A TIGRESA II - AMOR INTERESTELAR

Taônia, 28 de dezembro de 2017.

Os xawareks revelaram-se bem resistentes ao frio de Taônia.

O capitão Mokvo e trinta guerreiros fortemente armados desembarcaram da Hércules e foram em caravana ostensiva de veículos através da cidade até o palácio imperial.

Todos foram instruídos quanto a um possível atentado dos remanescentes dos rebeldes Yord, contra eles e Aldo. Este e Alan, junto com Tikal Henna, chegaram um dia antes para encontrar o general Byzar e preparar as apresentações.

A cerimônia, transmitida ao vivo para todas as luas pela televisão taoniana, foi impressionante. O Imperador, instruído às pressas por Alan Claude nos costumes sirianos, não fugiu ao protocolo e foi convincente em seu sincero pedido de desculpas em nome de Taônia ao capitão Mokvo como representante do povo Xawarek:

–Há muito tempo que Nós queríamos pedir desculpas pela ignorância e crueldade de nossos antepassados, que não souberam apreciar a sinceridade dos emissários honrados que vieram aqui para pedir ajuda, náufragos como nós, que estamos aqui desde que nosso planeta original foi destruído. Hoje Nós sabemos que aqueles emissários chegaram aqui com sinceridade, com desejo de paz, para esquecer uma antiga guerra que já não era deles nem nossa, e que acabara milhares de ciclos antes. Nossos antepassados, descendentes dos Primeiros ranianos, esquecidos do passado imperial de Ran, assustaram-se com a aparência diferente dos seus emissários, e cometeram o crime de ignorar o desejo de paz e matá-los sem tentar conhecê-los, da mesma forma que, sem dúvida, eles também queriam nos conhecer. Hoje, este povo que representamos, pede desculpas ao seu povo; honrado capitão Kern Mokvo, e oferece sua amizade, desejando que possamos trabalhar juntos em beneficio mútuo.

Mokvo ficou impressionado com as palavras de Tao, que talvez pela recente desgraça acontecida, parecia mais velho e frágil do que nunca, mas não menos sincero, e também fez seu discurso em raniano:

–Meu povo aceita o pedido de desculpas do honrado imperador de um povo sem mundo, meu povo aceita trabalhar com seu povo para o bem comum. Meu povo concorda em esquecer nossos inúteis conflitos, provocados por remotos antepassados já mortos e esquecidos. Meu povo agradece ao seu povo a ajuda que há tempo tem dado a nós em material e mão de obra para construir uma nave estelar com a qual finalmente alguns de nós; poderão voltar para nosso mundo. Há muitos que desejam permanecer, para trabalhar com os terrestres, troianos, hiperbóreos e marcianos, povos que conhecemos recentemente e que são tão honrados como nós. Sabemos que todos têm uma origem comum, assim como os taonianos. Todos são filhos de Ran, o planeta desaparecido, cujo povo foi nosso inimigo no passado. Meu povo quer colocar uma pedra encima desse passado e começar uma nova história, uma nova era. E como prova disso, eu, Kern, Baharnum de Xel Amarna, filho de Mokvo e neto de Keldar, juro que castigaremos os assassinos sem honra que mataram sua família.

Após o discurso de Kern Mokvo, o rosto do imperador ficou sombrio e uma lágrima deslizou pelo seu rosto. Mas levantou-se com dificuldade do trono e desceu vacilante; os dois degraus até o estrado onde estava de pé o enorme siriano e estendeu as esqueléticas mãos, que o capitão Mokvo segurou entre as suas, enormes e peludas.

–Seja bem vindo ao que sobrou do Império Raniano; meu novo amigo, honrado capitão Kern, Baharnum de Xel Amarna, filho de Mokvo e neto de Keldar.

A nova era estava começando.

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Montes Negros, 31 de dezembro de 2017.

A perseguição levara a Hércules até a região dos Montes Negros. Os sensores detectaram Aldo, sendo torturado no esconderijo antigo, onde os agentes de Byzar nunca pensariam achá-los.

Trinta guerreiros xawareks com mochilas voadoras; comandados por Alan Claude e Tikal Henna, desceram sobre os rebeldes Yord como um açoite dos céus, disparando com as armas de energia em tonteio mínimo, para capturá-los vivos, segundo ordens de Alan.

