Vampire Princess - segunda versão

Shinmas, aqueles que são deuses e demônios ao mesmo tempo e alimentam-se da angústia humana. Há muito tempo que eles foram lacrados na escuridão. Eventualmente alguns deles conseguem escapar. Existe uma guardiã, uma vampiresa de nome Miyu, que lacra estas criaturas. Quando o ultimo Shinma for lacrado Miyu permanecerá sozinha em nosso mundo.

Miyu, uma vampiresa presa no corpo de uma garota de 13 anos, estava no terraço de um colégio japonês, onde estava infiltrada, diante de uma garota. Miyu realiza um movimento suave com seu braço direito resultando na morte da garota, sua face transforma-se em um rosto de demônio, a garota possuída ergue-se sorrindo.

- Não imaginava que você pudesse me matar com este corpo.

- Eu nunca irei perdoa-lo por me forçar a isto isto.

O shinma ataca Miyu, sendo interceptado por Larva, um Shinma servo de Miyu, este rasga o corpo da mulher com sua foice. Miyu ateia fogo no shinma mantendo-se impassível enquanto as chamas refletem em seus tristes olhos. Um pingente cai do shinma em chamas atraíndo a atenção de Miyu, a vampiresa segurava um igual com sua mão esquerda, revelando que elas haviam comprado em par por serem amigas.

Vampire Princess Miyu

"Memórias, fragmentos da realidade, traços de sonhos elas podem ser formadas em qualquer lugar. Outras podem ser criadas. As memórias não corresponde aos fatos da vida, assim como estes não transformam-se necessariamente em memórias" - pensava Miyu.

O inverno chegara na Suíça, com ele a neve e a noite, no inverno suíço o sol costuma-se por depois das quatro horas da tarde. É neste ambiente que Dominique enterrava seu marido, uma morte ainda sem solução, além dela estavam seus amigos de infância Julie, James e os irmãos Patrick e Sophie. Todos estavam sendo observados a distância por Miyu, esta ainda trajava o uniforme do colégio onde havia infiltrado-se, contrastando em meio as lápides do cemitério cobertas pela neve.

Após o enterro Dominique recebia os cumprimentos de seus amigos um a um. Começando por Julie

- Eu sinto muito.

- Obrigada.

As duas se abraçam quando Dan, o ultimo dos amigos, chega atrasado ao cemitério, ele cumprimenta seus amigas e abraça Dominique.

- Desculpe a demora, não tenho justificativas pelo meu deslize.

- O importante é que você veio.

- Eu sinto muito.

- Onde vocês vão passar a noite?

- Eu e minha irmã estamos em um hotel - Patrick responde antes de todos, James concorda com ele em silêncio.

- Eu fiz reservas - começa Julie - sei que não estamos no clima, mas poderíamos ir para algum lugar.

- Sim - os olhos de Dominique estavam cheios de lágrimas- por favor, eu não quero ficar sozinha.

- Tudo bem, nós moramos perto mesmo - Dan confortava sua amiga.

Os amigos seguem juntos sob o olhar atento e frio de Miyu, esta estava sentada sobre um mausoléu do cemitério, Larva, estava de pé ao seu lado.

- Suspeita deles Miyu?

- Ainda não sei, mas tem alguma coisa neles que me incomoda.

Shina, um shinma coelinho cor-de-rosa, fofo e com uma orelha caída sobre seu olho direito, pousa no colo de Miyu esfregando seu rosto de maneira carinhosa nas pernas de Miyu.

- O Shinma está entre eles?

- Quem sabe.

- Você é muito má, nunca responde o que eu pergunto.

- Eles são amigos.

- Miyu... - Larva é interrompida por sua mestra.

- Não diga nada.

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Pouco depois Dominique recebia seus amigos em casa, onde bebiam vinho para se aquecerem, meio alto James tenta iniciar uma conversa, se embaralhando nas palavras.

- Qual é a temperatura?

- Uns dez a baixo de zero.

- Eu já tinha esquecido do inverno suíço - Julie estava um pouco mais sóbria, mas não tanto assim.

- O inverno francês é mais ameno? - Dan não esconde o interesse em sua amiga.

