Adeus

"Ela o ama, ele não sabe, ela o persegue, ele não ver, ele se apaixona e não é por ela, então ela mata, quem se meter..."

Meu Deus. Eu fui longe demais. Como vou esconder esse corpo?,

a garota aos meus pés se encontrava inerte, morta, completamente morta. De pele morena e cabelos escuros, ela tinha uma face suave, bela, era linda, por isso ele se apaixonou por ela.

Mas que droga! Se ele me amasse nada disso teria acontecido. Em minhas mãos uma faca de cozinha se encontrava ensanguentada, nunca achei que ela fosse tão amolada, após enfia-la repetidas vezes no corpo de Mandy, vi se tratar de uma excelente faca de cozinha. Cortou o corpo da galinha de forma admirável.

Quando comecei não consegui parar, enfiei uma, duas, seis vezes em seu peito. Até ver seus órgãos se expelindo para fora e aquele delicioso fio de sangue escapulir de sua boca. E aquela última expiração sair de suas narinas. Mandy havia morrido.

- Ele vai me amar agora! - sussurro em seu ouvido.

E derrepente a idéia surge em minha mente, eu continuaria a cortando, até seus membros caberem em uma bolsa.

E assim o faço, coloco tudo em uma bolsa de viagem, arrasto até meu carro, e me livro dela em um rio distante.

Volto a minha casa, livro me de minhas roupas e limpo meu corpo em um rápido banho. Ao sair, deito me em minha cama e relembro como tudo começou.

Era apaixonada por ele desde o primeiro ano do ensino médio. Eramos da mesma sala e ele quase nunca dirigia seus olhos a mim, as vezes apenas para pedir algum material emprestado.

Mas eu o amava, com cada pedacinho de mim. E odiava cada garota que se aproximava dele. Christian era meu.

- te pego as oito, pode ser? - ele diz, para Mandy que se encontrava ao seu lado.

Ela joga os cabelos para o lado e bate os cílios exageradamente.

- claro, até mais tarde se você quiser.

Isso acontecia a minha frente, meus punhos estavam cerrados e meu coração doía. Eu não permitiria que isto acontecesse. Então, ao fim da aula, a seguir, entrei em sua casa, batir em sua cabeça com um bastão que havia levado, e me livrei dela. Talvez nem sentissem sua falta.

- adeus Mandy - foi o que eu disse, ao jogar seu corpo no rio.

***

Os dia seguiram, Mandy foi dada como desaparecida, ninguém desconfiava de mim. Ninguém sabia seu paradeiro.

Sento ao lado de Christian que parecia preocupado com o sumiço de Mandy, crio coragem e converso com ele.

- o que vocês eram? - pergunto inocentemente.

- amigos. - ele responde, sem me olhar nos olhos.

- Christian - chamo, e ele me olha, pelo que pareceu a primeira vez.

Seus olhos demonstram interesse e passeiam por meu corpo.

- sim? - ele pergunta, com um sorriso nos lábios, o mesmo sorriso que exibia para Mandy no dia anterior.

- eu sei que você deve está preocupado com sua amiga, mas não precisa, ela vai voltar. - o conforto.

- espero que você esteja certa.

***

Ao decorrer dos dias, não paramos de conversar e cada vez nos aproximavamos mais.

- Julie. - ele me chama.

- sim?

- vamos assistir um filme. - ele dá a idéia.

- na minha casa ou na sua? - pergunto animada.

- na minha. - ele responde, com um sorriso malicioso nos lábios. Eu sabia que ele tinha segundas intenções, mas eu não ligava, na verdade queria isso.

Naquela mesma noite, estávamos em seu quarto, assistindo a um filme abraçadinhos. Ele não mais tocava no nome de Mandy e isso me deixava feliz.

O abraço vai ficando mais quente e ele vai ficando mais perto. Nos beijamos e tudo pareceu perfeito.

Ao decorrer dos dias, continuamos a nos encontrar e as coisas a esquentar. Depois de alguns encontros me entreguei a ele. Não o vendo ao meu lado na manhã seguinte e nem na outra ou qualquer outra. Christian passara a me evitar, depois que obteve o que tanto queria.

Mas as coisas não iam ficar desse jeito.

Mandei uma mensagem dizendo ser urgente, que suspeitava esperar um filho seu. Talvez assim o convencesse a vim.

- você tem certeza? - ele diz assustado, quando abro a porta de minha casa.

O convido a entrar e tranco a fechadura.

- você sabe o que aconteceu com Mandy? - digo, ignorando sua pergunta.

- não - ele responde, confuso diante minha pergunta.

- porque ta perguntando isso?

- porque eu sei o que aconteceu com ela. - informo.

- sabe? - diz esperançoso.

- sim.

- e onde ela tá? - indaga.

- no fundo do rio. - respondo. - quer se juntar a ela?

- o que você está dizendo Julie?

- eu matei Mandy e joguei seu corpo no fundo do rio. - digo, sem qualquer emoção. Me deliciando com sua expressão de medo.

- V-você... - ele diz. - a matou?.

- sim - respondo friamente. - ela cometeu o erro de se interessar por você.

- e você... - continuo. - cometeu o erro de se interessar por mim e... Me abandonar. - finalizo.

Pego uma faca que escondia atrás de mim e a arremesso direto em seu peito.

- Adeus Christian, agora você pode se juntar a ela.

Cristinyy
Enviado por Cristinyy em 22/01/2017
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