Amnésia assassina

Na madruga de hoje, acordei com um sussurro feminino pedindo por socorro. Claro que despertei no ato. Acendi a luz, esfreguei meus olhos e resolvi jogar um pouco de água no rosto. Quando cheguei ao banheiro, uma ingrata surpresa: havia uma mulher nua e enforcada. Acordei com o relógio tocando. Era sete e meia da manhã. Imaginem só, estava completamente atrasado para o trabalho. Ainda bem que era só um pesadelo e que pesadelo! Pulei da cama e assim que meus pés tocaram ao chão, senti algo molhado e viscoso. Olhei para baixo, era um líquido vermelho, parecia sangue, vinha debaixo da cama. Fiz uma cara de asco.

Olhei para baixo da cama e vi uma criança morta, com o pescoço cortado. Me desesperei! Senti uma leve mão tocar meu ombro direito.

- Vai ficar dormindo no trabalho, Fabrício?

Que estranho! Sonhei que estava sonhando. Desta vez me belisquei. Nada! Agora estou acordado, definitivamente acordado. A secretaria loira do chefe começa a gritar desesperadamente pelo escritório com as mãos ensanguentadas.

- Mataram ele, mataram ele!

- Mataram quem ?

Vejo uma faca grande, pontiaguda e suja de sangue dentro da minha gaveta. Não acredito! Não pode ter sido! Fecho-a e....ouço o martelo do juiz bater violentamente com a seguinte sentença:

- Condenado.

Graciliano Alves de Azevedo
Enviado por Graciliano Alves de Azevedo em 18/10/2014
Código do texto: T5003380
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