NA LAVANDERIA

Naquela rua em que o trânsito é intenso tem uma antiga Lavanderia.

Vários fregueses levam suas roupas para lavar, passar e retornarem limpas e cheirosas para casa.

A maioria são ternos, vestidos de festa, fantasias, roupas de cama, mesa e banho. Às vezes aparecem até roupas íntimas.

Roupas lindas e aristocráticas já passaram por lá. Seus fundadores deixaram a loja como herança para o atual dono. Hoje as roupas são mais simples e nem se dá conta de muito glamour.

Conta a atual atendente que certo dia uma senhora bem apessoada foi levar um vestido de festa para lavar e se deparou com umas roupas dependuradas e apontou para elas dizendo que eram do seu filho e do seu neto. A atendente aceitou a afirmação e mais tarde quando o dono das roupas veio buscar, comentou com ele que a sua mãe havia estado lá e reconhecido suas roupas.

Para desespero da atendente o rapaz disse que sua mãe havia morrido há oitos anos. A atendente disse que ela havia repetido duas vezes que as roupas eram do filho e do neto.

Novamente o rapaz disse ser impossível.

Passaram os dias e como a senhora não aparecia para pegar o vestido, começaram a telefonar para que ela viesse buscar, mas seu telefone dava número inexistente e ela nunca mais apareceu.

Naquela noite a atendente ficou até mais tarde na loja e o cabide onde estava o tal vestido balançava sem vento nenhum. Com medo saiu da loja, trancou as portas e tirou umas férias.

Ficou um mistério no ar.

Obs.: História verídica.

Ana Amelia Guimarães
Enviado por Ana Amelia Guimarães em 27/03/2017
Reeditado em 28/03/2017
Código do texto: T5953293
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