua mãe e trazer-me o coração dela na bandeja.

O rapaz assustou-se...

Passou o dia e a noite pensando na condição que o ¨chefão¨ lhe impôs: ¨matar a minha mãe... Arrancar-lhe o coração...¨ Passaram-se mais um dia e uma noite. Ele tomou a decisão: vou matar a minha mãe e arrancar-lhe o coração e levar-lho ao ¨chefão¨. E assim procedeu: numa noite, enquanto sua mãe dormia, muniu-se de uma faca e esfaqueou sua genitora até arrancar-lhe o coração. Sua mãe nem gemeu tais os golpes que levara em seu peito.

O jovem, maldito e criminoso, saiu com o coração da mãe na bandeja e, já tarde da noite, foi levá-lo ao ¨chefão¨. Saiu às escondidas para que ninguém o visse. Saiu às pressas.

Sem arrependimento de sua barbaridade e crime andava rápido. E ele, na escuridão, tropeçou e caiu. Então, o coração foi ao chão, abriu-se e perguntou:

_ Você machucou-se meu filho?

F I M.