- Um pouco, não existem tentas montanhas - ela muda seu olhar tornando-o melancólico - Eu fui para Marcelle, Patrick e Sophie estão vivendo em Paris, James foi para Londres. Só vocês dois continuaram aqui. Estava com saudades de vocês.

- A Europa não é lá muito grade, eu poderia ir visitá-la - Dan senta-se ao lado de sua amiga.

- Obrigada, mas não é a mesma coisa de estarmos todos juntos.

James levanta-se, indo até a sacada, para apreciar a noite. Dominique aproxima-se de Julie sussurrando em seu ouvido.

- Se a proposta de visita fosse do James você aceitaria.

Julie levanta-se contrariada indo até a sacada fazer companhia para James, ela sorri para seu amigo, este termina de beber o vinho em sua taça.

- Concordo com o que você disse lá dentro.

- Estar aqui trás lembranças.

- Por isto eu sai, não estava querendo vivência-las.

- Quer que eu saia?

- Não, é melhor estar com as pessoas que eu gosto do que com lembranças.

Julie bebe um pouco do vinho encolhendo-se com frio, James abre a porta da sacada convidando-a para entrar. Ao entrarem James percebe que Dominique estava de pé tentando convencer os seus amigos.

- O que aconteceu?

- Ela está tentando nos convencer a passar a noite aqui - Sophie se precipita.

- Nós bebemos muito e lá fora está muito frio.

Os amigos tentavam dar alguma desculpa quando Dan conta sua ideia:

- Minha casa é aqui perto, nós dois podemos abriga-los. Seria como nos velhos tempos.

- Sendo assim eu aceito - James brinda aos velhos tempos.

Pouco tempo depois Dan vai para sua casa com Julie e James enquanto Dominique mostra dois quartos para Patrick e Sophie.

A noite Patrick acorda com o som de choro, intrigado ele caminha pela casa seguindo aquele som melancólico e assustador, que vinha do lado de fora.Patrick caminhava pela neve.

- Dominique? É você que está chorando?

Patrick não percebe quando um shinma aproxima-se dele, o rapaz tropeça na neve caindo no chão, sendo encoberto pela sombra da criatura.

No dia seguinte Sophie chorava de forma desconsolada, James estava ao seu lado enquanto Dominique e Julie olhavam para o corpo de Patrick que era recolhido pela polícia.

- Igual ao meu marido.

- Como? - Julie não entende.

- As mesmas marcas no corpo, o sangue derramado. A morte dele foi igual a do meu marido.

Dan olhava em volta quando vê Miyu, lembrando-se que ela estava no funeral do marido de Dominique. Miyu percebe que estava sendo observada e retira-se calmamente. Dan desvencilha-se dos seus amigos e segue Miyu desviando das pessoas que passavam pela rua. Miyu entra em uma rua sendo seguida por Dan, o homem entra em um beco sem saída, onde encontra-se sozinho sem entender o que aconteceu. Miyu estava sentada na torre de uma igreja olhando para ele ao lado de Larva.

- Ele percebeu você, pode ser um problema.

- Eu sei como lidar com ele - Miyu sorri.

Sophie estava trancada em seu quarto de hotel, do lado de fora Julie, Dominique e James desistem de tentar convence-la a sair e vão embora. Sophie deita-se na cama em posição fetal sem perceber uma sombra entrar pela soleira. Uma criatura humanóide toma forma tendo sua imagem reproduzida em sombra na parede. O shinma aproxima-se de Sophie. A única lâmpada acesa reproduz na parede branca a sombra da garota sendo retalhado pela criatura que só cessa seu ataque quando Sophie para de respirar, juntamente com um esguicho de sangue que mancha a parede do quarto de hotel.

No dia seguinte os amigos sobreviventes recebem a notícia da morte de Sophie. Julie estava muito abatida, James a consolava enquanto Dominique olhava pela janela com o pensamento distante.

- Por que todos morrem James? - Sophie apoia sua cabeça no peito de James.

- Talvez fosse melhor vocês irem embora - Dominique interrompe - eu os avisarei das novidades.

- Não, eu quero ficar até descobrir que matou Patrick e Sophie - James olha furioso para Dominique, que não esboçava reação. Julie esboça um sorriso acomodando-se ao lado de James que retoma o assunto.

- Dan disse que ia investigar as mortes.