Ele não podia arriscar que Suer Dut fosse morto e escapasse do castigo imperial.

Em quinze minutos Aldo foi libertado, mais morto do que vivo; a batalha terminada e quarenta e dois rebeldes, incluídos seu líder e o segundo em

comando; estavam amarrados de pés e mãos nos porões da Hércules.

Meia hora depois a Hércules pousou no astroporto de Taônia, sendo rodeada em seguida por veículos policiais.

Os guerreiros xawarek desceram em triunfo, conduzindo os prisioneiros acorrentados. Alan, pessoalmente, conduzia o nefasto Suer Dut, e o entregou ao general Byzar.

–Aqui está ele, general. Acabou.

–Bom trabalho, coronel. Agora é com a justiça.

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Taônia, 05 de janeiro de 2018.

Nenhum rebelde escapou da condena a morte.

As execuções, de quatro em quatro; transmitidas pela TV; começaram cedo.

Quatro rodas de execução foram construídas às pressas, já que nunca houvera tantos criminosos para executar em toda a história do mundo.

O líder rebelde ficou por último.

O coronel Alder Narom deu a ordem em nome do Imperador e o carrasco começou a quebrar as pernas do criminoso com uma barra de metal.

Depois os braços e meia hora depois as costelas. Duas horas depois, quando Suer Dut já não tinha mais forças para gritar, o carrasco deu o golpe de misericórdia na cabeça do assassino, que se abriu como uma melancia.

Assim acabou a rebelião em Taônia, que voltaria a ser um reino feliz depois de tantos anos de terror. Se ainda tivesse sobrado algum simpatizante da causa rebelde, vendo a execução pela TV pensaria duas vezes antes de voltar ás atividades.

A lição fora dada.

Os xawareks foram considerados heróis pelo imperador e pelo povo.

Aldo já esperava isso. Seu plano era esse. Queria que os xawareks fossem aceitos como amigos e aliados. Já não se sentia culpado pelas mortes da família imperial.

Taônia precisava um choque. Sem querer, Suer Dut conseguiu o que queria; mas teve um resultado diametralmente contrário; o povo uniu-se ainda mais em torno do imperador e festejou as execuções dos criminosos.

Alan Claude e Tikal Henna causaram sensação na TV taoniana, sendo entrevistados pela senhorita Uio, a quem contaram como foi a captura dos criminosos.

Depois partiram na Hércules com destino as Terras Frias, para apresentar os guerreiros xawareks aos vurians.

A intenção de Aldo era que os aceitassem como vizinhos, já que pretendia colocá-los futuramente nas montanhas próximas, numa colônia permanente. Ele já sabia que não todos pretendiam voltar a Sírio, já que alguns deles não se sentiam identificados com uma cultura que talvez tinha mudado demais nos últimos dez mil anos.

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Cidadela, Rhea, 17 de janeiro de 2018.

Havia festa no promenade.

Alan Claude e seus amigos sirianos compareceram ao aniversário de Inge e seu filho Alvim, que eram no mesmo dia.

Se havia algum ressentimento contra os terrestres, este se havia dissipado após os recentes acontecimentos. Alan comportava-se como um siriano, dominava a língua e costumes.

Com esta bagagem cultural, Alan apresentou-se com seus novos amigos, alguns dos quais, Tikal Henna entre eles, visitavam a base dos antárticos por primeira vez, ficando deslumbrados pelo modo de viver dos terrestres.

Aldo, já recuperado das torturas; os recebeu, satisfeito pelos já conhecidos feitos de Alan; que conseguira com sua atitude abrir o caminho de uma aliança duradoura. A importância do que o piloto brasileiro conseguira, teria conseqüências positivas no futuro. E Aldo o sabia.

–Parabéns, coronel.

–Obrigado capitão.

–Agora que os sirianos se preparam para viajar, tudo o que você conseguiu vivendo entre eles, torna-se vital para nós.

–A nave deles está pronta?

