O Experimento

Eu fui acusado de um crime que não cometi, e para me livrar da pena de morte terei de aceitar uma proposta que poderá acarretar em minha liberdade ou em meu fim.

Tudo começou naquela noite... cansado de um dia de trabalho, tudo o que queria era entrar em meu carro e dirigir a minha casa, mas como sempre algo tinha de acontecer, meu carro havia me deixado na mão... Outra vez.

Então ligo para o guincho e decido ir andando, só seriam alguns quarteirões.

Mas quando passo por um beco escuro, vejo algo ao chão, seguindo os rastros, descubro ser sangue, mas de onde aquele sangue estaria vindo? Com a curiosidade sussurrando em meu ouvido, continuo a seguir os rastros, e encontro um corpo atrás de uma lata de lixo, estanco em meu lugar sem saber o que fazer, mãos tocam meus ombros e me puxam bruscamente para trás.

Uma mulher mascarada me encara e diz – então você foi o escolhido – ela rir amargamente.

– não é nada pessoal – ela diz e enfia uma arma em minhas mãos.

Ao qual eu seguro ainda sem saber o que fazer, escuto sirenes se aproximando, então largo a arma no chão e começo a correr.

– opa – um policial diz me segurando pelo colarinho.

– encontrei um suspeito fugindo da área do crime – ele informa ao rádio.

Tudo depois dali foi uma grande confusão, pois eles tinham todas os motivos para me incriminar.

1. Estava na área do crime

2. A arma tinha minhas digitais.

3. Nenhuma câmera detectou uma mulher mascarada como eu havia informado.

Eu estava simplesmente ferrado.

No dia do julgamento, o juiz levou em pauta todos aqueles acontecimentos e não foi nada difícil para ele decretar o fim de minha vida.

– o rel em questão é declarado culpado e sujeito a pena de morte pelo assassinato de Julius Fawn. – sua voz ecoa pelo salão. ao qual todos se levantam e aplaudem em comemoração.

Sou escoltado a minha cela, em uma semana seria minha eliminação da face da terra.

E como eu estava sobre isso?

Bom... Nada fazia sentido, tudo estava bem, então derrepente eu era culpado por um assassinato e agora iria morrer, tudo desmoronava, até a manhã do dia seguinte.

Acordo com um guarda a bater persistente em minha cela.

– o que? – levanto em um salto, será que não podia nem ao menos dormir enquanto a morte não chegava?

– você tem visita. – o guarda diz simplesmente e me escolta até a sala de visitas.

Eu não conseguia imaginar quem era, não tinha mulher ou filhos, meus pais já morreram a muito tempo e qualquer conhecido virou-me as costas quando fui acusado de assassinato.

Ao chegar na sala, viro me em todas as direções procurando um rosto conhecido, e não vejo nenhum.

Estava prestes a pedir que o guarda me levasse de volta a cela, quando alguem me chama.

– Alex – a voz diz em um sussurro.

Viro-me e vejo um homem em paletó e gravata e com uma maleta negra ao lado, daquele jeito parecia até um chefão da mafia.

– não é por nada... Mas quem é você?

Ele era tão sério cheguei a essa conclusão, seus músculos nem se quer moviam e apesar do fato que morreria em uma semana, esse homem ainda me causava medo.

– sente- se – ele diz ignorando minha pergunta.

Sento-me de frente a ele e repito – quem é você?

– isso não importa...O importante é, você quer lutar por sua vida?

– como assim? – pergunto sem entender.

– há um jeito de você escapar da morte... É só assinar este contrato.

– contrato?

– sim... Se você aceitar participar de um experimento do governo e sobreviver terá sua liberdade toda documentada.

– isso é sério? Porque se for... É claro que eu assino, manda pra cá – digo animado.

***

Assinado o contrato fui escoltado para fora da prisão, não sabia como estavam fazendo aquilo mas não me importava, eu seria livre.

