COELHO ZÉ

Era uma vez o coelho Zé que nunca acreditava em bruxas e fadas.

Para resolver esse caso ele precisava provar a todos e assim decidiu ir sozinho para a floresta e arrumou a sacola e lá se foi, no caminho encontrou com a minhoca saracoteando e perguntou se tinha visto alguma bruxa por ali, a minhoca nada respondeu e na terra se enfiou.

Decidido sai o coelho cantando:

Se pensa que vou desistir

Enganaram sim senhor

Sou o coelho Zé

Daqui não arredo o pé

Até provar a todo mundo

Que bruxa é invenção

E fada só ilusão.

Vou mostrar no final

Que se uma aparecer

Comigo vai ser fatal...

O dia estava lindo, o céu todo azulado, sai Zé pulando pela floresta, todos que vai encontrando ele logo interroga:

- Senhora Lagartixa viu a fada ou a bruxa voando nas árvores?

A lagartixa balançou a cabeça nem concordando e nem discordando.

Disposto a não discutir ele sai, quando por trás de uma árvore surge uma velha com ar de boazinha, o coelho logo se adiantou, chegando bem pertinho.

- Nossa! A senhora está muito sujinha e fedida. Parece que caiu num lamaçal! Ou não toma banho? Indagou espirando pelo cheiro forte da velha.

- Deixe de ser um coelho metido ou irei te colocar em minha sopa, adoro uma carne suculenta de coelho intrometido. Disse a velha mostrando apenas dois dentões.

O coelho de besta não era, mesmo se achando sabido e com toda a sua estripulia, os pelos se arrepiaram, as pernas tremeram, os dentes começaram a se baterem. Esbugalhou os olhos e deu no pé antes que acabasse numa panela.

E foi aquela correria, não sabia em que direção seguiu e quando percebeu estava perdido, ansiando de tanto cansaço e sem ar ele pensou: - E agora que direção tomar para chegar a minha casa?

- Você parece assustado, disse uma voz fininha bem pertinho.

O coelho não parou para responder saiu em disparada pela floresta afora. Precisava sair dali o mais rápido ou acabaria nas mãos daquela velha fedorenta.

A voz ficava cada vez mais perto, parecia um som espalhado pela floresta que chegava assim aos seus ouvidos.

- Acuda-me, eu estou perdido, não quero ser devorado ainda sou moço para acabar em uma panela. Pensava o coelho em voz alta e tremula pelo medo.

Sem forças para continuar, o coração querendo pular pela boca, ele se escondeu atrás de uma árvore até as plantinhas se balançavam com a sua tremedeira;

De olhos fechados ele orava:

- Senhor que protege os animais da floresta, tenha pena desse pobre coelhinho tão indefeso.

- Pare de correr, disse a voz do alto da árvore, olhe para cima eu não sou a bruxa que você está fugindo.

O coelho de olhos fechados batia os dentes de tanto tremer. O silêncio caiu na floresta, depois de alguns minutos abriu os olhos ficou quieto quando viu uma pequenina fadinha flutuando a sua frente. Ela sorria soltando estrelinhas.

O coelho arregalou os olhos, não duvidaria mais que existiam mesmo bruxas e fadas naquela floresta. A fadinha sorriu, siga naquela direção vai chegar rapidinho em sua casa e em segurança, não precisa correr está tudo tranquilo e a bruxa uma hora dessas está em sua casa roncando.

O coelho não esperou mais nada e partiu em disparada sem olhar para trás.

Moral da história. Não duvides nunca daquilo que não tem certeza.

irá rodrigues
Enviado por irá rodrigues em 09/09/2017
Código do texto: T6109259
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