PSICOINDUÇÃO
 
O mundo precisava de uma arma que não fosse tão impactante e mortal. A grande questão levantada é a criação da arma denominada psicoindução, capaz de dominar o inimigo, introduzindo nas sinapses um pensamento que não era o original a ser concebido. Esse cristal, era uma espécie de bloqueador neural, que já tinha dado certo em testes entre os militares Krivianos, planeta alguns anos luz da Terra. Nossos personagens, partem então para testar a arma em um animal, que teoricamente não raciocina e desta feita, mais fácil de controlar.
-Tiyrk (Assistentes de Kal): se a Psicoindução utiliza o próprio conhecimento e as experiências das pessoas e correlatos, esta ocorre, pois a inteligência ajuda no processo. Será que poderemos exercer domínio sobre os animais?
-Kal (pai de Arlan e cientista chefe): acho que será possível, dependendo de quem seja o Psicoindutor.
-Arlan (Metade Terráqueo / humano): como assim Kal?
-Kal: sim, pois dependerá da habilidade e do conhecimento para poder atuar em um campo específico do animal em questão.
-Kire (capitão de esquadra) senhores se posso dar uma sugestão, poderíamos ir até gavma (fauna e flora) e lá tentar a teoria do doutor Kal, pois lá animais não faltam. A sugestão de Kire foi aceita e em seguida, partem. Chegaram em gavma (fauna e flora), desceram próximos a uma bela queda d’água, pretendiam encontrar um animal relativamente pequeno e testar o cristal em seu próprio habitat, porém alguns roedores não ficavam sequer alguns segundos parados e expostos, pois outros os avisavam e assim sucessivamente. Começaram então a adentrar na floresta em regiões mais densas e menos recomendadas. Ao ir penetrando, se evidenciava a presença de animais pelos vários sons que aumentavam de intensidade e variedade. Kire, chama atenção sobre uma espécie de urro, automaticamente já saca sua arma e diz ao resto do pessoal que deveriam prosseguir com muito cuidado. Depois desta advertência salutar de Kire, Kal já pega o cristal da Psicoindução e seguem em sua aventura exploratória. Ao chegarem próximos a uma espécie de gruta que era formada por apenas vegetais, param, fazem uma rápida avaliação da área e seguem; dentro da gruta às vezes a luminosidade entrava na forma de feixe, nessas ocasiões podia-se ver melhor no interior. Já estavam avistando a saída, quando sem maior aviso uma espécie de gato selvagem salta sobre o grupo, causando um grande alvoroço e ferindo um pouco o braço de Tiyrk; não deu tempo para utilizar o cristal, pois Kire atirou de imediato desintegrando o desafortunado animal. Kal que trouxe consigo um esterilizador fez os famosos intergalácticos primeiros socorros, se bem que este era muitíssimo eficiente e não podemos chamá-lo simplesmente de first-aid. Passado o susto, continuam sua expedição, surge outro urro que persiste durante a caminhada. Agora se encontram em um local que era um enorme paredão rochoso, deveriam escalar para continuar ou seguir a exploração pela água. Ficam parados decidindo qual seria o melhor caminho. De repente, algumas árvores pequenas são arrancadas e eis que surge o representante dos urros que haviam escutado; uma criatura assustadora que nos dava medo e repulsa. Arlan grita para seu pai que suba nas rochas juntamente com Tiyrk, enquanto ele e Kire tentam algo. A arma que Kire começava a utilizar na criatura era sonora, e parecia não surtir muito efeito no carcharodon-sauro, uma vez que a de feixe estava sobrecarregada e ao cair na água diminuiu sua eficiência. Era como o próprio nome diz uma espécie de tubarão com um tiranossauro, era no mínimo curiosa para a apreciação de algum zoólogo. Qual o filo que encaixaria esse bicho pensa Kal. Agora bem alto e em segurança faz uma varredura no animal e descobre que ele tem muitos órgãos que conhece muito bem. Sendo assim, enquanto Kire e Arlan disparam na criatura, seguindo um jogo de recuar e avançar que o ser realizava, Kal com o Psicoindutor tenta provocar um desequilíbrio na parte metabólica do monstro; anteriormente já havia visto que existia uma espécie de paratireoide, desta feita ele começou a Psicoindução e utilizando suas ondas cerebrais diretamente na paratireoide para que a seque rapidamente aumentando a velocidade do metabolismo. Kal lembrou-se que experiências em animais, que se mostravam ainda mais sensíveis que os homens com a perda das paratiroides, provocavam uma convulsão muscular, um estado ao qual se dá o nome de tetania. Este estado assemelha-se ao resultado de uma baixa concentração de íons cálcio no sangue. Descobriu-se que os níveis de íons cálcio em animais privados das paratireoides eram realmente baixos. Ao progredir a tetania, o animal morria por mera exaustão ou, pois os músculos da laringe se contraíam a ponto de asfixiá-los. Sabemos que o hormônio das paratireoides mede os níveis de cálcio no sangue e uma falta de íons cálcio no sangue, o hormônio então, estimula certas células especiais e essas por sua vez dissolvem uma pequena parte dos ossos para repor a baixa concentração do metal alcalino terroso. Se hipoteticamente houver um grande desequilíbrio a estrutura óssea sendo sempre desgastada, haverá fraturas com maior facilidade e incidência em um mínimo esforço. Foi exatamente que Kal tentava induzir àquele ser. Ele continuava em seu ataque, mexendo com a cauda, levantando as patas sempre de modo hostil, e a energia da arma de Kire e de Arlan já estava em níveis bem críticos. De repente, o predador começa a tremer e diminuir sua massa corpórea expelindo muita água continuava a urrar, só que agora de dor provavelmente. Dentro de um prazo muito curto, ele reduziu-se a um amontoado de pelos, peles, alguns ossos e músculos, totalmente amorfos. Arlan e Kire ficaram pasmos de observar quão aterrorizante seria uma guerra, ou mesmo no uso cotidiano normal.

Se gosta de ficção, esse foi apenas um trecho do LIvro Kriva, o qual sou autor.