Edificação dos mouros
Século IX - Dois homens estavam a conversar sobre o alongamento de uma construção. O primeiro ressalta:
-Estou assustado com a pressa em que esta obra se dá.
-A procedência da mesma tem por finalidade erguer-se ao mínimo de tempo para atender as necessidades dos mouros.
-Oras, mas deste modo não haverá tempo para a chegada do bom material provindo do norte do oriente...
-Será vendido o bom material somente para conseguir comprar grandes peças para enfeitar o interior da mesquita.
Então a construção deu-se por completa em trinta dias, sem o apoio básico do bom material.
Os mouros chegaram e adentraram à construção finalizada. Disseram estar surpresos com a finalização tão rápida que se dera. Criados e servos que presenciaram a construção, não quiseram ficar nas proximidades do local e nem na festa que ali iria acontecer, por medo do desabamento da própria construção. Os demais sacerdotes muçulmanos receberam melhores elogios sobre a agilidade e sobre os lindos objetos de valor da mesquita. Porém, não se conformavam com o inusitado e rápido desenvolver. Árabes eram bons, porem reconhecidos por sua eficácia e lentidão em obras. Foi então que um dos mouros retirou-se do interior da mesquita juntamente com sua família e empurrara uma das vigas laterais que seguravam a obra. A construção desabara e enterrara os diversos pertences valiosos.
Foi compreendido que a pressa faz com que ajamos de maneira equivocada, fazendo com que soterremos próprias construções pessoais juntamente com o que há de mais valioso nesta.
Amemos nossa construção pessoal, porém não permitamos levar ao desastre e nem impor riscos desnecessários, somente pela cobiça inútil de economia de tempo.
Esperai, construí-vos, a edificação cautelosa se faz com o material de qualidade a fim de que não venha sofrer pela inconstância de um erro não pensado sobre o querer economizar e ignorar o indispensável.