TRILOGIA APOCALIPSE - 2512

Salmo 46 - Por Entre Aclamações Deus Se Elevou, o Senhor Subiu ao toque da trombeta.

O homem em questão, ao fundo, sendo levado para ser crucificado, era nada mais que Jesus Cristo, o nosso salvador. O que muitos não imaginavam, era que mesmo ele sendo levado à cruz, e nos salvado, o toque da trombeta dos anjos, o levaria aos céus.

A Terra passou pelo seu maior momento. Nunca na história da humanidade, algo tão grandioso acontecera. Mas isso não aconteceu de fato. A subida do Senhor, não foi para glorifica-lo, e sim aprisiona-lo eternamente. As sombras pairavam sobre a Terra, seres não humanos, caminhavam com seus passos lentos. Trombetas eram tocadas a todo momento, a fim de exaltar uma força desconhecida desde então. A raça humana que ainda permanecia nas regiões próximas, foram escravizadas e outros foram mortos impiedosamente. Um monstro gigantesco e pitoresco gritava assustando a todos que ouviam. O seu nome era a Besta Escarlate, assim chamavam os habitantes de Jerusalém. O exército romano já havia sido exterminado, logo após as investidas desses seres não humanos. O medo era o único pensamento que pairava sob as mentes das pessoas. Quando tudo já estava acalmado, eis que o tempo avança e toda a história que conhecemos estava pra ser mudada. 2512 anos depois, um futuro pós apocalíptico, os seres humanos tinham se multiplicado e se transformado em escravos. Toda a tecnologia que havia, não pertenciam aos humanos, e sim aos novos habitante e donos do planeta, conhecidos como Kleine Lichter que traduzindo, seria algo como pouca ou pequena luz, se referindo a uma luz que possuem no visor. A humanidade não conhece mais o que é a vida, só há o trabalho e a fome, doenças por falta de saneamento básico e a morte. Havia esses Kleine Lichter, por todo os lugares e regiões. Por não mais haver mais o domínio dos seres humanos, não havia nações, governo e nem religião. Não havia presidente, políticos e nem exército. Não havia como se revoltar, se rebelar para que as coisas mudassem, a história que é contada de geração após geração, por mais de 2500 anos, era que nascemos para ser escravos.

Entre os Kleine Lichter, havia um líder que nunca se apresentava, diziam os escravos, que se um dia ele sequer se colocar para fora de sua concha, o mundo entraria em extinção. O nome dele segundo a língua escrava, era Der Große Gott, algo como O Grande Deus. As histórias que eram contadas aos filhos, e passadas por tradição, era que os seres de pouca luz, só conseguiram chegar a Terra, por causa do Grande Deus, que saiu de seu descanso e elevou o seu cajado sobre o planeta e declarou que aqui seria o seu reino. Desde então ele nunca mais saiu do seu descanso. As noites eram longas, não havia como dormir por muito tempo, as responsabilidades de cada escravo, era de manter a ordem dentro e fora de suas casas, ao menor sinal de revolta, haveria um preço enorme a se pagar. Os estudos, eram poucos, só sabiam o que havia para saber, conseguiam ler e escrever, a única língua que sobrara nos reinos escravos, era o alemão. Mais 70% da população sabia apenas o básico, fazer contas, ler e escrever. O clima variava constantemente, devido a extrema industrialização que os Kleine Lichter desenvolveram. Em cada cidade se construía uma indústria a cada dia. A queima de petróleo, era altíssima, as emissões de gazes poluentes, cobriam os céus deixando tudo escuro. As florestas estavam escassas, o oxigênio já alcançava níveis baixíssimos, se você não morresse de fome, de doença ou assassinado, morreria por falta do que respirar. Poucas pessoas se davam ao luxo de usarem máscaras nos dias mais difíceis. Ao redor do mundo havia o toque principal, reunia todas os escravos, para adorarem aos seu novo Deus, que aparecia uma vez ao ano em uma nuvem escura e turbulenta. O grito Besta Escarlate era mais alto e causava mais pânico. A adoração se dava ao início do sacrifício feito em nome do Grande Deus. Os escravos selecionados, eram em sua maioria, inválidos e incapazes de trabalhar, a esses o que sobrava era o extermínio. Em uma região afastada, se colocavam todos os escravos e uma luz pairava sobre todos, e como uma explosão nuclear, eram dizimados da face da Terra. De longe só via-se um clarão e um som altamente estrondoso. Terminava-se o sacrifício e a adoração, com movimentos de prostração constantes. A volta a suas vidas era normal, nada de especial além da adoração. Os trabalhos eram diários e repetitivos, mais da metade dos escravos trabalhavam em industrias. Após alguns anos nenhuma revolta aconteceu. Nada de diferente. Uma mulher chamada Norma, que significa algo como mulher do norte foi a única escrava que conseguiu escapar. E com pouca chance de sobreviver, arranjou alguns pedaços de papel e começou a escrever a sua história, para que um dia alguém em um futuro distante consiga pôr um fim nesse domínio Ausländer, ou estrangeiros.

Alfredo José Durante
Enviado por Alfredo José Durante em 23/09/2014
Código do texto: T4973222
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