–A estrutura e os sistemas estão terminados, a engenharia está quase a ponto e talvez este ano eles ativem o núcleo de dobra para teste. Os motores de manobra estão funcionando e ainda esta semana a nave fará uma curta viagem de calibração. Mais dois ou três meses, e eles vão testar o motor de impulso.

–Presumo que o material requisitado chegou. Vi a Millennium em órbita.

–Realizaram sua missão a contento.

–E a nossa nave estelar Sem Nome?

–Talvez mais dois anos. Já está tomando forma na doca orbital. A tripulação treina a bordo em tempo integral. Alguns xawareks estão trabalhando nela como se fosse para eles. É uma questão de honra. E tudo isso devemos a você, Alan.

–A mim?

–Sim, não seja modesto. Os meses que você passou com eles foram o fator decisivo para que se tornassem nossos aliados, talvez amigos. Se vamos a empreender uma jornada para as estrelas, vamos precisar de amigos lá fora.

–Sim, é claro, capitão... Lá fora estaremos por nossa conta. Fora os kholems, não sabemos praticamente nada dos terrores que nos esperam...

–Tem razão, coronel. Temos sido demasiado audazes, violentos e arrogantes dentro do sistema. Lá fora deveremos ser humildes, cautelosos e alertas.

–Penso igual. Estaremos engatinhando onde eles são mestres.

–É a coisa mais lógica a fazer, Alan. Não podemos dar nenhum passo em falso.

Inge, grávida de cinco meses; aproximou-se dos dois homens:

–Parem de trabalhar; senhores, e venham a beber e comer algo saboroso, isto é uma festa, esqueceram?... E você, coronel, apresente-me sua amiga.

–É claro, minha reverenda...! Quê linda barriga você tem!

–Obrigada; Alan.

Os três dirigiram-se às mesas servidas com doces e salgados.

Os sirianos estavam ainda tímidos, sentados juntos num canto do promenade, sem atrever-se a comer ou beber.

Alan conhecia seus hábitos alimentares e providenciara que fosse servida uma mesa separada com quitutes sirianos, como pedaços de carne de wok crua, crustáceos taonianos vivos e algumas frutas trazidas dos subterrâneos de Japeto.

Mas hoje, eles aprenderiam a comer carne assada.

Os sirianos encontraram conhecidos entre engenheiros e tripulantes do projeto Empreendimento e logo estiveram grunhindo e rugindo a vontade, não assim Tikal Henna, a única fêmea xawarek presente. Mais isso estava para mudar.

–Henna, já conhece Aldo. Esta senhora é a Ilustre Dama Inge, sua companheira e Reverenda Sacerdotisa de nosso povo. Ela está grávida, como pode ver.

–Saudações – disse Tikal Henna em espanhol – que tenha um filho valente.

–Agradeço – respondeu Inge – já tenho três futuros guerreiros valentes. Agora quero uma filha valente para me fazer companhia.

–Os deuses farão seu desejo, Dama In-Ge. Vejo muita nobreza em você. Alan contou-me sobre sua jornada, desde que saíram do seu mundo.

–Alan é um bom amigo e um grande piloto, o melhor de Antártica.

–Também é um grande guerreiro – disse a tigresa, com os olhos brilhantes.

–Vejo que o guerreiro conquistou você – sorriu Inge.

–Ele fez por merecer – disse a siriana mostrando os dentes afiados.

Inge gostou dela nesse instante. E o disse:

–Vou gostar de você, Henna. Venha, querida, vou lhe mostrar a cidadela.

–Também vou gostar de você Dama In-Ge. Vamos ser amigas.

Elas afastaram-se de mãos dadas para percorrer o promenade, enquanto Aldo e Alan experimentavam a cerveja taoniana.

–Nossas mulheres se acertaram, Alan. Isso é bom.

–Nossas...?

–Me engano, coronel?

–Mais ou menos, capitão.

–Como "Mais ou menos?" Ela sente algo por você, e não é só admiração pelas suas façanhas. Você também demonstra afeição por ela, Alan. Eu vi.

–Tem razão. Gosto dela.

–Acha que não me preocupo com meu pessoal, coronel? Eu sou casado, mas posso imaginar como deve ser triste ser solteiro aqui fora. Alguns troianos trouxeram suas famílias, outros tomaram esposas nas Terras Frias...