- Ele é repórter, sabe onde procurar pistas - Dominique bebe uma taça de vinho olhando distante pela janela.

- Eu estou com medo, James.

James envolve seu braço em Julie visando tranquiliza-la, seu olhar porém mirava Dominique. Esta retribui com um sorriso sedutor.

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Dan estava diante de um computador na biblioteca da cidade lendo o relatório policial da morte de Sophie: "seu corpo foi retalhado", "Corpo sem sangue", "A porta estava trancada por dentro", "Sem sinal de arrombamento", "Marcas pontiagudas no pescoço da vítima". Esta informação chama a tenção de Dan. Rapidamente ele acessa pela internet o relatório do legista de Patrick e do marido de Dominique, em ambos os corpos foram encontrados marcas pontiaguas nos pescoços das vítimas.

As horas passam, Miyu entra na biblioteca, roubando um sobre-tudo para emcobrir seu uniforme. Dan lia atentamente artigos e livros sobre vampiros e mitos de criaturas noturnas. Em um livro ele encontra uma pintura do rosto de Miyu feita no Japão, datada de 1480. Miyu passa por ele fingindo não nota-lo. Dan lê o texto anexo da guardiã, uma vampireza que protege os humanos de demônios. Miyu caminhava por entre arquivos de impostos, Dan lia que os demônios eram conhecidos no Japão como Shinmas, estes alimentavam-se de almas torturadas e sangue. Miyu procurava por anuários escolares e registros de alunos/escolas. Dan lê que a missão da guardiã é banir os shinmas para o esquecimento, quando o ultimo shinma for banido a guardiã permanecerá sozinha, vagando entre os dois mundos sem pertencer a nenhum deles.

Miyu estava sentada a uma mesa lendo um anuário escolar, Dan senta-se a sua frente.

- Sabe. Quando duas pessoas encontram-se repetidas vezes em locais diferentes estes encontros deixam de ser coincidência.

- Não sei do que está falando - Miyu mantinha os olhos no anuário.

- Primeiro foi no funeral do marido de minha amiga, depois ao lado do corpo de Patrik e agora você está olhando minha foto.

- Não estou entendendo.

Dan aponta sua foto no anuário aberto sobre a mesa - Deve haver uma foto com todos nós juntos. Guardiam.

Miyu levanta-se calmamente ignorando Dan, ela atravessa a biblioteca sendo seguida por ele até o lado de fora.

- Por favor, pare de me seguir.

- É um Shinma quem está matando meu amigos não é?

Miyu atravessa a rua pouco antes do sinal mudar de vermelho para verde, os carros começam a passar separando Miyu de Dan.

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Ao mesmo tempo Julie estava sentada na cama em seu quarto de hotel quando o shinma materializa-se ao lado dela sussurrando "James...".

A sombra de Julie projetada na parede leva suas mãos a cabeça como se evitasse ouvir a criatura. "Ele deveria estar com você. Ele é seu, pegue-o".

Ela balançava a cabeça de um lado para o outro como se tentasse evitar ouvir a voz do shinma. "Eles o roubaram de você, O que James está fazendo agora? Com certeza não está pensando em você. Por que ele pensaria em você?". Julie começa a chorar. "Você precisa de mim, vou fazer com que fiquem juntos".

Naquela noite James encontra-se com Dominique perto de sua casa, ela o comprimenta convidando-o para sua casa, onde bebem um pouco de vinho.

- Desculpe Dominique.

- Por que está desculpando-se?

- Não sei explicar, eu senti que deveria vir aqui.

- Acho que eu não entendi, mas gostei do que você disse.

- Eu sinto muita vergonha em admitir, mas uma parte minha ficou feliz quando soube da morte de seu marido.

- Não se culpe, uma parte minha também ficou feliz com a notícia. Eu não sentia mais nada por ele - ela leva uma taça de vinho a boca e o olha sensualmente - Acho que nunca senti.

- Seria muita intromissão perguntar por que vocês se casaram?

- Ele eu não sei - ela termina de beber o vinho que estava no copo - Eu casei para esquecer de você.

Minutos depois eles estavam deitados na cama beijando-se apaixonadamente enquanto retiram suas roupas de forma abobada, como se estivessem realizando um desejo há muito adiado, o casal passa a noite amando-se.

