Sombra – Ato V – Capítulo 11
 
   Derek havia sumido, semanas se passavam e nenhum sinal dele, não tinha informação alguma de quando o grande Demônio resolveria vir nos atacar.
-Por que está tão pensativo? – perguntou Thomas, ao entrar na biblioteca.
-Cometi um erro.
-E isso não é normal de nós humanos?
-Pode ser que sim, mas acho que não.
-O que você fez?
-Duvidei de Derek, na verdade não sei mais de que lado estou, se estou contra o mal com Destino ou contra tudo com Derek.
-Por que pensa que Destino está contra o mal? Ele não é o criador de tudo? Por que iria querer destruir o próprio equilíbrio?
-Vocês me fazem duvidar dele também, não sei mais o que pensar.
-Essa lança, ela é poderosa, mas logo não terá serventia. Entende?
-Por que não terá serventia?
-É como nossas pedras, são apenas instrumentos do nosso verdadeiro poder interior.
-Então, você acha que ela não vai ser tão forte comigo em seu controle?
-Sim.
   Deixei a lança dentro do cofre aquela noite, ela ficava flutuando perto as pedras que havíamos conseguido no passado. Fui para o quarto me deitar, Lauren estava me esperando, com seu lindo sorriso sedutor.
   A beijei e aproveitamos a noite juntos, seus beijos e o calor de seu corpo me aqueciam naquela noite gelada, me sentia feliz novamente, como tudo era no começo. De madrugada me levantei para ver as estrelas, me sentindo observado de longe.
   Derek finalmente voltou a aparecer, mas dessa vez levou Charlie embora, queria que eu sentisse sua raiva por não ter confiado nele.
-Você não vai ganhar essa guerra! – gritei no meio da floresta, estava sozinho.
-Liam, eu não quero ganhar, eu quero apenas que meus amigos sobrevivam e possam ser felizes, você é que está pensando que luta pelo bem contra o mal. – ouvia a voz de Derek na minha cabeça.
-Você representa o mal, você é a essência disso tudo.
-Olhe pra você! Cego e hipócrita! O que aconteceu Liam? Somos amigos a tanto tempo e um dia fora do planeta te faz pensar que sou um dos seus inimigos.
-Está agindo como um, você nem sequer me ouviu, já veio me questionando por estar com a lança.
-Tudo bem, só fiquei preocupado com isso, é estranho o senhor do universo decidir entregar sua arma mais poderosa para um humano.
   Cai de joelhos, pensando em tudo que estava acontecendo, nas coisas que aconteceram e no que poderia acontecer, Destino até poderia estar querendo ajudar, mas isso me voltaria contra meus amigos e contra o mundo, algo que eu não posso fazer.
-O que pretende fazer agora?
-Temos que vencer isso, poder viver em paz.
-Nunca viveremos em paz, que graça teria uma vida assim?
-Não há como saber sem se experimentar dias felizes.
-Apesar dos perigos, todos os dias que dividimos com amigos são dias felizes.
-Vou reunir todos, temos que discutir isso e quando digo todos estou falando de você também.
-Então pretende desafiar a todos?
-Se for preciso. – encerrei e voltei até a mansão.
 

 
 
 
Johan Henryque
Enviado por Johan Henryque em 28/08/2015
Código do texto: T5362367
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