Desilusão

Desde que conheceu a mulher, sentiu que perdeu um pouco de si.

Não conseguia pensar em si, sem se lembrar dela, não conseguia ir a locais que comumente frequentava, ficava horas a fio pensando nela.

A ideia de casamento pareceu uma possibilidade de fusão, pois a teria e teria a si próprio de volta.

Os preparativos foram rápidos...

No grande dia, eufórico, caminhava de um lado para o outro, imaginando o fim da solidão e da ausência da amada.

- Finalmente, meu príncipe vai deixar mamãe e vai dar netinhos lindos para correr por esta casa...

Aquele fala da mãe, arrancou-o do paraíso.

Começou a sentir calafrios, tonturas e desmaiou.

Acordou em um quarto frio, escuro...

Gritou alto, ninguém conseguia ouvi-lo, ele lembrou-se de que era um rapaz feliz, que amava a vida e tudo que havia nela.

Estranhou, porque não conseguia lembra-se de outras pessoas. De repente, viu-se bebê, rodeado pelos familiares, depois corria pelo jardim...

Alguém entrou no quarto, acendeu uma luz tão forte que ele sentiu-se cego...

- Mãe!

-Tá...tá...tá...

Correria...

A mãe chorava e dizia:

-Filho, eu matei você...

- Eu sempre soube tudo sobre ela, mas temia te perder...

valene
Enviado por valene em 29/11/2014
Reeditado em 31/12/2014
Código do texto: T5052280
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