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No dia seguinte Larva estava de pé na tore de uma igreja, ao lado Miyu esta estava sentada com Shina em seu colo. Eles observavam Dan, sentado a uma mesa de um café quando Julie senta-se na sua frente.

- Você está bem? - Ela parecia preocupada.

- Não muito.

- precisa da minha ajuda?

- Na verdade é você quem precisa da minha ajuda. Eu andei investigando a morte de nossos amigos...

- Dan...

- Por favor. Eles foram mortos por uma espécie de demônio.

- O que!?

- Escute, sei que parece irreal, mas demônios existem, chamam-se Shinmas e alimentam-se do sofrimento das pessoas e bebem seu sangue.

- Agora são vampiros?

- Não, são demônios. Existe também uma vampiresa, ela deveria caça-los, mas não está fazendo nada.

- Dan, pelo bem da nossa amizade eu vou embora.

- Tome cuidado com Dominique.

- Dominique?

- Reparou como ela não ficou triste com a morte de seu marido? Acho que ela o matou para atrair James...

- Adeus.

- Cuidado com ela - Dan fica gritando enquanto Julie vai embora angustiada. Miyu e seus companheiro observavam Dan sozinho a mesa enquanto termina de beber seu café sozinho, com olhar triste voltado para a neve.

- Os humanos são muito previsíveis.

- Ele está preocupado com aquela mulher - Miyu sorri, enquanto sua voz torna-se suave - mas ele está começando a me irritar.

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Anoitece cedo na Suíça, junto com as trevas as pessoas recolhem-se em suas casas, Dan caminhava pela rua deserta quando vê a imagem de Miyu de relance, ele a segue entrando em um beco.

- Não estou acostumada a ser caçada.

- Eu estava certo.

Larva surge ao lado de Miyu exibindo sua foice, o repórter se assusta.

- Esqueça que nos viu, este é seu ultimo aviso.

A vampiresa desiste de argumentar esvaecendo-se em um nevoeiro juntamente de seu servo. Minutos depois Dan ainda estava atordoado com o que acabara de ver, o que faz com que não perceba o surgimento de uma sombra atrás de si. Apavorado o repórter tenta fugir, ele atravessa um parque com o shinma atrás dele. Tomado pelo desespero Dan corre na direção do lago congelado correndo sobre a fina camada de gelo. O shinma salta sobre Dan ferindo suas costas mas interrompe seu ataque ao ouvir o som de uma flauta tocada por Miyu, esta vestia quimono branco para verão, contrastando com a paisagem congelada. A cor de seus olhos haviam mudando de preto para âmbar.

- A guardiã.

- Deixe-o em paz.

O shinma revela uma garra em sua mão direita atacando Miyu, Larva intervêm bloqueando a garra do Shinma com sua foice. A criatura das trevas desvia do golpe de Larva atingindo o servo da vampiresa com suas garras. Miyu tenta atear fogo nele, mas o shinma desaparece.

Dan estava sangrando sobre o gelo quando Miyu corre até Larva para ver se seu servo estava ferido, ao constatar que Larva estava bem ambos preparam-se para ir embora quando Dan tenta levantar-se com muita dificuldade devido a seus ferimentos.

- Fique ai, eu prometo que irei proteger aquela mulher.

- Esqueça-a, a Julie tem outro homem em sua mente.

Miyu ainda estava de costas quando olha para Dan por sobre seu ombro num misto de desprezo e curiosidade.

- Você não queria protege-la?

- Eu cansei de me preocupar com as pessoas e não receber nada em troca, aquilo no café foi gota d´agua. Me leve com você.

- Está tão solitário assim? - ela o despreza.

A vampiresa afasta-se de Dan ao lado de Larva, enquanto o repórter se esforça para levantar-se e segui-la. Um nevoeiro forma-se em volta de Miyu e Larva.

- Não venha atrás de mim - Miyu desaparece.

Dan irrompe o nevoeiro, pisa sobre uma falha no gelo caindo dentro do lago congelado. Ele luta para respirar, mas o frio é muito forte e o repórter morre afogado. "Agora ele não vai mais ficar solitário". Não existia mais nenhum vestígio de Miyu.

