A Vampira Selena - Parte II
 
   Embora eu estivesse confuso me sentia um pouco apaixonado, mas não deixava de pensar em como Selena tinha me jogado da mesa até sua cama com tanta força sem querer nem me falar a verdade.
   Fiquei pensando no que ela poderia ser e tantas ideias idiotas passavam pela minha cabeça até que a encontrei perto da nossa sala.
-Oi - quase sussurrando
-Oi Roman, eu terminei o trabalho - ela esticou seu braço e me entregou aquelas folhas grampiadas.
-Nossa! Obrigado, nem sei como te agradecer.
-De nada, tudo bem.
   No intervalo conversamos de novo mas ela já via alguns garotos a olhando e a deixando constrangida:
-Por que eles estão me olhando tanto?
-Eu não sei, mas tenho que dizer que contei para Oliver sobre nosso beijo e estou achando que ele acabou espalhando por ai.
-Você tá falando sério? - ela perguntou com um olhar demoníaco.
-Infelizmente sim, me desculpe.
-Ah, okay. - Disse ela com o rosto um pouco mais limpo quase soltando um sorriso.
-Vamos para a sala? - perguntei.
-Vamos. 
   Naquele dia troquei de lugar com Jerry para sentar ao lado de Selena, queria poder ficar perto dela, isso parecia me deixar feliz ou um pouco mais acompanhado, de uma pessoa que mal dava atenção pra mim. Sim! Mais uma loucura feita naquela semana.
   Comecei a escrever bilhetinhos e mandar para a carteira dela, então pensei que seria uma boa maneira de conhecê-la melhor, mas ela não parecia compartilhar o mesmo ânimo e vontade que eu e nem ao menos respondeu o bilhete.
   Cheguei em casa um pouco cansado aquelas aulas de português me deixavam super deprimido, não sei o que era mais chato a professora ou aquela gramática toda que ela sempre queria nos forçar a decorar.
   Selena ainda preenchia meus pensamentos e seus lábios não saíam de jeito nenhum dos meus desejos. Agora o que eu faria? Mal conseguia decidir o que tentar naquele momento, se falasse que gostava dela poderia perder a chance de conquistá-la ou pior ainda perder ela de uma vez.
   Decidi tentar falar com ela, mas quando nos encontramos novamente na escola eu a beijei na frente de todos ela nem tentou recuar e quando me abraçou tornou aquele beijo o melhor de todos, toda a vergonha e nervosismo que eu estava sentindo desapareceu.
-Precisamos conversar. - ela sussurrou no meu ouvido.
-Tudo bem, vou na sua casa hoje a tarde, pode ser? - respondi.
-Sim, vá as três horas. 
   Fiquei pensando no que ela iria me dizer, se finalmente iria me contar como tinha me jogado na sua cama ou se tinha algo para dizer em relação a nós.
   Cheguei as três em ponto, ela mal me cumprimentou e logo fomos para a sala:
-Roman eu acho justo que você saiba, mas você também tem que saber que se contar isso para alguém eu vou ter que te matar.
-Isso o que? Tudo bem, eu também acho justo que tenhamos segredos.
-Okay, vou direto ao ponto. Roman, eu sou uma vampira. - e nossos olhos se prenderam naquele momento.
  
   

 
Johan Henryque
Enviado por Johan Henryque em 14/08/2014
Código do texto: T4922202
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