Tentei fazer mais perguntas ao homem da maleta mas ele simplesmente virava o rosto e dizia – tudo será esclarecido, tenha paciência.

Então eu assentia e ficava ainda mais frustado.

Dentro de um carro grande e escuro nos dirigimos a nosso destino.

Chegando a um alto prédio, subimos de elevador até o heliporto, já dentro do helicóptero, ainda continuava sem informações, só sabia que nos dirigíamos a uma tal base.

Passamos horas voando e agora nos encontrávamos sob o mar, vejo ao horizonte uma pequena ilha e descubro então que pousariamos ali, toda aquela situação deveria me assustar mas a verdade é que estava cada vez mais curioso.

O helicóptero pousa em uma extensa floresta e assim que descemos vendam-me, não sabia o motivo mas novamente estava tranquilo sobre isso.

Apesar de saber que não obteria resposta, pergunto – porque a venda?

– para que não memorize o caminho – sou surpreendido quando o homem da maleta responde.

Certo, dizia a mim mesmo,tudo dará certo...

Andamos por vários minutos com o maleta (lhe dei esse nome, porque bom... ele não me disse o seu então, tive de inventar um) a me escoltar.

Escuto sons de portas a se destrancar.

Então por fim... Luz.

A venda é tirada de meus olhos e me encontro dentro de uma espécie de escritório no qual há outro cara de paletó e gravata sentado a minha frente, e se havia achado o maleta com cara de chefão da mafia, esse tinha cara de chefe do chefão.

– Alexandre costa, 33 anos, tipo sanguíneo O negativo, solteiro...– ele lia minha ficha em voz alta, ignorando minha presença.

Então quando ele levanta os olhos em minha direção diz

– se retirem – ele fala autoritário para os homens presentes na sala.

Eles saiem imediatamente deixando-me sozinho com o chefão.

– quero que saiba que você não tem nada de especial, apenas foi uma pessoa aleatória que bateu com nossos padrões.

– que padrões? – me arrisco dizer.

– ninguém se importa com você, não tem família ou amigos, ninguém sentirá sua falta. – ele diz friamente.

Nossa aquilo machucou...

– C-certo... Ham... Qual é o experimento?

– uma droga nova que altera a genética humana, lhes dando habilidades como força e agilidade.

– nossa, isso mudaria a raça humana, porque eu? E não voluntários?

– bom... Não há voluntários devido ao resultado que ela apresenta no momento...

– como assim? – pergunto intrigado.

– já houveram muitas falhas, mas foram feitas mudanças na solução, então não se preocupe, há 77% de chance de tudo dar certo.

– e o que acontece se eu for um dos 23% “sortudos”?

– bom... O que aconteceu com as demais falhas... Você pode morrer ou ficar louco.

– louco?

– sim, mas não se preocupe com isso, pense no que irá se torna depois do experimento, livre e forte.

Alargo um sorriso em meu rosto, tudo parecia uma grande maravilha... Mas e se algo desse errado?

***

Sou novamente escoltado, desta vez a um grande laboratório, ali realizariam a experiência.

Um homem de jaleco que eu desconfiava ser o medico disse

– deite-se.

E assim faço, ele injeta algo em mim e de imediato nada sinto.

Mas cerca de dois minutos depois começo a convulsionar-me, mãos me seguram persistentes contra a maca, sinto uma leve pontada no braço e então apago.

Levanto-me de um salto, e com uma terrível dor de cabeça pergunto – deu certo?

O homem de jaleco me observa minuciosamente.

– bom... Até agora a reação não foi das piores, mas tivemos pessoas que sobreviveram até aqui, mas morrer você não morreu.

– óbvio – digo irônico.

– você ficará em observação por alguns dias, se a loucura não te afetar quer dizer que a solução deu certo e se isto acontecer...

– o que? – pergunto desconfiado.

– suas recém adquiridas habilidades serão testadas. – ele diz com um sorriso no canto dos lábios.

– testadas?

– sim... Mas essa conversa é para outro dia.

