Matador
São 06h45min da manhã. Toda vez que tenho serviço acordo cedo. Ansiedade, como se eu fosse um menino, como se já não tivesse quase dez anos de prática. Acordei às 6h15min, antes dos primeiros raios de sol. Já tomei café, estou de banho tomado e pronto pra ir à academia.
O serviço de hoje é fuzilar um bandido do tipo perverso. O cliente, um deputado, é cunhado da vitima que por um triz escapou do desgraçado. O sujeito, a vítima, foi roubado, tomou uns tiros e foi abandonado agonizante numa floresta de eucalipto a uns 15 km da cidade. Por um milagre, o rapaz conseguiu se arrastar até a beira da estrada e sobreviver até que uma alma caridosa o socorresse e entregasse na emergência do melhor hospital da cidade. Isso foi há uns dez meses. Faz uns dois meses, o rapaz, que se salvou por um milagre, nem estava ainda completamente recuperado, começou a ser ameaçado. A família tentou a polícia, o caminho reto, mas como o tal deputado, nosso cliente, está cansado de saber que o atalho funciona melhor, acionou minha agência que me indicou para o serviço.
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Leia o texto na integra no livro A SEGUNDA NATUREZA
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