Justiceira

Justiceira

Era meia noite, quando todas as casas da cidade foram invadidas por homens armados com bestas e lanças. E levaram todos para a praça central, onde todos podiam ver o posto policial queimado, e um homem usando um bordão espancava a prefeita da cidade. A proteção óssea que a prefeita usava como armadura de combate era esmagada antes mesmo que se formasse, ela já não tinha nem forças para parar em pé quando foi jogada na nossa frente pelo homem com o bordão. Que logo depois disse:

– Essa cidade pertence agora a Ordem Negra! E vocês são nossos escravos! Seus homens serão exterminados, suas mulheres serão aprisionadas e vendidas e seus filhos serão treinados para serem nossos soldados! Resistir será inútil!

Uma voz feminina na multidão começou a falar:

– Você gosta de provocar o terror onde passa, não é mesmo?

A tranqüilidade da voz assustou até mesmo o homem do bordão. Os moradores diziam, com espanto:

– Professora Zina...

– Mas eu tenho uma novidade pra você: aqui você não vai tocar em ninguém, ou vai ter que lutar comigo. E você não está preparado para isso.

– Já chega! Homens matem todos! – disse o homem com o bordão.

Os homens usaram suas bestas contra a multidão, mas um campo de força protegeu todos e as flechas se destruíram ao tocá-lo. Bordão Negro descobriu que invadir a cidade não foi uma boa ideia, afinal, podia ter derrotado a prefeita, por tê-la a surpreendido, mas derrotar a Princesa do Trovão, isso era outra história.

– Soldados, acho melhor abaixarem as armas. Ou vou considerá-los como meus inimigos. Bordão Negro, agora, se quer tanto esta cidade, batalhe por ela! Vamos ver se você realmente é forte, ou apenas um aproveitador ridículo!

Nesse momento a professora deu um pulo tentando acertar um soco em direção ao Bordão Negro. Ele conseguiu usar o bordão para parar o golpe, afinal, sua arma era capaz de absorver qualquer golpe, inclusive elementar. Ele sabia que aquele soco teria destruído ele completamente. Deram ambos dois passos para trás e ela disse:

– Pelo menos você sabe usar isso. Se não teria nem graça.

Bordão negro tentou um golpe com a ponta de sua arma, golpe capaz de destruir blocos gigantes de pedra, a golpe jogou Zina uns dez metros, mas a sua proteção eletrostática impediu que ela sofresse qualquer dano. Ela ao se levantar soltou uma onda eletrostática do seu punho, Bordão bateu com a arma no chão levantando uma parede de pedra que o protegeu. Mas a técnica tinha uma desvantagem, e ele perdeu Zina de vista. E a princesa lhe acertou um soco nos ombros, quebrando-lhe todos os seus ossos e paralisando todos os seus músculos. A derrota foi inevitável.

Zina entrou novamente na cidade, e ao ver dois homens em um dos telhados justificou-se:

– Não tive como evitar. Protegê-los era o mínimo que eu deveria fazer. Estou vivendo bem como civil. Fiquem tranqüilos, não vai acontecer de novo.

– Você agiu certo, Zina. Os moradores, agora, sabem que se as coisas saírem do controle terão alguém para confiar – disse o homem de chapéu vermelho com fita preta.

– Os moradores estão de volta as casas, a prefeita está se recuperando no hospital, novos homens chegaram para reconstruir o posto policial e um grupo de soldados do exercito vão prestar serviço de segurança por algum tempo. Zina não exponha de novo, mas se não poder evitar, conte conosco – disse o homem de túnica roxa e com o bastão.

– Escarlate e Ninja obrigada por virem, mas eu quero permanecer como a professora da cidade e não como a guardiã dela.

– Você não é uma guardiã. Você é e, sempre será uma justiceira – disseram e rapidamente saíram e desapareceram.