Os doze crimes de Hércules. Quarto Crime.

Os doze crimes de Hércules.

A captura da corsa dos cornos de ouro.

A cidade de Mor vivia tempos difíceis, um assassino estava à solta, e os moradores aterrorizados. Muitos evitavam sair de suas casas à noite, e não era para menos considerando que as últimas três mortes aconteceram no espaço de um mês. As circunstâncias dessas mortes eram muito misteriosas, no mínimo bisaras. A cidade de Mor estava repleta de policiais, a noticia das mortes correu rápido, as cidades circunvizinhas sabendo da gravidade do caso mobilizaram-se, e enviaram reforços policiais no intuito de que o assassino fosse capturado logo.

O corpo do advogado Dr. Busiris, já havia sido removido para o necrotério, o resultado da autópsia demoraria ainda algumas semanas, as autopsias das outras três mortes foram enviadas para a equipe de investigações. O delegado Apolo e a equipe de detetives estavam reunidos na sala de investigações tentando desvendar aquele difícil mistério.

_Senhores, disse o delegado, agora não nos resta duvidas de que estamos diante de um serial killer, extremamente perigoso, inteligente e preparado.

_O que faremos se não foi encontrada nenhuma pista desse cara, ele não deixa rastros, nenhuma digital nada, questionou um dos rapazes da equipe.

_O melhor a fazer agora é nos atermos as informações que levantamos ate aqui, e tentar decifrar os enigmas desse sujeito.

_Isso mesmo Abderis, disse outro rapaz da equipe.

_Mesmo porque estamos nos deixando levar pela crueldade das mortes, se observarmos melhor tá muito evidente, pelo menos para mim, o método desse cara.

_Como assim Roberto, perguntou o detetive, explique-nos melhor.

_Vejam bem. A primeira vitima, era o prefeito, Diomedes, foi morto no estabulo por équas que tinham sido drogas para ficarem extremamente agressivas. A segunda morte foi a do vice-prefeito, Dr. Minos, um crânio de touro cravado no seu peito com um diamante cravado no crânio, e um labirinto em volta dele. A terceira vitima o advogado, Dr. Busiris, foi asfixiado com duas maças introduzidas em sua boca, pintadas a ouro, e havia duas serpentes no recinto. E nas suas frontes o nome Hércules e um numero em sequencia, sem dizer dos signos do zodíaco, Aries, Touro, e Gêmeos. Isso me leva a crer que ele está se utilizando de símbolos ligados aos doze lendários trabalhos de Hercules.

_Brilhante Roberto, como eu não percebi isso antes, é só pegar os doze trabalhos de Hércules e tentar antecipar o seu próximo passo.

_Olha não quero desanimar ninguém, mas existe varias sequencias diferentes desses trabalhos, se realmente ele usa essa ordem ligadas aos signos, teremos outra vitima, do signo de câncer.

_Roberto fique encarregado de descobrir qual a ordem certa dos trabalhos de Hércules que ele está utilizando, enquanto isso retornaremos a cena dos crimes.

_Tudo bem qualquer coisa eu ligo.

Todos saíram menos o Roberto e um policial que ficou para lhe dar proteção. Enquanto isso a cidade de mor se preparava para a grande corrida de avestruzes, um evento que tinha virado tradição na cidade, um dos vereadores, o mais conhecido da cidade era o responsável pelo evento e dono das aves, ele que iniciou a corrida anos atrás, agora era uma tradição, com apostadores e tudo, Ageu era o nome desse vereador, ganhou muito dinheiro com a comercialização dessas aves e era o único dos políticos que rejeitou a proteção da polícia.

O evento estava marcado para as sete horas da noite, uma arena foi montada em torno da pista de corrida, estava lotado, um pouco mais acima das bancadas estava o camarote dos convidados da alta sociedade, políticos, empresários, pessoas desse nível, um forte esquema policial foi montado para garantir a proteção do evento.

Enquanto isso no aras do prefeito.

A equipe já estava na casa, vasculharam em todos os cômodos e nada encontrou, o delegado tinha tomado depoimento dos antigos funcionários da fazenda, ninguém tinha visto nada de anormal, nenhum estranho tinha entrado na fazenda no ultimo mês, somente policiais. Ao vasculharem o local das mortes com aparelhos modernos, que somente a equipe cientifica possuía, uma evidencia foi encontrada, quase imperceptível, mas que trouxe ao caso um possível suspeito, era um pedaço de tecido azul, estava no estabulo, entre as tabuas, enrascado em uma pequena ponta de prego, quando o detetive mostrou o tecido ao delegado ele levou um tremendo susto.

