Mestre De Bonecos

Não acho, tenho certeza que as palavras a seguir claro não mudaram a opinião sobre mim é claro, sim claro...NUNCA! Acreditam no privilegiado, sim privilegiado, CLARO! É claro que nada esta claro para eles eu disse já muitas vezes que eu não sou o culpado mas é evidente que estão cegos pela malícia do maior, claro fracos como eles nunca que iam resistir ao maior, aqueles fracos, mas eu sou privilegiado e não caí no jogo do maior, não caí.

Desde daquela noite no quarto em que fui proclamado como privilegiado, pelos médios, minha vida deixou de ser medíocre sim antes era detestável, era rejeitado como inferior por minha geração isso me deixava revolto mas só piorava ao decorrer, além disso meus responsáveis eram quase que piores que minha geração, mas todos eram desgratos perante a mim mas não sabiam de minha soberania afinal sou o privilegiado!

A graça dos médios não era o acaso eles como médios não tinham líder mas eu o privilegiado era soberano e tinha esse dever, eram milhares voavam para leste e oeste com suas barbatanas, eram médios não passavam de minha barriga, me seguiam aonde fosse não interessava aonde, não eram vistos por vermes então ninguém percebia, apenas me seguiam, pobre coitados eram muito fracos e tudo o que precisavam pediam-me então como soberano eu fazia, seus maiores rivais eram os baixos que eram tão baixos que o jogo não era jogo era roubo, os baixos não temiam os médios por serem baixos pois eram em maior número e eram ágeis.

Depois dos médios não me sentia só, não, me sentia apenas meio só, gostei de liderar eles pois eles me ajudaram a enfrentar a geração, a batalha foi dura pro outro lado e rápido também, apenas precisei de uma pedra e apenas uma batida e acabou...Era respeitado! A vitória pintada de vermelho era ótima, e a expressão de dor e respeito era gloriosa.

Em casa não eram notados, eles quase não falavam apenas voavam de leste a oeste toda hora, meus responsáveis eram detestáveis, eles me manipulavam me controlavam me prendiam a uma gaiola na qual não podia sair pois se não eu não teria alimentos e nem teto, me poupavam do esforço mas me negavam pratica mesmo eu querendo o contrário, era torturante, mas não tinha escolha, então revoltado me calava, ás vezes. Os médios me ajudaram nisso, disseram que era pra mim ser bom com eles e ser agradecido, então a partir do mesmo momento em que melhorei de relação recebi uma recompensa, pude ir a padaria sozinho!

Foi nesses tempos de bons ares que a desconfiança caiu sobre os médios, estavam a desconfiar de meus responsáveis, sim, mas sabiam que não eram os baixos que estavam por trás, não, não poderiam ser eles, pois os responsáveis eram altos e os baixos eram baixos, e então a única coisa que restava era os...MAIORES!...Maiores...E se eles estavam por trás seria dificil a reversão, pois eram mais poderosos que os médios, eles já estavam loucos com isso, inquietos emaranhavam-se entre seus fios, e isso também me deixava louco e então eu teria que dar um jeito.

Tudo começa quando os responsáveis da geração foram persuadir os meus responsáveis por causa do resultado da batalha, pensei que eles estariam a meu lado mas pelo jeito não, e com isso os médios já notaram a presença do maior, e começaram a ficar inquietos, não consegui resistir há ver a face daqueles desprezíveis responsáveis e então subi ao meu quarto e fiquei lá por longo tempo, até que meus responsáveis viessem me tirar a recompensa e outras coisas a mais, isso me deixou muito revoltado pois muitas das coisas que me tiraram eram úteis para mim e para os médios e então resolvi tomar uma precaução. Essa maldita precaução na qual eu não devia ter tomado, eu devia ter tido mais paciência e esperado o momento certo e calcular o que faria, mas não, a pressa e a insegurança me levou ao ato e ainda por cima os médios estavam a gritar a meus ouvidos querendo que eu logo fizesse e então...eu fiz.

Apesar dos responsáveis partirem a vitória valeu apena, pois a partir daquele dia nunca mais fui perturbado pelos maiores e agora também os baixos nos respeitavam, então passei a viver uma vida de paz num lugar branco, aonde pessoas de branco me cuidavam, era lindo, existiam até salas com almofadas nas paredes! Os médios agora eram felizes e brincavam com os baixos, e o único incomodo era as pastilhas brancas que tinha de tomar, aquele lugar era ótimo e pretendia nunca mais sair dali e realmente eu nunca mais saí.

Thomas Wells Loyst
Enviado por Thomas Wells Loyst em 18/12/2014
Código do texto: T5073822
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.