Então ele se retira e deixa-me sozinho com meus pensamentos.

***

Passei duas semanas em observação, não tive mas nenhuma convulsão, nem mesmo um despertar de loucura.

Mas a solução não mostrava nenhuma mudança em minha força ou agilidade.

Os cientistas estavam confusos, escutava sempre seus murmúrios dizendo – deve ter algo de errado com ele... injeta de novo.

E no passar de mais uma semana... Fizeram exatamente isso.

Sentado na maca, o medico injeta novamente a solução em mim.

– porque acha que desta vez vai ser diferente? – pergunto.

– porque alteramos alguns ingredientes... – ele diz simplesmente.

Engulo em seco, e se essa alteração me matar?

No passar de alguns minutos não tive nenhuma má reação.

Estava sozinho na sala, deitado na maca e um pouco dolorido, sento-me e apoio meu peso na maca para me impulsionar a levantar, mas sou surpreendido quando ela se despedaça em vários pedaços e eu caio junto.

Uma sirene toca ao alto de minha cabeça, e vários homens vestidos para a luta e altamente armados adentram, seguram-me pelos braços e arrastam-me para fora.

Sou novamente jogado em outra sala, mas essa era diferente, parecia ter sido feita para alguem bem perigoso, nenhum utensílio se encontrava nela, a cama era o chão e a porta era feita de um aço que parecia ser bem resistente.

Uma voz ecoa lá de cima

– a solução surgiu efeito, enquanto suas habilidades não forem testadas você não é considerado confiável, você será guiado a etapa dois, não se atormente, confie em seus extintos e acima de qualquer coisa, LUTE COM TODAS AS SUAS FORÇAS.

Dita essas palavras, ele some, as luzes se apagam, sinto um cheiro estranho, começo a sufocar e então apago.

Quando acordo, não pareço está mais na sede, nem mesmo naquela ilha

Eu só via mato para todos os lados, onde será que eu estava? Porque fizeram isso comigo?

Nada fazia sentido...

Escuto passos atrás de mim

– C-comidaaa

Viro-me de uma vez e encontro um homem com a aparência de um mendigo, na verdade isso foi uma ofensa aos mendigos, este homem estava mais para um zumbi e assim como eles, ele queria me devorar.

Levanto-me e pego uma mochila que acordou ao meu lado e começo a correr, mas sou novamente surpreendido ao ver ao longe várias pessoas zumbis entoando a mesma palavra

– comidaaa.

Era disso que eles se referiam quando falaram para não me atormentar?

Pois é meio difícil não ter medo quando várias pessoas lhe perseguem querendo lhe comer.

Continua a correr, adentrando mais fundo na densa floresta e aos poucos não escutava mais o som dos esfomeados.

Sento-me contra uma árvore e respiro.

Uma mão encosta em meu ombro, viro-me de uma vez e vejo uma jovem garota que diferente daqueles loucos apresentava lucidez em seu olhar.

– o que você faz aqui? – ela pergunta com os olhos arregalados.

– quem é você? – pergunto ao mesmo tempo.

Nos encaramos por um momento e ela parecia me lembrar alguem, mas deixo isso de lado quando por fim ela responde primeiro

– eu sou uma falha.

– mas como assim? Você não é louca... – digo sem entender.

– eles não mandam só os loucos para cá, mas todas as falhas, eu não reagi do jeito que eles queriam a solução, então me enviaram a própria sorte para cá, para que assim ficasse de bico fechado, mas afinal... Porque você está aqui?

– provavelmente porque sou uma falha...

Ela rir histericamente.

– está rindo de que? – pergunto um pouco irritado.

– você percebeu como você corria?

– o que? – pergunto sem entender.

– soque essa árvore – ela diz.

– você está louca? Eu vou me machucar.

– soque – ela diz persistente.

