O Despertar do Andróide

O outono de 2870, fora generoso para os fabricantes de robôs, novos lançamentos, novidades no mundo globalizado da robótica.
Ja estavam eles em todos os setores da sociedade, desde os robôs que faziam serviços domésticos, até pilotos e executivos, é claro, comandados por humanos.
Casos isolados ou de lotes inteiros estavam oferecendo problemas ultimamente.
O sinal de alerta foi um recall feito em uma industria de robôs pilotos de corridas.
As competições usavam carros de tamanho normal, com velocidades de 470 km/h, monitorados por humanos, raramente acontecia algum acidente, mas ultimamente devido ao grande numero de acidentes, descobriu-se que a ultima geração de robôs tinha um defeito no cérebro.
Recolhidos, estavam em análise para se pesquisar que peças deveriam ser substituidas.
Muitas soluções foram sugeridas, e perigosamente um projeto de um pequeno país hostil, ganhava corpo e era ao ver de todos
os cientista o mais acessível e que solucionaria os problemas imediatamente.
Consistia em aproveitar cadaveres das inumeras guerras, extraindo-lhes o cérebro e completando os robôs, defeituosos.
Seria uma solução economicamente fantástica, visto que se fossem verificar danos no sistema todo, os custos seriam astronômicos em cada robô.
Consistia básicamente em introduzir um cérebro humano em um robô.
Os comandos todos ficariam a cargo de seres humanos normais, mas havia uma dúvida, quanto ao resultado, pois o mesmo so seria visível após semanas do transplante.
BZY54, este era um robô piloto de bólidos, que sofreu um acidente a 370 km/h e estava em péssimo estado.
A primeira fase seria recuperá-lo, depois adaptar um cérebro nele.
Mark Von Driendov, brilhante cientista, nas horas de folga, esquiava nos alpes,e a mais de um mes, devido a uma avalanche, ficou preso 6 horas sob o gelo e foi retirado em coma, assim permanecendo.
Mark, era um dos pacientes indicados para uma das cirurgias, a do robô BZY54.
A família do cientista, entendendo, o ato da doação, autorizou o desligamento dos aparelhos que o mantinham com o cérebro vivo, apenas o detalhe omitido, a doação seria para experiencias.
06 de Dezembro de 2870, um vento frio soprava sobre o centro espacial AURORA VERMELHA, local da cirurgia histórica, afinal era um sonho humano, dotar máquinas de partes humanas, e ter comando sobre estas máquinas.
09:45 horas da manhã...Duas horas atras o cérebro do cientista fora retirado e ja estava a disposição dos cirurgiões.
Em frente ao centro, estacionou um caminhão-transporte, trazendo, o piloto de bólidos, preparado para a cirurgia.
O centro espacial, tinha um ar sinistro, a fachada era cinza, contrastando com a neve branquissima, ao centro uma enorme porta, e ao lado uma entrada para ambulâncias.
Dentro do centro além da ala que destinava-se a parte de nosocômio, outra era destinada às pesquisas e havia mais uma, que era uma área onde documentos confidenciais e reservados eram guardados, e dentro desta área o principal, o controle geral.
Todos os robôs da terra, tinham em seu interior uma espécie de chip para destruição, e a tecla alaranjada, inutilizava para sempre todo e qualquer robô existente.
Significaria com certeza a extinção dos robôs como utilitários, pois a tecnologia, para a construção destes robôs, levara 210 anos para ser desenvolvida, e a construção de um só robo significava 9 meses de trabalho, seria sem dúvidas o fim da robótica.
Poucos seres humanos sabiam disso, mas os robôs não, nenhum deles tinha em suas estruturas, elementos que poderiam lhes dar tal informação.
10:00 horas da manhã...Dentro do centro cirúrgico, além do robô, 6 cirurgiões, intrumentista, mecânicos de tecnologia espacial.
17:00 horas...retirado do centro cirurgico, imóvel foi levado de maca até o ultimo andar do edificio, numa sala ampla e com visão paro o exterior.
5 dias depois, os impulsos elétricos o acordaram...Os monitores o olharam, analisaram...
Notaram que os movimentos ainda eram lentos para um robô, o fizeram andar, e por duas vezes, os movimentos não terminaram sua trajetória...
Mais dois dias, seriam necessários para a total recuperação, concluiram.
A leve brisa que entrava na sala balançava o lustre e a observá-lo em cima da maca...
Sim, Mark, após a cirurgia, o comando daquele robô, era ainda da equipe do centro espacial, mas agora com um porém, por um desses segredos que o cérebro dispõem, Mark tinha o comando de partes do corpo, isso não se oporia ao controle da equipe, que dispunha do controle dos mesmos orgãos.
Mas os tinha, estava vivo, novamente.
Mexeu os olhos, braços e pernas.
Olhou tudo reconheceu o quarto, estava tudo diferente da outra vez que o acordaram com impulsos elétricos.
Sentiu frio, olhou a neve cair sentiu saudade...Meu Deus isso não poderia acontecer, cientista que fora não poderia admitir tal coisa, essa experiencia não poderia dar certo.
Mas como barrar tais experiencia? Sozinho não poderia, aliás nem poderiam saber o que tinham construido.
Conhecia palmo a palmo o centro espacial, a noite iria ser sua aliada.
A guarda era feita por setores, de maneira que o setor das enfermarias/salas, era ao lado da sala do controle geral, ambas faziam parte deste setor, portanto, a guarda se fazia a 100 metros de onde estava e a porta de entrada do controle geral era ao lado.
22:00 horas...Na penumbra dos corredores, andou Mark/BZY54, solitariamente, conhecia cada pigmento de tinta daquelas paredes,
andou até se aproximar dos guardas, mas voltou...
Olhou a cidade entre as brumas do inverno, lembrou com saudade de todos que deixou...
A 20 metros de onde estava, divisou a porta do controle geral e a da sua sala...
Uma ultima análise, confirmou nele a fatídica decisão...
Entrou na sala do controle geral...
Tecla azul...
Tecla preta...
Tecla branca...
Tecla verde...
Tecla alaranjada...05,,04,,03,,02,,01,,00,, ignição_______________

Malgaxe
Malgaxe
Enviado por Malgaxe em 03/08/2016
Código do texto: T5718100
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