O PLANETA DAS SOMBRAS ETERNAS:

O PLANETA DAS SOMBRAS ETERNAS:
A noite se fazia eterna; o sol encoberto pelas nuvens negras não permitiam a passagem da luz.
Houvera outrora um azul celestial a emoldurar aquele diminuto Planeta perdido na via láctea.
Fazia pouco tempo que tudo começara, os conflitos começaram a pipocar em todos os quadrantes da terra, em principio nada era novidade, pois a historia da humanidade sempre fora permeada por conflitos de maior ou menor intensidade em todos os recantos da terra desvairada.
Mas aquele inicio de século estava fadado a ser o mais violento de todas as eras, o frenesi belicoso estava nas mentes e corações dos habitantes daquele planeta, seus dirigentes pareciam possuídos por demônios enfurecidos, verdadeiros vampiros sedentos de sangue.
Assim caminhava a humanidade para o Armagedom tantas vezes alardeado pelos profetas do Apocalipse.
Foi naquela tarde sombria que tudo começara.
Exércitos Árabes apoiados por forças chinesas e Russas avançavam em todas as partes; partiram de varias frentes tanto no Oriente Médio como na Ásia em direção ao centro da Europa a partir do sul da Itália e dos Países fronteiriços das antigas republicas Soviéticas.
Milhares de Chineses e Russos em centenas de tanques dirigiam-se em direção a varias frentes arrasando qualquer resistência das tropas dos Países que tentavam resistir aquela britzerang, iam caindo um a um, Quazaquistão, Ubquistão, Geórgia, Ucraína e outros.

Na fronteira da Índia e do Paquistão, ainda não invadidos, grandes movimentações de tropas continuavam a reforçar as defesas.
Os antecedentes deste conflito já se fazia visível no in icio da primeira década do século vinte e um. Os Americanos do Norte, ou melhor, dizendo o governo do pseud. defensor das liberdades Democráticas do Mundo em sua ânsia de manter a hegemonia de sua politica dominadora e expansionista, criara varias áreas de conflitos em defesa de seus interesses econômicos e políticos em varias áreas do mundo, criando com isso uma animosidade entre dezenas de Nações que se sentiam ameaçadas em suas liberdades pela interferência em suas culturas e tentativas de desestabilização de seus regimes fossem eles notórias ditaduras ou não.
A ONU reunira-se em sessão permanente de forma emergencial numa tentativa de conter a escalada do conflito, a desintegração da organização era eminente, pois ninguém mais se entendia e não havia liderança capaz de deter as maquinas de guerra que saiam céleres da caixa de Pandora que prenunciava momentos terríveis para a humanidade.
Na Europa e nas Américas o medo era evidente, estampava-se nos rostos das pessoas que atordoadas e surpreendidas pelos acontecimentos buscavam refúgios em lugares longiguos em uma migração desesperada dentro de seus próprios Países na esperança de encontrar lugares que achavam seguro em caso de uma hecatombe nuclear que se avizinhava devido o descontrole da situação em todas as frentes de combate.
Um após outro foram caindo os Países da Europa sob o poderio das forças Chinesas, Russas e Árabes.
Por sua vez a retorica da América não se transformava em ação, pois suas forças mobilizadas estavam estagnadas e parecia que as ameaças de retaliação se daria com armas de destruição em massa e não de forma convencional.
Na Ásia novos conflitos estouravam; Coreia do Norte e Coreia do Sul já combatiam nos mares e nas fronteiras, a Índia enviara suas forças para a Cachemira e em contra partida o Paquistão atacara a Índia em suas fronteiras em varias frentes.
O único lugar do mundo onde ainda reinava certa calma era na América Latina principalmente nos países da América do Sul que tentavam se manter neutros diante da toda a insanidade que abarcava o Mundo.
Os noticiários não mais conseguiam seguir as noticias que chegavam a todo o momento de todas as partes em conflito. O Papa já saíra de Roma e dirigia-se ao Brasil, que após ter mobilizado todas as forças vivas da Nação junto com os países da América do Sul como um todo, dispunha-se a receber a todos que buscavam a Paz criando um refugio sem distinção entre todos os Povos sem discriminação de espécie alguma tendo como principio apenas a solidariedade humana em vista dos acontecimentos presentes, seu objetivo e de seu governo era manter se possível um oásis de Paz no meio da guerra que se espalhava por todos os cantos do planeta colocando em risco a sobrevivência humana num possível confronto Nuclear que se avizinhava.
Mas o tempo se encurtava e enquanto os combates prosseguiam numa fúria jamais vistas, todos os esforços para pará-lo foram inúteis; e naquela manhã de primeiro de agosto de dois mil e vinte, tudo aconteceu.
Forças táticas Americana e Inglesas apoiadas pela França e Israel dirigiram seus misseis balísticos saídos de suas bases e submarinos espalhados pelo Mundo e lançaram um ataque maciço e devastador o que foi imediatamente respondido pela Rússia, China, Coreia do Norte e Irã. Por sua vez Índia e Paquistão iniciaram também ataques mútuos com armas Nucleares entre Si.
O tempo não foi mais contado em dias meses ou anos, mas sim em minutos, tudo explodia em fantásticas ondas magnéticas criadas pela fissão nuclear, do espaço nas poucas estações internacionais ainda operantes, alguns atônitos Astronautas assistiam ao espetáculo que acontecia na terra incandescente pelas detonações das bombas lançadas.
Nada mais poderia ser feito. Grandes metrópoles, em todas as partes, assim como nos campos e nos mares ruíam como castelos de areia num turbilhão de fogo sem que nada vivo fosse poupado, homens e seres de toda a espécie eram tragados naquele enlouquecido espetáculo macabro a se desenrolar no outrora paradisíaco Planeta azul que do espaço cintilava sua beleza rara entre miríades de outros corpos celestes em suas trajetórias misteriosas através do infinito cósmico.
O silencio da morte reinou por vários anos, o negror das nuvens que cobriram o Planeta levariam anos a se dissiparem e o sol que continuava a brilhar em sua majestade, só era visto pelos poucos sobreviventes das estações espaciais que qual Robinson Crusoé moderno orbitavam no espaço preservado da hecatombe como se fossem ilhas preservadas para dar continuidade à vida num futuro incerto.
Mas o mistério da existência é infinito e por uma razão maior e incompreendida por simples mortais, tudo tem continuidade, a evolução não para e aqueles poucos seres que sobraram dariam com certeza uma nova esperança de vida além da morte e com certeza encontrariam outro lugar onde poderiam voltar a ter um lar, onde suas conquistas de saber poderiam se desenvolver, onde a criatividade da inteligência seria novamente desenvolvida e aplicada, quem sabe em outros termos de convivência humana, onde os princípios fossem diferentes, onde a solidariedade, fraternidade, a verdadeira humanidade pudesse ser completada em suas plenitudes evolutivas sem riscos de guerras destrutivas, sem ambições pessoais ou coletivas, numa eterna caminhada para o todo e sua complementação e interação com as Deidades Cósmicas que movem os fios da historia das humanidades.
Valmirolino.
valmirolino
Enviado por valmirolino em 23/04/2015
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