Canja japonesa...

Eu estava de folga, coisa mito rara por aqui no Japão, e senti fome. Deu vontade de fazer alguma coisa, ou um prato diferente dos sushis, yakisobas, sukiachis, ou qualquer outro bentô que é comum aqui no dia a dia.

Me dirigi a um mercado brasileiro, existente aqui perto, e comprei uma porção de coxinhas de asas de frango. Voltei para casa e as coloquei pra cozinhar. Fui a outro mercado, dessa vez um japonês, e comprei tomates, batatas, salsinha e cebolinha, e todos os outros ingredientes para deixar uma canja saborosa. Não me esqueci, é óbvio, das duas caixas de cerveja que precisaria para a preparação do prato e para minha manutenção diária de nível alcoólico.

Quando estava quase tudo pronto eu peguei minha bicicleta e voltei correndo ao mercado brasileiro, pois não podia faltar as fatias de pão fresco em acompanhamento a essa canja tão bem preparada.

Tomei uma, duas, três e outras. Preparei um lauto almoço para a minha velha, que tinha ido a prefeitura resolver um problema fiscal, e para as crianças quando chegassem da escola. Eu mesmo só comi um arroz frio e tomei a última cerveja, que havia na geladeira, quando acordei depois do porre daquele dia, e já estava anoitecendo.

CARLOS CUNHA o Poeta sem limites
Enviado por CARLOS CUNHA o Poeta sem limites em 18/12/2007
Código do texto: T782749
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