Marcas no Espelho. Corrida Contra o Tempo.

Olho para ela e ela olha para mim. Na adolescência fui percebendo a diferença que existe entre sonho e realidade. No mundo real eu não consigo parar o tempo e a cada dia que passa noto pequenas transformações em meu corpo. Não posso fugir disso. Devo apenas seguir andando com a certeza que chegarei a algum lugar.

Quando me vejo sem saída me pego a fantasiar. Ah! Como se alteram meus sentimentos!

Em sonho de Uma Noite de Verão, William Shakespeare disse: “Mais vale a emoção de um silêncio que um caloroso discurso”. Para ele, na história, o amor e a simplicidade mesmo falando menos, acabam dizendo mais... Entretanto o silencio não pode existir agora nesse pequeno texto que se transforma em discurso. Pois nele, contem meu mais sincero e árduo sentimento.

Sou eu inteira meu corpo inteiro vibrando nessas linhas! Peço um momento, alguns segundos... Quebre as barreiras e entre no meu mundo “jovem pescador”. Agora sou só eu! Eu só! Para me distrair leio um livro e logo o deixo de lado para agarrar outro de um autor qualquer, marco páginas e grifo frases que se parecem comigo. Mergulho em pensamentos em busca de mim mesma, sempre esperando atenciosamente alguma resposta.

Talvez eu seja sonhadora. De fato, sonhar não tem me ajudado. Meu maior desafio agora é vencer a mim mesma. A propósito, deixo claro de ante mão que estou demonstrando minhas opreensões -não quero parecer totalmente confusa com o que estou querendo lhe passar-.

Hoje parei de frente ao espelho e o ‘nada’ como resposta permanecia em minha mente. Um grande vazio era apenas eu e ela se olhando. Sei que até o Nada deixa sua marca mais confesso que preferia viver sem pensar nesse futuro impróprio. Queria chegar em uma velhice saudável, cheia de carinho e amor, esquecida de todas as magoas ou qualquer tristeza e culpa.

O dia lá fora está maravilhoso aparentemente vai fazer um bom domingo. Acho que vou pegar mais um livro velho para ler.

A nossa vida passa tão rápido quanto as páginas de um livro. O importante é o que deixamos registrado. Uma vida feliz - é o que estou começando a escrever-. E como escrever é difícil.

Vou partir do Espelho... Que a pouco havia uma criança calada, com medo de errar. Um olhar de viajante. Pensamentos constante que não tem nada a dizer; apenas calada.

Não se chateei com a pobre garota ela se simpatiza com o ‘velho pescador’. Embora ele ainda não consiga mergulhar nas profundezas de suas águas.

Neste momento já não sei mais que pensamentos têm o pescador da ‘garotinha’. Mas gostaria de fazer a observação que já é tarde (03h17min) e a escritora-amadora tende dormir.

O que deixo é o amor de algumas palavras e o olhar ambíguo da menina calada.

Isabella Melo lima

15/março de 2011

Bell Melo
Enviado por Bell Melo em 21/04/2014
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