Ela devia ser louca afinal mas era a mais lúcida que eu havia encontrado, então para que ela parasse de insistir, dou um soco fraco na grande árvore e sou surpreendido quando se abre uma cratera na dura rocha, e quanto a minha mão? quase não havia sofrido danos.

– viu só, você não é uma falha – ela diz com um meio sorriso.

Eu não conseguia formular palavras, agora conseguia me recordar melhor das palavras que ouvir antes de ser enviado para cá.

“a solução surgiu efeito, suas habilidades serão testadas... Lute”

Era tudo muito surreal, como eles podiam manter aquelas pessoas daquele jeito? Como podiam fazer isso com elas? e além de tudo, manter uma pessoa como a garota ao meu lado junto a elas, eu poderia me proteger mas ela não...

– como você ainda está viva? – pergunto curioso.

– quando injetaram a solução em mim, perceberam que minha agilidade havia aumentado mas haviam consequências, sempre que me esforçava um pouco a mais... Me sentia doente e desmaiava, então me consideraram uma falha e me mandaram para este lugar,e desde então venho fugindo e caçando animais para sobreviver.

– nossa – é tudo o que consigo dizer.

Ficamos um tempo sentados ali, apenas conversando, ela me explicou coisas como: o que fazer para sobreviver ali, como achar os animais e que em todo o tempo que esteve ali( faziam 4 anos)  ela nunca havia encontrado alguem lúcido como ela.

Quando a noite chegou, adentramos ainda mais fundo na floresta em busca de segurança, ela dizia que nunca era bom ficar em um só lugar, quando paramos, cansados, logo adormecemos.

Ao amanhecer, sento-me e me pergunto como faria para sair dali... Eles deviam está me monitorando de alguma maneira, eu iria permanecer correndo e se necessário entraria em um combate corpo-a-copo com um deles.

Eu iria sobreviver e levaria Júlia (descobri este ser seu nome) comigo.

Mais tarde naquele dia, quase fomos emboscados por cinco ambulantes (pois este foi o nome que Júlia deu a eles) mas com a combinação de minha habilidades e a astúcia e conhecimento de Júlia logo nos livramos deles.

Eu de um lado e Júlia grudada a minhas costas do outro.

Eu com meu punho e ela com uma arma improvisada(um ferro longo e pontiagudo) eu os socava os fazendo ser lançados contra as árvores e Júlia os empalava pondo um fim a suas miseráveis vidas.

Já havíamos nos livrado de quatro sobrava apenas um, que parecia mais esperto e calculava nossos movimentos parecendo não querer o fim de seus companheiros.

Júlia vai em sua direção e ele esquiva, vindo direto em mim mas com minha agilidade saio de sua direção e lhe dou um chute frontal no meio de suas costas.

Ele cai desmaiado no chão e continuamos nossa jornada atrás de comida.

***

Julia e eu, soava tão bem, nos entendiamos tão bem, eu só queria ter a conhecido em outra situação, já faziam duas semanas que eu estava aqui, eu não entendia o que eles queriam que eu provasse, já havia dado varias demostrações de minha força e agilidade e não tinha tido qualquer sinal de que iria ser liberto.

E durante esse tempo, eu e Júlia corríamos, eu e Julia caçavamos, fazíamos tudo juntos e no fim do dia, achávamos um lugar seguro e dormiamos.

Naquela noite, ela reclama do frio, eu chego mais perto e a Abraço, ela se aconchega e por fim adormece, e eu também adormeço com o barulho  constante de sua respiração pertinho de mim.

***

Eu sempre contava os dias desde que havia chegado aqui, com um graveto riscava traços em uma árvore, e naquela manhã eu riscava o trigésimo primeiro traço, já fazia um mês que eu estava ali, mas as coisas poderiam ser piores, mas Júlia transformava toda aquela situação no alem de ser suportável, ela deixava tudo feliz.

Com ela ainda adormecida, vagueio pela imensa floresta.

