INSANIDADE SANGRENTA

INSANIDADE SAGRENTA

– Porque você não mate ele. – Pega o revolver que você tem na gaveta e enfia uma bala na testa dele.

– Para, por favor, sai da minha mente.

– Apenas mate ele, você quer isso, eu sinto! Se o matar, terá sua casa, seu dinheiro, sua mulher.

– Não... Eu não posso.

– Sim, você pode Jake, eu sei que pode, afinal... Eu sou os seus pensamentos mais sombrios, sou aquilo que você mais quer. – Não negue a realidade, sabe que ele está agora transando com a Mary. – Você tem certeza que aguenta isso. A mulher que você tanto desejou!!!

Lagrimas escorreram por seu rosto gélido e avermelhado, suas olheiras estavam mais fortes do que nunca foram, sua boca seca desejava pronunciar palavras que sua mente queria, mas seu coração impedia.

O gosto amargo da raiva é capaz de dominar até o mais integro dos homens.

– O que tem que fazer é apenas mata-lo, eu já fiz isso uma vez por você... Lembra.... – No colegial, aqueles estudantes que viviam lhe atormentando, fazendo brincadeiras execráveis, só pelo que... – Porque aquilo excitava eles. Eles gostavam de Ver você sendo torturado. – Mais isso acabou...

10 ANOS ATRÁS

– Que sangue é esse?

– Por estou coberto por sangue, o que aconteceu!

–...

Ele pós as mãos na cabeça num gesto de desespero!

– A meu deus! A meu deus! A meu deus! Nãooooooooooo!

– O que eu fiz?

– Você matou eles... Quero dizer, nós os matamos, cada um!

– Quem é? onde você está? Revele-se!

– Eu estou aqui, dentro de você...

Flashes rápidos começaram a passar na memória de Jake, e a cada lembrança ele sentia uma pontada na cabeça, como se alguém controlasse o que ele devia ou não ver.

– Você chegou na escola, poucos minutos antes do festival noturno começar! Estavam todos vestidos... Menos você! Aquele foi o primeiro dia que me manifestei, e cara... Eu amei ser você, poder fazer qualquer coisa... – Há. Há. Há.

– Nossa primeira vítima foi o Dan, Lembra...

– O que? Não me lembro de ir a nenhum festival...

– Mas, você foi!!

– Quando Dan entrou no quarto daquela prostituta da Estefane, talvez ele achasse que a acharia ela lá, mas não... – Nós estávamos lá, estava tudo escuro, você pegou um martelo com a ponta bem fina, esperou ele chegar perto da janela e enfiou o bico do martelo na garganta dele, nem ao menos conseguiu gritar, ficou apenas no chão engasgando com o próprio sangue.

– Acho que foi maldade demais termos arrancado seus olhos e esquartejado seu corpo, escondemos os restos dentro do almoxarifado, já que o faxineiro estava lá também... Morto.

– O próximo, foi Henrique, um tremendo de um safado e desgraçado, lembro que uma vez ele quebrou o seu pescoço o jogando no chão, o pior foi o diretor dizer que a culpa era nossa por não olhar pro chão, enfim.

– Henrique saiu pra fora da escola para urinar na grama, aproveitei essa chance... Peguei uma máquina de atirar pregos e quando ele virou para trás, furei os seus dois olhos, os pregos atravessaram seu crânio, joguei o corpo no lago fechado ao lado da escola, lá vivem peixes carnívoros, cuidaram do resto do trabalho.

– Por fim, David o caçoador, sempre que nós via, gritava os piores palavrões da terra, fazendo-nos passar vergonha na frente de todos... Acho que por causa dele, ficamos sem pegar nenhuma gatinha por muito tempo.

– Matar ele foi, excepcionalmente prazeroso, lembro-me do momento em que quebrava todos os ossos de seu corpo a pauladas, arranquei a pele de seus ossos como o homem selvagem faz com sua caça, estripei ele totalmente, seus gritos abafados por uma sacola que coloquei na cabeça dele, contudo ela não era fechada totalmente pois se não ele morreria rápido demais, e não era isso que queríamos, quanto mais ele sofresse, quando mais ele pedisse para que eu mateasse logo, melhor era...

– Sou muito inteligente... Uso completamente aquilo que você vive estudando, não deixei rastros nenhum, mais cuidei para que quando você acordasse, sabe-se que havia sido você... Se não houvesse feito aquilo, eles não parariam e você sairia daquela escola como um perdedor...

AGORA

– Não posso mata-lo, ele é meu melhor amigo!

– Seu melhor amigo... Tem certeza, ele roubou sua namorada!!!

– Eu... Eu...

Jake estava sentado em cima de sua cama... Gritando com sigo mesmo...

De repente seus olhos perderam a luz e ficaram escuros, sem vida, sem esperança...

Ele se levantou cambaleando pelo chão, tombou a escada e foi direto para cozinha, na segundo gaveta do armário, pegou uma faca bem grande e afiada.

O homem zonzo, abriu a porta de casa, cruzou a rua, andou um quarteirão e chegou na casa do amigo...

Aproximou-se da porta da frente, ouviu gemidos pelas janelas, talvez estivessem em uma relação sexual. Ele arrombou a porta, ainda assim os gemidos continuaram, talvez não perceberam o barulho. Jake subiu as escadas vagarosamente e a cada passo que dava os gemidos iam ficando mais fortes e mais fortes, até que ele chegou na porta do quarto, os gemidos cessaram, e após isto tudo ficou totalmente quieto.

Quando tocou na porta do quarto num movimento de impulsão, sangue começou a escorreu por baixo da porta... Ele então a abriu e....

Sanatório

– Então, pode continuar, você estava contando... Quando abriu a porta viu o que? Senhor Jake.

– Não me lembro! Não Me lembro.

– Então você acha que tem um tipo de transtorno mental que divide sua mente em duas, formando uma dupla personalidade psicopata que o ajuda a matar pessoas. É isso mesmo senhor Jake.

– Isso mesmo, ele está aqui, ele sabe de tudo que estamos falando!

– Espere um minuto, você está aqui a dez anos, pouco depois daquele homicídio em sua antiga escola, e está me dizendo que foi o culpado por aquelas três mortes. – Mas, você sabe que o responsável já foi encontrado e acusado a muito tempo, não é mesmo.

– Não, doutor, o senhor tem que confiar em mim, fui eu quem o matei!!!

– Senhor Jake...

Jake se levantou e gritou para o doutor.

– Fui eu que o matou!!!

– Por favor, venham eu já acabei. – Ele não melhorou, pelo contrário, algo o deve ter feito piorar, tentem aumentar as dozes dos remédios.

O doutor virou-se de costas para Jake, que em um ato de fúria momentânea, pegou uma caneta e enfiou na nuca do doutor, que atravessou-o e chegou até a boca.

– Desculpem, não fui eu, eu pedi para ele não fazer aquilo!!!

Vinícius N Neto
Enviado por Vinícius N Neto em 25/04/2015
Reeditado em 25/04/2015
Código do texto: T5219379
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.