DÍLSON e EU PARTE 13


Recapitulando

 
.      Mostrei-lhe as marcas das unhas do leão na soleira da janela e ele meio que desapontado disse: - Tem razão, acho que ele está pegando a mesma mania do dinós... Perguntei: - dinós, o que é isto? Ele respondeu era o outro leão, ele se chamava dinossauro e nós usamos o diminutivo para ficar mais fácil dele decorar. Sei, mas que mania ele tinha?
Segue.

     Mestre Dílson com um ar de preocupação respondeu: - O dinós veio para cá pequeno, ficou muitos anos conosco, depois de velho, houve uma noite que ouvi um pedido de socorro e quando cheguei aqui atraído pelos gritos ele estava comendo o pé do segundo ladrão que havia invadido a mansão.

     Fiquei muito chateado e depois de fazer uma reunião com a família decidimos não matar o bicho e sim doá-lo para o zoológico local, três dias depois me ligaram que tiveram de exterminá-lo porquê ele tinha comido o tratador e tentou comer um turista, por sorte chagaram a tempo e o visitante perdeu só a mão esquerda.

     O melhor vai ser repassar o simba também, mas desta vez vou doá-lo para um circo, - porque o circo mestre, perguntei? - Porque eu não gosto de circo, maltratam os animais, assim, quem sabe ele come o dono do circo? – Há sim, claro! Eu é que não ia discordar, sei lá se amanhã sem o querer, eu faço raiva no mestre e ele resolve me dar um leão de presente, eu hem? Tô fora.

     - muito bem Trovador feche aí e vamos tomar café que os peixes estão nos esperando. Tomamos café... Na verdade: “um desjejum completo estilo americano, bacon mal passado, pães de vários tipos, sucos de manga, laranja e açaí, leite, mamão já sem as sementes, biscoito e bolos de vários tipos.” Por mim até demoraria mais, mas ele se levantou e eu o segui.

     Entramos numa Raylux zero quilômetro e partimos, ele comentou: - aí atrás temos um frízer já ligado, cerveja e uma cachaça boa das Minas Gerais, água e comida, mais os molinetes e varas de extensão e anzóis de todos os tipos. Respondi: - beleza mestre, pois, eu não trouxe nenhuma traia de pesca. Ele disse: - fez bem aqui temos de tudo e no avião é chato trazer isto.

     - Trovador, há uma vila onde fica a nossa marina particular e eu tenho lá uma tia que não tem como passar e não ir cumprimentá-la, mas vou pedir para você não ir e me esperar, pois, se você aparecer lá, a gente não sai mais, é que minha tia está meio carente e se ela vê você com este jeitão, olhos azuis, e esta conversa de cerca Lourenço... Aí vai ferrar tudo.! - Respondi, pode deixar mestre, vou ficar esperando sua volta numa boa.

     Vai ficar muito grande aí ninguém lê. ”como diz mestre Jabor de Melo”. Depois conto mais.
Trovador das Alterosas
Enviado por Trovador das Alterosas em 15/03/2017
Reeditado em 15/03/2017
Código do texto: T5941601
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