O DEMÔNIO QUE VEIO DO OUTRO LADO

A Coisa Que Caiu de Outro Plano

Vinicius N. N.

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John é um homem de meia idade, com 32 anos, ruivo, de olhos caramelos que costumava todo dia caminhar pela praça perto de sua casa, sempre as seis e meia da manhã. Ele fazia está caminhada matinal todos os dias, desde seus 22 anos de idade, pois seu médico dissera que era uma atividade saudável que poderia lhe ajudar no dia-a-dia. Um dia enquanto John preparava-se para a caminhada, algo muito insólito veio a ocorrer. O homem se lentou da cadeira ainda amarrando o sapato e ouviu um barulho muito incomum, um estranho estalar de dedos, sua mulher não estava em casa e seus filhos acabavam de ir para a escola. John assustado somou seus passos até a porta da sala e assimilou a maçaneta da porta entre seus dedos trêmulos.

- Quem está ai? Perguntou John, claramente com um receio desigual.

A Luz da sala estava apagada e um breu negro e tênue silvava e ecoava por aquele cômodo, apenas quando abri uma fresta da porta, um brilho transpassou por aquele lugar escuro, algo se mexia perto da pia, parecia gosmento, era preto, tinha um tipo de calda cinzenta e remoía alguma coisa.

A Criatura enigmática virou-se para ele na mesma hora que tentou abrir a porta, o ser horrendo e disforme detinha de um olho tão vermelho quanto o sangue, sua pequena boca continha pequenos dentes afiados que mastigavam Garth, seu gatinho de estimação.

Abominado com o que abará de ver, na mesma hora, John fechou a porta e se estugou rapidamente até o telefone, estava muito pávido e atordoado, pois não conseguirá acreditar no que virá. Seus dedos teclavam o telefone nervosamente, um suor frio despiu-se de seus ombros e em seu estomago fumegava um medo tão forte que quase o fez sair gritando.

John ligou para a polícia, mas o telefone ficou mudo, contudo ele não desistiu e continuou tentando ligar desesperadamente até que pingos ligeiros de um tipo de gosma preta começaram a cair em sua testa, ele olhou para o teto e viu um ser bizarro rastejar pelas paredes. A criatura pérfida e venefica se pendurou pela lâmpada e untou-a com um liquido viscoso e gomoso que transpareceu a luz branca dela em uma cor de plúmbeo.

Inclinando-se para a direita, John debruçou-se sobre a mesinha que estava ao seu lado e deixou cair de suas mãos o telefone no chão, na mesma hora fugiu dali desolado direto para a rua. O céu parecia ter se tornado uma amalgama de cores desfalecidas.

- Noite! Mas como se ainda apouco vi o sol alvorecer pela minha janela? Disse John para si mesmo enquanto olhava para o céu que nem mesmo tinha lua nem estrelas.

O homem foi munido de um devaneio sem preceitos que começou a fazê-lo ficar atônito e de repente ele caiu desacordado no chão da rua a frente de sua casa.

John acordou alguns momentos após ter desmaiado e ficou muito perplexo com o que encontrou, o rapaz muito assustado não estava mais nos subúrbios de uma área urbana, mas sim dentro de uma caixa feita de puro aço. O Aço parecia estar revestido por algum tipo de gosma negra, pegajosa e espeça. A caixa onde John fora encerrado, estava fechado por todos os lados, contudo havia um buraco bem exíguo ao lado direito da caixa, onde o homem desesperado conseguia enxergar lampejos de faíscas de luz, deste pequeno buraco John conseguia ver ele mesmo, sua família, sua mulher e seus filhos, eles pareciam felizes, só que a cada dia que terminava ele via pelo buraco uma coisa tomando o corpo dele e matando toda a sua família, depois o sol nascia de novo e tudo se repetia eternamente.

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John fora preso numa tortura eterna, a coisa que havia invadido nosso plano terreno, agora divertiria-se com a angustia interminável do rapaz azarento.

Vinícius N Neto
Enviado por Vinícius N Neto em 29/08/2014
Reeditado em 31/08/2014
Código do texto: T4941900
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