Alan contou como tinha sido seu relacionamento com a siriana desde que chegara a Jápeto:

–Gostei dela desde o primeiro dia, ficamos amigos, percorremos as luas,

participamos de todo tipo de lutas com todo tipo de armas, e assim que ela me viu derrotar em luta corporal a diversos guerreiros; ela me desafiou para uma luta. As fêmeas lutam desde pequenas. Achei que seria uma brincadeira, mas ela tinha segundas intenções, a derrotei e ganhei o direito de acasalar com ela, pelos seus costumes. Mas ainda não o fiz, ela é de uma espécie diferente... E nós, antárticos...

–Claro. Somos radicalmente contrários às uniões com outras raças, quanto mais com outras espécies, mas, tomando as devidas precauções...

–Ainda não decidi, capitão.

Aldo o encarou com uma expressão que Alan nunca tinha visto:

–Valerión disse-me um dia para não adiar os desejos. Sua vida foi dedicada ao estudo e achou que trinta anos perdidos era tempo demais. Por isso ele casou com aquela moça russa que tem metade de sua idade... Antes que fosse tarde demais. Você é mais velho do que eu, Alan, quantos anos você tem, trinta e oito?

–Vou fazer em março.

–Esqueça as regras, coronel. Seja feliz antes que seja tarde.

*******.

Amor interestelar.

As naves dos convidados partiram tarde da noite.

Alan ficou quando soube que o Mestre de Clã, capitão estelar Kern Mokvo, Baharnum de Xel Amarna, requisitara Tikal Henna para o cargo de chefe táctica da Empreendimento:

–Passe a noite na cidadela dos humanos e amanhã se apresente na doca orbital.

Alan agora sabia que ela seria parte da tripulação do retorno e começava a sentir-se mal; os xawareks nunca discutiam uma ordem direta de um capitão estelar.

Ele tinha seu próprio apartamento na ala residencial da Cidadela e convidou sua parceira para dormir com ele essa noite.

–Espero que você goste das acomodações dos humanos – disse Alan enquanto caminhavam pelos corredores, após sair do elevador.

–Você me leva para sua casa, isso me honra. Vou gostar.

E assim que entraram nos amplos aposentos:

–Bonito! – grunhiu ela – melhor que um camarote de nave.

–Fique a vontade, Henna. Eu vou tomar um banho antes de dormir.

Alan tirou a roupa e entrou na ducha. Fechou os olhos e deixou a água quente escorrer pelo seu corpo coberto de cicatrizes. Em Jápeto os banhos eram frios. De repente sentiu as mãos dela nas suas costas, com as unhas recolhidas.

–Também quero me lavar – disse ela, já nua.

–Venha. Se não se importa com a água quente.

–Posso me habituar.

Ensaboaram-se e acariciaram-se um a outro. Alan beijou-a na boca. Ela nunca tinha sido beijada antes.

–É isso que os humanos fazem?

–Sim é isso que os humanos fazem. Eles geralmente não batem nas fêmeas.

Ele a beijou de novo e sentiu a língua áspera de gata na sua boca. Alan desligou a ducha e ligou o secador. Sorriu. Ela gostou de sentir seus pêlos agitados pelos jatos de ar. Logo foram a sentar-se na cama, nus. Alan lembrou das palavras de Aldo e resolveu dizer a ela como se sentia:

–Henna... Estou triste porque você vai para a doca e não nos veremos mais.

Ela abaixou-se na cama ao estilo felino:

–Pois não fique triste, guerreiro. Você pode ir a bordo. Falarei ao capitão...

–Eu sei que faria isso, mas eu quero saber se você gosta de mim; ou...

Ela esperara quatro semanas por esse momento:

–Você sempre me tratou bem e nunca gritou comigo. Agora por fim me trouxe à sua casa para acasalar, como é o seu direito e o meu desejo. Quero acasalar, Alan, quero ser sua fêmea, porque é meu dever e porque eu lhe amo.

Ela ficou de quatro e levantou os quadris, oferecendo-lhe o pequeno sexo cor de rosa, aberto e palpitante, igual ao de uma menina humana.

