Sombra – Ato II – Capítulo 11

Explodi, Em Luz
 
   Thomas estava pensativo, se trancou na biblioteca com Sam. Lauren cuidava do garoto que salvamos e Adrian estava no centro da cidade esperando Carolyn chegar.
-Fiz alguma coisa errada? – perguntei.
-Achei você um pouco impulsivo, podia tê-lo ferido. – Lauren respondeu com desgosto.
-Desculpe, mas tínhamos que ser rápidos, sabe-se lá o que ele poderia ter feito contra nós.
-Liam, acho que você está considerando seus poderes mais importantes que todos nós.
-O que? – perguntei irritado. – Se eu não tivesse feito nada, todos nós podíamos estar mortos.
-Chega dessa briguinha! – Thomas gritou sobre a escada. – Liam vamos lá fora, precisamos treiná-lo e descobrir todos as suas qualidades.
   Atrás da mansão havia um grande campo, fomos até o seu centro enquanto Thomas olhava para as árvores ao fundo dele.
-Quer ver mais um dos meus truques? – perguntou.
-Claro.
   Então ele levantou um de seus braços e se concentrou, enquanto da terra britavam raízes em formas de corpos.
-Bom, acho que você já tem o que destruir agora. Vamos ver do que é capaz.
-Está bem.
   Me concentrei e atirei o primeiro raio, que me deixou extremamente cansado.
-Você não está se concentrando Liam, não precisa forçar tanto, faça com que seja natural, se acostume com o fluxo. Vamos.
   Fechei os olhos e respirei fundo, pensando no meu poder como algo simples e fácil de se controlar e sem abrir os olhos lancei o segundo raio, que destruiu instantaneamente o corpo de raízes.
-Uau! Gostei, de novo!
   Fiz vinte e cinco lançamentos até me exaustar de vez, me sentei sobre a grama e voltei a olhar a floresta.
-Acho que sei por que escolheu este lugar. – falei.
-É lindo, não? Não me viveria em outro nesse mundo, me apaixonei por essas árvores, por essa mansão, por essa cidade e tudo que vive aqui.
-Você tem sorte.
-Nós temos Liam, fazemos do mundo um lugar melhor.
-De certa forma sim.
-Com certeza, levante a cabeça, Lauren está zangada, mas no fundo ela se sente culpada, vi em seus olhos que no fundo o maior medo dela era perdê-lo novamente ontem, enquanto estava preso na armadilha comigo.
-Eu sei, mesmo assim ainda me culpo, sei que poderia ter sido mais paciente.
-Impulso é uma das suas qualidades, você consegue agir enquanto muitos de nós apenas temos medo, é algo que diferencia você dos outros amigo. É algo bom e não ruim.
-Até quando isso vai ser bom? Quem sabe não perco o controle?
-Você é especial, diferente, me sinto feliz em tê-lo por perto. Para ser sincero, todos são ótimas companhias, vivo sozinho a tanto tempo, ter amigos por perto me torna mais forte.
-Está falando sério?
-Sim, caso queiram ficar aqui, estarei de portas abertas para todos.
-Nossa, é uma proposta tentadora. Irei pensar.
-Então, agora chega de moleza. Combate corpo a corpo, nem sempre você terá sorte de estar a uma distância segura de um Sombra, então é preciso saber se tornar um espírito.
   Nos levantamos e novamente precisei me concentrar, formando um escudo em meu redor e tentando me tornar um espírito.
-Calme! Você vai se cansar rápido demais. – Ele tocou em meu braço enquanto sentia que minha força estava subindo. – Agora tente de novo. – completou.
   Brilhei, explodi e desapareci em luz, devagar e sem deixar qualquer rastro, podia voar e me mover para onde queria, subindo até o céu, plainando sobre as árvores e voltando ao campo me concentrando para voltar a minha verdadeira forma.
 

 
 
Johan Henryque
Enviado por Johan Henryque em 22/05/2015
Reeditado em 22/05/2015
Código do texto: T5250722
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