Amor irradiante

IV Capítulo

Muitíssimas vezes mais irradiante que o mais luminoso sol

ele consegue irradiar nossa existência

ele consegue nos guiar pelos caminhos de trevas

ele é até o mais perfeito bálsamo para os nossos machucados

que adquirimos ao caminharmos pelos caminhos pedregosos

ele que nada é mais do que o verdadeiro amor

o sentimento de maravilha intensa impregnado em alguns seres especiais...

Vejamos então a nossa personagem marcante, Mary encaminhar-se até a escola de João, apesar de todo teu preparo psicológico tão espetacular como foi retratado nos capítulos anteriores, ela sentiu um certo vacilo, coração acelerado, tudo aquilo que sentimos em estado de grande tenção. Não era pra menos, porque ir até à escola, ver aquilo que um menino de 9 anos teve a capacidade de fazer: brigar dentro da sala de aula, escapar da diretora e junto com colegas com auto grau de hiperatividade também, conseguir até trancar a diretora dentro do banheiro.

Depois da briga alguns dos adversários um pouco machucados e depois seus pais relutantes de que aquele garoto era perverso, o líder que teria de ser eliminado do meio em que seus filhos estavam.

No caminho Mary ia pondo em ordem o teu raciocínio lógico, aquele cérebro privilegiado ia montando o quebra cabeça. De uma maneira espetacular já sabia quase tudo o que iria encontrar e a defesa pelo menos amenizar os fatos relacionados com o seu filho João, estava montada. Num pensamento triunfante relatava à ela mesma:

--- Graças a Deus, João não é perverso, sua mente é avançada demais, mas...

O mas ficou no vácuo da tua mente, o computador na cabeça ainda não conseguia desvendar aquela equação.

Depois desta caminhada em completa reflexão ou talvez um pre-raciocínio precipitado, Mary chega na escola para a resolução do intrincado problema envolvendo seu filho João. O prédio não era pequeno, com característica austera, se observasse mais atentamente podia-se notar um certo mistério. Ela atravessa um longo corredor e entra na sala indicada. Vê várias pessoas sentadas, a diretora no centro com uma mesa na frente. O cérebro de Mary imediatamente formula o pensamento:

--- Nossa! E eu tinha de justamente agora chegar 5 minutos atrasada!

E aí começa a reunião ou mais precisamente um debate. A diretora tem a palavra:

--- Minhas senhoras (eram só mulheres presentes) estamos aqui pra resolver esse assunto relacionado com os seus filhos.

Imediatamente uma senhora exaltada interrompe a diretora:

--- Nossos filhos não, senhora diretora, é o filho desta moça que acaba de entrar, ele é o causador desta confusão.

Então começa o alvoroço na sala, todos queriam tirar uma casquinha sem mesmo conhecerem pessoalmente o menino João.

--- Ele merece ser expulso, diretora!

Ele precisa...

Mary pede para falar e começa:

--- Ele precisa ser expulso por quê?

--- Ah! Então não sabe?

Meu filho e algumas que estão aqui chegaram em casa machucados, ele os machucou.

--- Espere aí, por favor, levante mais quem meu filho machucou.

Levantaram mais duas mulheres, no total três.

--- Alguns ou todos aqueles que meu filho machucou foram levados a algum hospital ou foi feita alguma avaliação médica?

--- Nãão... (todas elas em coro)

--- Mas também nem tanto!... (respondeu a mãe mais exaltada)

--- Então, o meu filho que era pra ter levado a pior, pois foram três meninos que brigaram com ele (define Mary com precisão)

--- Ah! Mas e a diretora que ficou trancada no banheiro, não é senhora diretora?

Espere aí eu respondo, continua Mary:

--- De fato foi um ato lamentável, mas não foi só o meu filho que fez isto, com eles estavam vários alunos bem levados também. Posso citar alguns?

Em toda sala o silêncio foi marcante...

A diretora rompeu o silêncio falando:

Na verdade eu estava pronta para tomar uma medida drástica, completamente apavorada sozinha na minha sala, ajoelhei e pedi ao Mestres dos mestres:

--- Senhor, me ajude a tomar uma atitude digna, estas crianças precisam do teu amparo. Um pensamento surgiu:

--- Vai e perdoa-os.

Meu perdão veio em forma de um enérgico sermão e compreensão, senti que aquelas pequenas mentes saíram do sufoco também. Passados alguns dias recebo das mãos daqueles pequenos travessos que ao puxarem a porta do banheiro me prenderam, recebi deles um lindo ramalhete de flores com os dizeres:

- Obrigado, senhora Diretora!!!

Então, mães, (continua contando a Diretora) não precisamos transformar estas crianças nuns São Francisquinhos de Assis, devemos dar a eles uma direção firme, mas com muito amor.

Interessante, que depois destas explicações a paz reinou entre os ânimos mais exaltados. Mary saía dali aliviada, teus pensamentos voltados no dia em que João lhe dissera: - quanto à diretora eu já tomei algumas providências e... quase certeza de que foi ele que tomou a frente no oferecimento à Diretora do ramalhete de lindas flores. E depois ainda ser considerado o vilão dos acontecimentos. Mais uma vez podemos afirmar de que os dois cérebros realizaram verdadeiros prodígios, o da jovem mãe Mary, por manter-se firme na solução da situação fazendo o papel de uma grande advogada e o do menino João de amenizar a situação.

A vida ainda teve algumas peripécias no lar da mãe Mary, o período da adolescência e da juventude de João não foi fácil, mas a capacidade de amar estava acima de todas as dificuldades.

E o tempo sempre passa, muitas mães (aquelas verdadeiras) sim, muitas delas às vezes nós a ouvimos dizer:

--- Isso tudo vai passar!!!... os cérebros privilegiados destas criaturas do amor conseguem prever, compreender os períodos os tempestivos e os bons que com certeza um dia virão.

E foi assim que um dia próximo a formatura de João que optara a carreira de advocacia, ele já praticamente independente fala à querida mãe:

--- Nossa! Mãezinha, não sei como consegui chegar até aqui, foi uma empreitada e tanto, graças à senhora! Como conseguiu me aguentar?

E com o amor irradiante que toda verdadeira mãe deve ter, Mary responde:

--- Eu nunca deixei de você!...