_Oque foi delegado, reconhece esse pedaço de tecido.

_Mais é claro, e não é possível, esse é se eu não estiver enganado, o mesmo tecido usado nas fardas dos policiais.

_Talvez algum deles ao ajudar retirar o corpo tenha rasgado a roupa sem perceber.

_Não detetive, nenhum policial desta cidade entrou nas cenas do crime, estiveram aqui, mas não na cena dos crimes, eu lhe garanto, pois estava presente no momento em que os corpos foram retirados.

_Só existe uma conclusão logica para isso.

_Qual. Perguntou o delegado.

_Ou o assassino esta usando uma farda policial, que enganaria a todos nos, ou o assassino é um dos seus policiais.

_Meu Deus, isso é loucura, conheço todos eles, não credito que seriam capazes de tal coisa.

_Nunca se sabe delegado, principalmente quando se trata de um psicopata, se realmente for um dos seus policiais, isso o coloca sempre a um passo a nossa frente.

_Vou verificar isso.

_Tome cuidado, se ele estiver no nosso meio e perceber que descobrimos o disfarce dele, já era, vamos manter isso só entra nos dois.

Neste momento o telefone do delegado toca, é um dos policiais que estava no evento do vereador, ele havia sido ferido na perna por uma flechada, no momento em que estava sendo fotografado ao lado da ave vencedora da corrida. Ambulâncias no local tinham levado ele ao hospital da cidade.

_Detetive, temos um problema, o vereador Ageu foi ferido com uma flecha na perna, agora apouco em seu evento, estão levando ele para o hospital, é melhor irmos para lá, vai que ele vil alguma coisa.

_Vamos então, estava cheio de policial lá, isso só reforça a minha tese.

Ao chegarem ao hospital tempos depois, a trágica noticia, a flecha que feriu o vereador estava infectada por um veneno desconhecido. Quando o delegado pegou sua ficha levou outro susto, a data de aniversario batia com o signo de câncer, a data de nascimento do vereador era vinte e oito do seis, exatamente com o investigador havia dito na sala de investigações.

Uma equipe foi enviada no local da morte, e dessa vez o misterioso assassino deixou para traz o arco que utilizou acertar o vereador, estava bem embaixo das arquibancadas, posicionado exatamente de frente com a vitima, nenhuma digital foi encontrada, mais uma vez o misterioso assassino atacou sem que ninguém percebesse. O vereador era a quarta morte em cinco semanas.

A equipe se reuniu na sala de investigações, mal entraram e o delegado recebeu um chamado do necrotério era urgente. Saíram todos na mesma hora rumo ao necrotério.

Aos chegar ao necrotério que ficava no centro da cidade, o medico legista estava muito assustado. No momento em que ia preparar os seus matérias para a necropsia do corpo, em um minuto que saiu da sala, ao retornar encontro uma descrição na testa do corpo, dizia, Hércules e o numero quatro, feita com bisturi cirúrgico, mas não era nenhum dos que havia ali com o medico.

_Não me resta duvidas meus senhores, disse o detetive Roberto, o assassino usa os símbolos dos doze trabalhos de Hércules, em um dos trabalhos, a captura da corsa, ele usa uma flecha para atingir a perna do animal que tinha chifre de ouro, e corria assombrosamente. Tínhamos uma corrida de avestruzes, que são extremamente velozes, o chifre de ouro era o próprio vereador com toda sua riqueza, atingido na perna por uma flecha. O signo dele é de câncer, o quarto signo dos zodíacos, ele a quarta vitima. Agora resta descobrirmos qual ordem ele usa, para descobrir qual o próximo trabalho de Hércules de que ele fara uso, ver o signos para tentarmos parar esse cara e evitar a morte da quinta pessoa.

_Roberto você é brilhante, vamos para a sala de investigações, não podemos perder tempo, dessa vez ele não nos escapa. Disse o delegado no momento em que saia do necrotério.

Tiago Pena
Enviado por Tiago Pena em 31/01/2015
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