–Henna...! – Alan ficou excitado e não disse mais nada.

Ela olhou de soslaio o membro ereto do homem e disse, apreensiva:

–Seu lingam ficou maior que minha gronka...! Eu não fazia ideia que...

–Ainda quer acasalar?

–Sim! Não me machuque muito, marido; amanhã preciso embarcar...

Ele posicionou-se por trás e segurou-a pelos quadris:

–Não vou lhe machucar demais. Será melhor que relaxe bem sua gronka, minha querida. Vamos fazer isso bem devagar... Temos a noite toda.

*******.

Órbita de Rhea, 18 de janeiro de 2018.

A patrulheira do coronel Sarrazin atracou na comporta de visitantes da doca orbital.

Tikal Henna, Baharnum de Xel Amarna, com o rosto radiante e sonhador; apesar das pernas trêmulas e as entranhas doloridas, entrou no elevador, seguida de um Alan Claude com olhos cansados pela noite sem dormir.

–Você acabou comigo, coronel, não poderei me sentar por um tempo.

–E você comigo. Mas você recupera-se rápido, querida.

Chegaram ao nível de embarque, e abordaram a Empreendimento NX.

–Permissão para embarcar – disseram ambos ao mesmo tempo.

–Permissão concedida – disse o chefe de embarque – o capitão está na ponte.

Após um minuto, ela apresentou-se ao capitão Kern Mokvo:

–Tikal Henna de Xel Amarna se apresentando ao serviço, senhor. O coronel Alan completou seu treinamento na base e me acompanha como observador.

–Bem-vindos a bordo. Um tripulante vai familiarizá-los com a nave.

–Sim senhor.

–Coronel, pretende entrar para minha tripulação?

–Sim, se o senhor ordenar, capitão. Se nossos povos vão se unir como aliados e amigos, de hoje em diante precisamos trabalhar juntos.

–Aprendi a apreciar os humanos – disse o capitão após um instante –desde que trabalhamos juntos não tive decepções. Seu líder prometeu nos ajudar a voltar para casa, e veja; estamos numa nave estelar quase pronta! Sabemos ser gratos.

–Por isso estou aqui, capitão. Para ter certeza que tudo dará certo e ajudar no que puder. Não esquecemos o que seu honrado povo fez por nosso capitão quando o resgataram dos rebeldes e acabaram com a revolta...

–E fizemos a paz com os taonianos, isso é o mais importante! Mas saiba que conheço sua vida, coronel. O capitão Aldo relatou tudo o mais importante que você fez desde que saiu do seu planeta. E é claro que sei tudo o que você fez em nossa base principal antes da nossa pequena aventura guerreira em Taônia.

–Espero não ter decepcionado seu povo.

–Não decepcionou. Vocês são parecidos conosco. Seu capitão me disse uma vez que vocês são cruéis e impiedosos com seus inimigos.

–Somos; sim senhor. Lutamos para vencer.

–Nós também, mas vocês nos derrotaram.

–Não houve derrota, capitão. Todos vencemos. Vocês construíram sua nave para voltar para casa e nós temos vocês como aliados...

–Tem razão. Você integrará a tripulação da Empreendimento como piloto.

–Espero honrar esta nave, capitão.

–Honrará. Um tripulante estelar deve saber fazer tudo a bordo, deve poder substituir qualquer tripulante em qualquer tarefa.

–Vou me esforçar ao máximo para aprender, senhor.

–Não espero menos. A ordenança mostrará seus alojamentos. Espero vocês dois na hora quinta para a primeira reunião de oficiais superiores.

–Sim senhor. Obrigado senhor.

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Continua em : A TIGRESA III - ESPOSA.

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O conto A TIGRESA II - AMOR INTERESTELAR forma parte integrante da saga inédita Mundos Paralelos ® – Fase I - Volume III, Capítulo 26, páginas 139 a 144 e cujo inicio pode ser encontrado no Blog Sarracênico - Ficção Científica e Relacionados, sarracena.blogspot.com

O volume 1 da saga pode ser comprado em:

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Gabriel Solís
Enviado por Gabriel Solís em 08/10/2016
Reeditado em 01/11/2016
Código do texto: T5785513
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