Com passos silenciosos, escuto algo próximo a mim, poderia ser um animal ou um dos ambulantes, fico alerta, mas como em muito tempo não acontecia, fui surpreendido com um baque forte na cabeça e lembro que a última coisa que vi, foi um vislumbre de um homem com uma maleta.

***

Abro os olhos, e desorientado pergunto – onde estou?

Recuperando a consciência descubro está novamente naquele escritório com o chefão a me encarar, com os braços presos como um louco em um manicômio.

O homem misterioso arrasta um documento em minha direção seguido de um papel que parecia outro contrato.

– isto é sua liberdade – ele aponta para o documento – e isto é um contrato no qual você irá assinar concordando em não comentar o que viu aqui.

– e se eu não assinar? – pergunto corajoso.

– irá voltar para onde estava, mas eu espero que você não faça isso, você pode ter sua liberdade. – eu assino com uma condição – digo sem hesitar.

– já imagino qual... – ele diz como se soubesse de algo que eu não sei.

Estranho seu comportamento, mas ainda sem medo digo – eu quero que Júlia vá comigo.

– bom... Se ela assim concorda – ele diz com um sorriso no canto dos lábios.

Encaro o sem entender, mas então derrepente, alguem abre a porta e esse alguém foi quem eu passei o ultimo mês ao lado, lutando, sobrevivendo,

Júlia.

– eles também te trouxeram – digo animado.

Ela não me olha nos olhos e se põe ao lado do chefão.

– sim a trouxemos, não podíamos ficar sem uma de nossas melhores agentes.

– O QUE? – exclamo embasbacado.

– isso mesmo que você escutou Alexandre, Júlia era nossa infiltrada, Júlia era nossos olhos e ouvidos.

Eu não conseguia acreditar no que ele falava.

– isso é verdade? – pergunto baixinho.

E pela primeira vez desde que entrou, ela me olha nos olhos.

E acena em concordância.

O homem continua a falar.

– e o engraçado de tudo isso é que vocês já se conheceram antes.

– o que?

– fui eu que coloquei a arma em suas mãos... – ela diz de cabeça baixa.

Eu sabia que ela não me parecia estranha e diante de tudo aquilo pergunto – você matou aquele homem?

– oh não – o chefão fala – tudo aquilo foi combinado desde o princípio para te trazer até aqui, ninguém morreu, foi tudo uma grande encenação. – ele diz animado.

Tudo o que sentia era dor, em meio aquilo tudo, eu havia suportado sem muitas reclamações, mas saber que Júlia me enganou esse tempo todo, corroia-me por completo.

– mas afinal, porque eu?

– é como eu lhe disse Alex, você bate com nossos padrões... Mas agora você tem sua liberdade, na mídia você já foi declarado inocente, pode voltar e ter uma vida normal.

– e minhas habilidades?

– há... Isto já será resolvido.

– como assim?

Então vejo Júlia movimentar-se em minha direção.

E a ultima coisa que sinto é outra picada em meu braço e o som doce da voz  de Júlia dizendo

– me desculpe.

***

Acordo novamente atordoado, e então descubro está em minha cama, em minha casa, longe de toda aquela loucura.

Levanto-me e me sinto diferente, não era só a ausência de Júlia mas... Eu não tinha mais minhas habilidades.

Então vejo em meu travesseiro um bilhete.

E dentro dele as seguintes palavras “não achou que criaríamos uma droga e não teríamos um jeito de controla-la não é?

Ps: aproveite sua vida normal”

***

E assim foi pelos próximos dias, voltei ao meu trabalho e a minha rotina.

Certo dia, cansado, entrei em meu carro e ele não me deixou na mão.

Já em casa, tomo um banho, me deito e logo adormeço.

No meio da noite, sinto algo se aproximar de mim e uma voz suave sussurra em meu ouvido – estou com frio.

Eu não sei se aquilo foi um sonho, mas cheguei mas perto dela e a abracei, Júlia se aconchega em meus braços, e eu adormeço feliz.

Cristinyy
Enviado por Cristinyy em 12/07/2016
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