A tatuagem

Sentada, em um banco de um ônibus. Esperando, que o ônibus tome logo o seu rumo. Depois, de quarenta minutos de espera, o ônibus chega e se esvazia de passageiros apressados. Quando, o motorista e o cobrador tiram uns minutos de intervalo. Os passageiros à espera do ônibus entram e aguardam o retorno do cobrador e o motorista.

Os minutos passam, e em instantes o ônibus dá partida. Três pessoas batem no ônibus, para quê o ônibus pare. E ele, para. E eles entram, um amigo meu entra e senta perto de mim. Eu o abraço, e ele também e começamos a conversar.

Meu amigo se acha o “bonitão”. Tem altura mediana, cabelos louro-escuros, cor bronzeada, tipo: estilo surfista. Enfim, além desses atributos, ele é muito gente boa. Conversávamos, sobre tudo.

Eu disse a ele, que eu tinha estudado teatro na FAFI-ES, dizia que era a melhor coisa do mundo, que era um prazer inexplicável atuando.

— Théo, me pergunta se existe beijo técnico?

— Sim, existe Théo. Tudo é técnico.

Ele começa a rir de mim, dizendo que não existia. E que ele só beijava com a língua e que não tinha como beijar sem ela. E que esses atores, sempre se pegavam às escondidas e que sempre tinha um caso.

Quando ele dizia isso, me deu uma enorme vontade de lhe tascar um beijo, daqueles de cinema.

Enquanto ele me conversava, ele me dizia que havia feito uma tatuagem.

— Me mostra Theo a sua tatuagem.

Theo desabotoava a sua camisa, enquanto ela o olhava abrindo bem devagar.

E quando ele termina de abrir a blusa ela vê um enorme dragão tatuado em seu abdômen “saradão”. Só que eu não conseguia ver o rabo do dragão pois estava na virilha,ele disse.E pegou a minha mão,e passou em seu abdômen,enquanto ele passava a minha mão nele,me dava uma sensação gostosa no ventre.

Os passageiros em volta olhavam para nós boquiabertos. Tinha até uma mulher da igreja que fazia ave-maria quando via aquilo. E quando ela estava em pé na barra do ônibus, antes dela sair ela disse:

— Credo!Deus!Pai!Nunca vi tanta indecência!E saiu ela do ônibus toda aterrorizada com aquela cena.

Eu perguntei se doía fazer a tatoo?

—Não, dói!Depende da pessoa às vezes a dor pode ser sinônimo de prazer para a pessoa então, varia!

— Hum!É mais, fica complicado arrumar emprego com o corpo todo tatuado!

— Bom isso é verdade!

A mulher desceu do ônibus e Theo me disse que o próximo ponto seria o dele, pois ele iria terminar a tatoo. Então, antes dele sair, ele beijou a minha bochecha e deu sinal no ônibus. Esperando que, ele pare. Ele apontou do ônibus, onde ficava o estúdio de tatuagem e piercing. O ônibus para, e ele e um monte de passageiros descem em busca de conforto em suas casas.

E imediatamente, o ônibus chega em frente à minha casa.Eu entro em casa tomo banho,procuro um livro para ler e vou dormir.

Thauane Martins
Enviado por Thauane Martins em 27/08/2014
Código do texto: T4939732
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