CASAMENTO NA ALDEIA.


O NOIVO BEM DOTADO.

Os amigos de seu Zé o alertavam, dizia do que poderia acontecer com essa sua filha caso casasse com o jão. Todos os companheiros de trabalhos diziam:-

Seu Zé não deixe que sua filha Ritinha case-se com Jão, impeça, não permita que este noivado configure em casamento.

- Como assim, não sei o que vocês tem contra Jão, me explique o que está pegando, não posso me interferir neste namoro de minha filha, se é para a felicidade dela desejo que se casem e forme sua família.

- Seu Zé o que está acontecendo é o seguinte; Quando estamos em banho coletivo após o trabalho todos nós presenciamos uma anomalia ao qual Jão é possuidor, ele tem um membro tamanho grande, muito grande, caso eles se casem, com aquele enorme instrumento certeza que vai provocar um estrago á pequena Ritinha sua filha.

- Vou tentar evitar, já que vocês estão me alertando como conselho de amigo eu falarei com essa minha filha.

Por mais que o senhor Zé tentou argumentar com sua filha não foi evitado e este casamento de Jão e Ritinha hoje chega ao altar e tudo fica confirmado; Rinha e Jão agora são os mais novos marido e mulher deste lugar.

Como de costume destes povos interioranos sempre que se casa um membro da família, por direito seus país acomodam na mesma casa, assim fazendo uma divisória e reservando alguns cômodos para os novos casados; filha e genro.

Naquele dia memorável com muitos festejos comes e bebes, quando termina a festa lá pelas tantas da noite o casal dirigiu-se ao seu quarto, primeiro conferiria os presentes e em seguida partiria para o ato sexual momento sagrado do enlace matrimonial.

Seu Zé do outro lado da parede escutava tudo o que se passava dentro do quarto de sua filha Rita e seu Genro, e muito preocupado com o que os amigos o alertaram não perdia uma palavra que eles diziam em seu ambiente de nupcia.

O casal permaneceu por alguns minutos conferindo os presentes que estavam expostos sobre a cama; leito que eles dormiriam nesta primeira noite.

Jão logo de primeira se encantou com um dos presentes; um lindo par de botinas de couro cru. Quem não já ouviu falar das tais botinas gostosonas assim chamavam devido um rangido que elas faziam quando acertavam o paço e o movimento do corpo. Este calçado para serviços pesados de fazendas, objeto de consumo de vários trabalhadores do campo.
Seu Zé atento que o que poderia acontecer com sua filha do outro lado da parede. Devido as alertas de seus amigos, achava que Ritinha não aguentaria o tranco. Súbito em uma situação inaudita ele ouviu uma fala de um dos pombinhos recém-casados, foi quando Jão disse a Ritinha com insistência:

- Agora me dê isso ai logo. Quero ver eu se caibo ai..

- O quê?

- Nesta gostosona..

Seu Zé mal sabia que eles estavam se tratando das botinas gostosonas.

- Agora você me ajude com carinho se não pode me machucar.

- Vamos lá,... Vou enfiar, abre os lados que com jeitinho acaba entrando.

Este sogro não estava mais aguentando de tantas curiosidades e pensava em que o tal genro na hora do coito machucaria sua filha, e continuava ouvindo este diálogo entre marido e mulher na primeira noite de casado no momento que estavam experimentando a calçar as tais botinas, enquanto seu Zé fazia juízo outras palavras, outra situação.

- Empurre com força Jão que está quase chegando lá.

- Então segure firme ai, vou dar uma estocada. Ai... doeu.

Mas quando chegava ao calcâneo não passava, tinha que começar tudo novamente.

- Estique os lados com os dedos que entra.

- Vai ser difícil Jão, acho que vou passar um pouco de vaselina que ai passa, escorrega e entra.

E o senhor sogro; Seu Zé escutava tudo, pensava que estava certo e entendia que estava acontecendo.

Depois de muitas tentativas em vestir o tal calçado nos pés. Não conseguiu, acabou por ficar muito nervoso, ficando irritado disse em voz alta. Muito bravo com a situação aos berros:

- Sabe de uma coisa Ritinha, chega de perder tempo com esta coisa apertada, eu vou mesmo e rasgar isso de canivete e é pra já.

No momento que Jão disse isso o sogro Seu Zé ficou enlouquecido pensando em uma tragédia com sua filha, com muita força e violência tacou os pés na parede divisória e quebrou tudo, foi logo gritando desesperado:

- Não!... Não... Não, Guarda este canivete, não faça isso com minha filha pelo amor de Deus Jão, eu te peço, eu imploro.

Jão disse assustado e nervoso.

- Não faça isso o que Seu Zé? O que o senhor está pensando? Eu só estou experimentando estas botinas apertadas que ganhei de presente de casamento.

- Ufa!... Que alivio! Boa noite... Pensei em outra coisa.


Antônio Herrero Portilho/28/11/2014.
Antonio Portilho antherport
Enviado por Antonio Portilho antherport em 28/11/2014
Reeditado em 29/07/2020
Código do texto: T5052102
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