Febre do Ouro

No calor úmido da floresta o homem tremia, calafrios invadiam seu corpo que ardia em febre. Nas mãos trazia o pequeno tesouro dourado enrolado num embornal, a sua volta os mosquitos zuniam. E a febre o desmantelava. "Se não achar ouro, acha malária" diziam antes dele embarcar na aventura. Ouro não achou, mas na ganancia o roubou de um amigo morto. A malária veio de assalto, como castigo. A pele queimando como brasa, as mãos tremulas, os mosquitos... E em seu delírio via, a sua frente, o amigo que assassinou vindo buscar seu ouro de volta.

Luciano Silva Vieira e Eliane Verica
Enviado por Luciano Silva Vieira em 24/05/2016
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