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Dominique e James beijavam-se na cama, rolando sob a coberta com a mulher ficando por baixo, entre os braços de James. Porém nenhum deles sabia que Julie estava no outro cômodo, ouvindo o momento íntimo dos dois, sem manifestar nenhuma expressão. O shinma toma forma ao lado dela. "Quanta baixeza, sua suposta amiga na cama com o homem que pertence a você" - sua voz torna-se densa e sombria - "Vingue-se".

Uma lágrima escorre do olho de Julie, percorrendo seu rosto. O shinma aproxima-se dela beijando-a, ao mesmo tempo em que a envolve com seu braço direito.

Dominique levanta-se envolta em um hobie, esta atravessa a sala pensando em ir para a cozinha, onde percebe o presença de Julie.

- O que você está fazendo aqui?

- Escondendo alguma coisa? Ou alguém?

- Você é ridícula.

O grito estridente e doloroso de James irrompe pela noite, Dominique corre para o quarto onde James agonizava na cama, seu corpo estava coberto de sangue, fruto dos ferimentos feitos pelo shinma, este debruça-se sobre James para para se alimentar do fluído vital . Dominique caí para trás rastejando apavorada, ela esbarra nas pernas de Julie, esta olhava fixamente, com lágrimas nos olhos, para o corpo de James.

- Você Julie?

"Ele era meu" - sussurra o shinma.

- Ele era meu - repete Julie.

- Por que você o matou? Me diga. Por que?

O shinma encara as duas mulheres sorrindo "Mate-a".

Julie agarra o pescoço de Dominique com suas mãos, tomada por uma força sobre humana e ergue sua amiga esganando-a contra a parede. com a morte de Dominique Julie entra no quarto onde limpa suas mãos no lençol sujo de sangue.

O som de uma flauta ecoa pela casa, Miyu encara seu inimigo com olhos cor de âmbar. O demônio sorri.

- É sempre a mesma coisa, desejos reprimidos e dor latente. Acaba sendo muito fácil manipular os humanos.

- Você sente-se orgulhoso?

- Estas pessoas cresceram juntas, se amavam, eles eram como irmãos. Mas bastou que eu estendesse a mão que ela precisava, matando o marido dela - aponta para Dominique - e promover a reunião dos amigos. A moralidade existe para ocultar os verdadeiros sentimentos dos homens.

- Moralidade? Você apenas divertiu-se com ela.

- Não posso negar que foi divertido, mas você por que preocupa-se com eles?

- Isto não é da sua conta.

O shinma sorri de maneira ameaçadora enquanto ataca Miyu, Larva a defende enquanto a vampiresa gera uma pequena chama em sua mão direita, ela preparava-se para atacar quando o shinma usa Julie como escudo humano. Shina intervem no combate erguendo sua orelha direita revelando um olho saltado e putrefato, com seu olhar Julie é liberta do controle do shinma. Este tenta atacar Shina, que protege sua cabeça com as patinhas dianteiras tremendo de medo, antes que o shinma possa atingir a pequena criatura Miyu ateia fogo nele, antes de ser banido para à escuridão o shinma sorri.

- Você não deveria te-la libertado, ela sempre esteve consciente de meus atos, eu era a sua desculpa.

- Este é o preço da liberdade.

O shinma desintegra-se nas chamas que o consomem. Julie estava acordada, esfregando seus braços em uma tentativa inconsciente de limpar-se. Miyu aproxima-se dela, ajoelhando-se a seu lado.

- Desculpe por não ter conseguido ajuda-la.

A vampiresa ergue o cabelo de Julie, cravando suas presas em seu pescoço, o olhar de Julie muda de atormentado para tranquilo.

- Em troca do seu sangue farei com que viva no mundo dos sonhos, onde nenhuma dor ou sofriento poderá alcança-la.

- Por que Miyu está tão triste? - Shina era muito ingênuo e não compreende o que acontecia.

- Miyu está lembrando-se do seu destino.

A vampiresa afasta-se de Julie, indo de encontro a Larva e Shina, os três somem em meio ao nevoeiro.

As memórias da infâcia de Julie com seus amigos alternam-se com sua adolescência e juventude, culminando em um alegre jantar onde todos confraternizam rindo e brindando. Tudo não passa de um sonho de Julie que estava sentada em uma cama, morta em vida.

FIM