RECORDAR

Recordar

Era uma doçura, sem ligar para cabelos, mas bem cuidados, sempre com um sorriso estampado no rosto e um brilho no olhar. Ou tempo bom o da adolescência.

Não tinha ideia, mas sem programar nada, já estávamos contribuindo para uma nova sociedade melhor através da arte. Das danças, a banda marcial da escola e no São João as quadrilhas. Na poesia, na pintura, na música, qual foi a nossa contribuição para um mundo melhor na época? Como já disse não tinha ideia, mas de uma forma espontânea deixamos plantado a sementinha do amor à arte, como nome renomado na arte plástica e na musica, onde vários grupos foram criados e fizeram sucesso.

Sempre surpreendia a todos com carinho de uma apresentação, em publico e dedicando beijos a quem nos assistia pela retribuição dos aplausos.

Na arte da sedução, foi difícil a conquista, mas vivendo toda a magia e sedução do primeiro amor e do primeiro beijo. A felicidade era uma constante naqueles tempos. Sempre partilhávamos com todas as dificuldades dos tempos, continuávamos juntos desafiando o mundo ao nosso redor da nossa adolescência.

Ainda hoje o meu coração lembra aqueles tempos e dos amores que não precisa morrer, mesmo porque não tenho intenção para matá-lo... As lembranças são os meus maiores tesouro, deste que hoje são apenas saudades...

Parece uma grande mentira, lutei para ter o direito de amar, pois o amor é coisa seria. Ver se não demora porque hoje tem, só depois da missa. Sempre dava conta do recado, pois quando o sinal abria passava e depois tinha forró.

De tudo que passei a lição de vida é o afeto e foi o que plantei e como fruto colhe afeto, irmandade e carinho por todos dos velhos amigos, segundas mães, professores e amores.

Escrito em 18 de junho de 2012, por Orlando Oliveira.