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                 O REENCONTRO
 
            Todas as tardes Joaninha e Manuel se encontravam após a aula. Conheciam-se desde o curso Primário. No dia da formatura começaram a namorar escondidos.  A cinta do Zé (pai da menina) teria serviço se desconfiasse que a filha se encontrava com algum rapaz. A mãe era mais maleável. Aconselhava-a como toda a mulher que se preza.
 
            Os jovens foram crescendo. A marcenaria funcionava muito bem quando o filho estava presente. Um grande profissional ali se forjava.
 
            No Segundo Grau cada um foi para uma escola diferente. Encontravam-se uma vez por semana. Quando Manuel tinha muito trabalho, o encontro era de cada quinze dias.
 
            Seu José havia determinado que deixaria a filha namorar somente depois que se formasse. Motivo esse que ela escondia dos pais.
 
            Faltavam poucos meses para a menina terminar o Normal. No ano seguinte começaria a lecionar. Estudava de manhã, e à tarde ajudava na educação das crianças da sua escola como voluntária.
 
            Num encontro rápido com o namorado, este disse que não daria mais pra continuarem. Pediu um tempo. Uma tia do rapaz foi na casa da Joaninha e contou tudo pra ela.
 
            - Ele está lhe fazendo de boba. Há algumas semanas que está se encontrando com outra, mas você dá de dez a zero nela, na beleza.
 
            Com a notícia Joana ficou sem chão. O risco que correu em tantos anos se escondendo dos pais, fora tudo em vão. Assim que se formasse iria contar ao pai, o que com certeza aceitaria de bom gosto, porque Manuel era trabalhador  e honesto.
          
            No dia da colação de grau conheceu um professor bem mais velho que ela. Este tinha idade para ser seu pai. Já no primeiro encontro ele a pediu em casamento. Ela aceitou porque queria esquecer o grande amor da sua vida. Ele era viúvo e não tinha filhos.

 
            Três meses depois estavam casados. Na sua mente continuava ligada com Manuel. Na hora de beijar era sempre ele no seu pensamento. Por mais que lutasse dentro dela para se libertar, não conseguia. Tinha pena do esposo porque este a tratava muito bem. 
 
            Um ataque fulminante ceifou a vida do marido. Ficou Joana com um filho nos braços. Apareceram vários pretendentes, mas jurou por si mesma que nunca mais se casaria.
 
            Os anos se passaram. Os seus pais faleceram. A propriedade foi vendida. Joana e o filho que já estava moço mudaram para outro Estado.
 

            Joaninha começou a folhear uma lista telefônica da cidade onde estava residindo. De repente se deparou com um nome que era o mesmo do seu antigo namorado. Ficou olhando, lendo, relendo e lembrando o tempo de criança e sua adolescência. Pediu ao filho que ligasse para aquele número. Ela mesma não teve coragem. O moço ligou. Perguntou se o Sr. Manuel se encontrava. A mulher que atendeu nem perguntou quem era nem de onde. Disse que ele estava no trabalho e em seguida passou o número da fábrica de móveis.
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(Continua... )





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Livro de poesias, EXPRESSÕES DA ALMA de CHRISTIANO NUNES
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